quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Meia Maratona de Sevilha



Uma delegação de 4 Amigos do Vale do Silêncio representou o nosso Clube em mais uma Edição da Meia Maratona de Sevilha, a 34ª.  Não se pode dizer que viemos de lá deslumbrados com aquilo, antes pelo contrário, alguma desilusão era patente nas nossas expressões no final e no regresso a Portugal. Creio que a crise que assola também a Espanha em muito contribuiu para que a Edição deste ano desta bonita prova também estivesse algo cinzenta pese embora os esforços da organização para que tudo corresse bem no que diz respeito à competição.
Chegámos já noite cerrada a Los Palácios e o objectivo imediato era o levantamento dos dorsais já que este procedimento terminava ás 21 h. locais, com o Hotel e as reservas já efectuadas estava tudo bem, pelo que de imediato, e num dos quartos tratámos de comer alguma coisa para de imediato darmos uma volta pelas ruas da Cidade. A noite estava excelente a indicarmos que no dia seguinte teríamos a garantia de um excelente tempo para realizarmos a prova, contudo fomos encontrar as ruas completamente desertas de pessoas e alguns locais de diversão nocturna estavam praticamente vazios. Por indicação do amigo João Vaz fomos até a uma tasca onde pudemos descansar e conversar um pouco ao mesmo tempo que se ia deitando abaixo uma Cruzcampo, a doiradinha lá do sítio e muito apreciada também por nós.
Como habitualmente fomos transportados por autocarros da Organização até ao local da partida a cerca de 18kms de distância, a manhã apresentava-se de novo muito acolhedora e sem frio tendo sido um bom contributo para todos os atletas que assim puderam preparar-se e partir sem problemas de maior. O Rui, o Luís e o Hernâni partiram lá bem na frente e tinham como objectivo melhorar as suas marcas, eu, o Joaquim, fiquei cá mais para trás evitando começar logo desde ali andamentos proibitivos para mim. Eram 11h. locais quando partimos e logo se formou ao longo da estrada um cenário colorido muito bonito que a 1km da partida ainda era bem visível, pois foi nessa altura que passei por cima da linha de partida, beneficiando ainda de uma ligeira subida à nossa frente mostrando a beleza inicial daquela prova.
Estavam criadas todas as condições para que os nossos Amigos conseguissem atingir os seus objectivos e eles lá seguiam na frente esperando eu que no final todos pudessem sorrir por melhorarem os seus tempos, eu sentia-me bem nos primeiros kms e estava esperançado em conseguir baixar das 2 horas, os primeiros 5kms ainda ia numa média de 5,30m por kms mas a partir daí a coisa estabilizou e aos 10 kms ia com 56m, tinha apenas 1m de vantagem e verifiquei que não ia conseguir. Parece que a prova é fácil de fazer, puro engano, já lá fui 7 vezes e parece-me que aqueles 15kms iniciais são lixados, longas rectas com um falso plano que ás vezes nos engana e quando nos apercebemos temos que meter travão se não a máquina não aguenta. Aos 12 kms prevejo que o Rui já esteja a chegar, se assim fosse o recorde pessoal estava batido, mas as coisas nem sempre correm como desejamos, apesar de ter batido o seu recorde nesta prova por alguns segundos confessou-me no final que o organismo não acompanhou a força imensa que tinha nas pernas e quando assim é nada podemos fazer, a saúde está primeiro. O Luís Santos chegaria com 1,20h tendo também sentido algumas dificuldades que o limitaram não tendo conseguido aproximar-se da sua marca alcançada o ano passado. O Hernâni partira com o sonho de baixar da 1,41h já que as últimas provas batem mais ao menos por esses tempos, partiu e aquilo parecia um relógio a palmilhar km a km e quando chegou parou o seu cronómetro e marcava 1,41h!!!, incrível.
Eu seguia agora na leve esperança de alcançar no final as 2 horas de prova mas quando cheguei aos 17 kms já me faltava 1 minuto para o conseguir desisti de tentar, as forças que tinha era para chegar e acabara ali a tentativa de obtenção da marca que idealizara para esta prova. Cheguei ao final com 2,02,27 h. exactamente a mesma marca conseguida na primeira metade da Maratona de Lisboa realizada uma semana antes, isto só pode ter um significado, cansaço físico e mental acumulado e que vou agora procurar dar alguma atenção.
Tal como o acinzentado da Cidade na noite anterior também a prova já conheceu melhores dias, está uma sombra do que já foi, principalmente na organização da chegada dos atletas, quando cheguei o abastecimento sólido já tinha desaparecido, limitei-me a beber água e cerveja se quisesse, ali também os lambões atacam em força e como as bananas eram inteiras muitas delas foram certamente parar a muitos sacos que por ali havia, lamentável.
Provavelmente para o ano não voltarei ali a Sevilha, a S.Silvestre do Sado está a ter um bom acolhimento dos nossos Amigos, fiéis a esta prova, e por isso se tiver oportunidade para o ano também quero lá estar, mesmo ás escuras.

 Texto: Joaquim Adelino

Resultados:
20º-Rui Pacheco 1h13'39
98º-Luís santos 1h20'40
1232º-Hernâni Monteiro 1h41'30
2556º-Joaquim Adelino 2h02

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

S.Silvestre Sado 2012

Quem Foi S.Silvestre?
Nascido em data desconhecida de um romano de nome Rufino, segundo o Liber pontificalis, e de Justa, de acordo como Vita beati Sylvestri, morreu em 31 de Dezembro de 335. Depois da morte de Melquíades, São Silvestre foi nomeado Bispo de Roma, ocupando este cargo durante 21 anos. Papa de 31 de Janeiro de 314 a 31 de Dezembro de 335, não existe grande informação sobre o seu pontificado apesar de esta ser a época de Constantino, o Grande, em que a igreja sofreu uma notável evolução. 
Não sabemos qual a relação entre este Papa e as corridas mas geralmente são provas nocturnas o que as torna ainda mais bonitas e esta não foge a regra,prova nocturna com procissão  e direita a presença do andor no local da partida e todo o percurso com muitas "latadas acesas" para aquecer quem passa e iluminar o percurso e este ano bem foram precisas porque não sabemos se por exigência da troika ou por falta de pagamento a EDP havia grandes espaços em que a escuridão era assustadora ponde a integridade física dos atletas em causa,talvez o  aspecto mais negativo numa organização toda ela assente na boa vontade das gentes da terra e o apoio da C.M.Setúbal e junta de Freguesia.
A prova vem mantendo o numero de participantes e merece porque oferece  tudo aquilo que podem e os atletas têm direito a um banho quente,uma refeição ligeira e prémios para mais tarde recordar.
Estivemos em bom plano quer a nivel individual   e colectivo, com 7 elementos e muita alegria durante todo evento regressamos a casa com a certeza de um dia voltar a Praias do Sado.
Resultados
9º - João Inocêncio 32'51
10º - Hugo Adelino 32'57
33º - Luis Lopes 36'39
74º - Daniel Pinto 41'21
93º- Ricardo Batista 42'40
94º- José Moga 43'55
95º- Fernando Silva 43'55

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Maratona Lisboa e meia maratona

A maratona é um objectivo que poucos se prepõem vencer mas em 2012 o nosso grupo já esta com  10 amigos que percorreram a distancia e já temos repetentes.
A maratona de Lisboa apesar de não reunir muitas preferências,devido ao percurso  e muito se fala do saco só com uma camisola e o que nós verdadeiramente lamentamos são as revistas há muito ultrapassadas e imagine-se um calendário de 2012 era preferível não darem mais nada.
A organização,ultima da xistarca, no terreno esteve muito bem embora o percurso esteja entre os mais difíceis e a participação não foi a pretendida, 1600 atletas chegados e só com os atletas da meia e da prova aberta a organização chegou aos 5000 atletas, mas temos algumas duvidas nestes números.
A nossa participação  era feita a 3 AMIGOS, um estreante, um que fazia a sua segunda e o terceiro que quase de certeza já não sabe quantas fez, este ano deve ter feito pelo menos 3 entre outras distancias:
O estreante,Fernando Avelino, esteve muito bem e para quem treinava só para perder peso a marca realizada deixa-lhe vontade de voltar a repetir a distancia.
O Juca que em pouco mais de mês e meio decidiu participar , porque era na sua cidade e queria muito a correr, retirou a sua marca de Sevilha 10 minutos e deixou ao grupo uma mensagem muito importante:" o que é preciso é ter muito juízo e não cometer exageros, não é difícil correr uma maratona"
O Srº Joaquim Adelino anda a pagar alguns exageros e nesta participação realizou um tempo longe do seu melhor mas mesmo assim ninguém lhe rouba o sorriso e a vontade de no próximo domingo fazer já outra.
Lamentamos a doença no do nosso amigo António Fernandes(uma constipação) e esperamos numa próxima maratona contar a sua estreia.
Na meia maratona  uma boa participação e merece destaque o 8º lugar do João Inocêncio e as boas marcas do Marco,Belo,Chinita,Ferreira , Fernando,Hernâni e Armando e de aplaudir o Rebocho que aproveita a sua participação nas provas para treinar.

Resultados da Maratona
640º-Fernando Avelino 3h43'54
649º-José Jacob 3h44'20
1313º-Joaquim Adelino 4h27'21

Resultados Meia Maratona
8º-João Inocêncio 1h17'38
!!!- Marco Melo 1h31'04
112º-Joaquim Belo 1h31'08
113º-Manuel Chinita 1h31'08
156º-Luís Ferreira 1h34'31
370º-Hernâni Monteiro 1h42'57
398º-Fernando Silva 1h43'36
423º-Armando Almeida 1h44'14
692º-José Moga 1h52'09

1201º-José Rebocho 2h08'05



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

TRILHOS DA ÁGUA PÉ (VALE DE FIGUEIRA )

No Sábado, dia primeiro deste mês de Dezembro e da restauração da independência de Portugal, feriado nacional desde a primeira metade do século XIX , comemoraram-se 372 anos do início da revolta dos portugueses contra a dominação estrangeira..., e foi por agora a ultima vez que foi feriado  e Vale Figueira recebeu em festa os atletas que se aventuraram nos trilhos das redondezas, muito enlameados e escorregadios, percurso acessível aos menos experientes e com beleza para recordar como a nossa passagem ao longo de 2 km nas margens do Alviela, percurso muito bonito com zonas rápidas e outras onde era necessário mostrar a nossa técnica, parabéns a organização por uma escolha que nos parece  muito boa.
Como se vai tornando habito nos trails há quem se engane e faça mais 3 km ou quem não veja as ratoeiras e fique preso no arame,há quem de dois "tralhos" e se preocupe em ver se alguém viu a queda e ainda há aqueles que teimam em chegar a meta em sentido contrário ao da prova ou seja mais uma aventura e mais mil historias para mais tarde recordar.
Nós os "Amigos" levamos os atletas da equipa Z reforçada por um atleta da equipa A e ficamos em 6º lugar colectivo, merece destaque o brilhante 3º lugar do Rui Pacheco, o Daniel que nos surpreende pelos seus tempos e ainda o jogo de equipa(ah,ah) do Hernâni,Fernando e Moga.
Resultados 1º Trilhos Água Pé:
3º Rui Pacheco 56'36
32º-Daniel Pinto 1h10'30
57º-Filipe Ramalho 1h15'21
75º-Hernani Monteiro 1h19'32
76º-Fernando Silva 1h19'34
77º-José Moga 1h20'11

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Trail Amigos da Montanha

Ultra Trail Amigos da Montanha,
Hoje não trago aqui directamente no Blogue um relato detalhado sobre a minha participação nesta magnífica prova organizada por gente que sabe do ofício. É um grupo de amigos defensores acérrimos da natureza e tudo fazem para a proteger, a sua sede em Barcelos é já pequena e com poucas condições para continuar a responder à dinâmica que impuseram ao seu trabalho. Deste modo têm já em fase final a reconstrução de um edifício de 3 andares que irá receber o legado destes homens para prosseguirem com o seu valoroso trabalho.
Pelo relato exaustivo que fiz no meu blogue cujo acesso pode ser feito através do Link abaixo mencionado podem tomar conhecimento de mais algumas peripécias em que me envolvi e que só são possíveis em meios de eleição como é a própria Natureza.
Se tiverem paciência leiam até ao fim, mas aviso já que se vão cansar!!!
 
http://joaquimadelino.blogspot.pt/

terça-feira, 27 de novembro de 2012

25º G.P. Mendiga

O dia acordou a convidar a ficar na cama, chuva, frio e algum nevoeiro deram as boas vindas ao 25 Novembro, como combinado as 8h estávamos todos no ponto de encontro a partida e viagem foi realizado em caravana com o GPS do To-zé a indicar o caminho.
Chegamos a Mendiga e logo começamos a ver amigos e os futuros adversários,hora do café e de uma visita a feira que estava a decorrer num pavilhão como é habitual  mais dois dedos de conversa e já o nervoso miudinho se notava no rosto de alguns que teimavam disfarçar com a muda de roupa e alguns exercicicios de aquecimento que pouco aqueciam já que a chuva miudinha não parava de cair.
A prova foi realizada e bem pela colectividade local com ajuda profissional da Xistarca, comemorou o 25º aniversário e para tristeza de muitos não deu a já habitual camisola e verdade seja dita o saco resumia-se ao troféu da prova e uma garrafa de agua  e uma maçã, muito pouco.... . O almoço que este ano não teve a adesão habitual muito por culpa do preço, 9 €, já faz muitos pensar em levar numa próxima participação, o fogareiro e as febras não temos duvidas que fica mais em conta.
A prova decorreu debaixo de uma chuva fraca mas persistente o percurso já era conhecido da maioria e os resultados foram bons, destaque para o 6º lugar colectivo e para a subida ao pódio do Rui Pacheco que começa a ganhar as primeiras taças nos escalões dos" cotas".
Queremos ainda destacar a participação de Joaquim Adelino no Trail dos Amigos da Montanha em Barcelos(estamos a espera da narrativa )
Resultados

25º G.P. Mendiga
8º-Rui Pacheco 55'42
37º-Paulo Povoa 1h00´50
68º-Luis Lopes 1h03'39
78º-Tiago Silva 1h04'03
110º-Joaquim Belo 1h07'16
147º-Daniel Pinto 1h10'01
193º-Ricardo Batista 1h12'44
201º-Filipe Ramalho 1h12'44
249º-Fernando Avelino 1h15'14
253º-Hernani Monteiro 1h15'22
284º-Fernando Silva 1h17'59
305º-Antonio Fernandes 1h19'37
409º-José Rebocho 1h34'40




Trail Amigos da Montanha, 60 km
162º- Joaquim Adelino , 10h31'07


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Meia maratona Nazaré


Meia Maratona da Nazaré
Participação este ano muito reduzida dos Amigos Vale de Silêncio, mas mesmo assim
com 4 elementos, (Moga, Juca, Marco e Ferreira) numa prova que para mim era a 2º vez
que a fazia, muito bem organizada desde o inicio na entrega dos dorsais como durante o
percurso até a sua conclusão.
Viagem feita, encontramo-nos na entrega dos dorsais e depois dar inicio aos
preparativos habituais, e o aquecimento respectivo, logo ai verifiquei e comentamos que
estava muito vento para a prova mas todos com muita vontade.
Todos Concluímos mais uma meia Maratona com bastante vento como já tinha referido,
então aqueles quilómetros finais na recta da meta nunca mais têm fim, mas o que
interessa e participar e tentar o melhor de cada um.
Regresso a casa e encontro ocasional no parque urbano com outros elementos da equipa
que vinham da prova de Casainhos onde houve logo troca de resultados e peripécias das
duas provas.
Resultados
153º-Marco Melo 1h29'00
392º-Luis Ferreira 1h37'08
814º-José Jacob 1h48'15
920º-José Moga 1h52'59

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mais um Domingo em Cheio

Dia de São Martinho fomos a Casaínhos fazer os Trilhos. Apesar do dia
amanhecer chuvoso e frio o sol não podia faltar neste dia, e não
faltou.
O que faltou mesmo, além das castanhas assadas e da jeropiga foi
experiência e orientação neste tipo de provas, bem diferentes das
provas de estrada, a alguns atletas. Mas não admira, muitos corredores
experientes no alcatrão, faziam a sua estreia nos Trilhos.
O percurso tinha tanto de belo como de perigoso como de difícil,
embora os trilhadores inveterados dissessem que os trilhos de
Casaínhos são uma brincadeira de criança se comparados com outros
trilhos do calendário nacional. A verdade é que todos chegaram ao fim,
com mais ou menos dificuldade, mais ou menos arranhados nas pernas e
nos braços, mais ou menos enlameados, perdendo-se ou não.
A Organização esteve bem quer no atinente à prova quer no que respeita
ao almoço convívio. As condições para o banho não eram as melhores,
exíguas para tanta gente e a água fria também desgostou a muitos. Mas
o pessoal compreende e aceita as condições existentes.
Os Amigos Vale Silêncio mais uma vez estiveram à altura dos seus
pergaminhos: o terceiro lugar da geral feminina, da Susana; o primeiro
lugar da geral masculina, do Rui; o quarto lugar da geral do Póvoa; e
o segundo lugar por equipas.
Mas os Amigos brilharam ainda noutras provas realizadas neste dia, a
corrida da Ajuda e a meia da Nazaré. O Hugo ganhou o seu escalão na
corrida da Ajuda, onde participou também o Damas. Na meia da Nazaré
estiveram presentes o Moga,  Juca,Ferreira e o Marco .

Resultados dos trilhos de Casainhos, 15 km

1º-Rui Pacheco 1h0710
3º-Paulo Povoa 1h13'21
10º-Diogo Branco 1h18'36
11º-Luis Santos 1h18'37
13º-João Inocêncio 1h18'38
14º-Eurico Charneca 1h18'39
25º-Rui Almeida 1h22'25
28º-Luis Lopes 1h23'24
30º-Daniel Pinto 1h24'31
35º-Filipe Torres 1h25'16
40º-Joaquim Belo 1h27'26
44º-Paulo Duarte 1h29'36
84º-Hernani Monteiro 1h36'46
89º-Leonel Neves 1h37'22
91-Amadeu Gonçalves 1h37'56
107º-Fernando Silva 1h43'14
120º-Fernando Avelino 1h47'56
121º-Jorge Teixeira 1h47'58
134º- Joaquim Adelino 1h51'35

Classificação Feminina
3ª-Susana Pinto 1h41'50





Corrida da Ajuda, 10 km


6º Hugo Adelino 33'47
353º-Joaquim Damas 48'12



domingo, 4 de novembro de 2012

Crónica da Maratona do Porto


A 9ª Maratona do Porto fica marcada com a participação de 7 atletas dos Amigos do Vale do Silêncio, batendo por larga margem a última edição da Maratona de Sevilha realizada em Fevereiro deste ano onde estiveram 4 atletas presentes. Esta crescente adesão dos atletas dos AVS é significativa e corresponde ao normal desenvolvimento da prática da corrida desenvolvida pelo nosso Clube, cada vez a curiosidade é maior em todos os nossos atletas se interessarem em viver esta aventura, por isso não é de estranhar quando vemos o número a crescer daqueles que sonham e vão programando aos poucos a sua adesão e posterior estreia nesta magnifica prova que é a Maratona.
A Maratona do Porto 2012 foi um belíssimo sinal, no ano anterior tínhamos estado representados apenas por um atleta e foi com satisfação que desta vez podemos presenciar a adesão e participação de 7 elementos do nosso Grupo a esta magnífica prova superiormente organizada pela runporto.com .
Do grupo 2 eram estreantes (Henriques e o Miguel), outros 2 (Chinita e hernâni) faziam a sua 2ª maratona, o Joaquim Gomes por sua vez ia realizar a sua 3ª maratona e eu preparava-me para realizar a minha 14ª. Desde cedo me senti um padrinho para os estreantes e não tardou muito que o Henriques me lançasse o repto como meu afilhado o que de bom grado aceitei, aliás, todos os que estavam presentes tinham feito a sua 1ª maratona em provas em que eu também tinha participado (excepto o Chinita e o Emílio) pelo que tinha ali um bom lote de afilhados para continuar a acompanhar e também dar alguns conselhos já que conheço aquela prova muito bem.
No terreno e após a partida deveria acompanhá-los mas foi de todo impossível, limitei-me a despedir deles à partida e vê-los partir na esperança que tudo corresse bem. Todos eles sem excepção foram uns heróis, praticamente todos os seus objectivos foram conseguidos, com especial destaque para os estreantes que entre ajudando-se conseguiram concluir quase de mão dada com a bonita marca de 3,28h. na sua estreia. De salientar ainda a frustração do Joaquim Gomes que se preparou com o objectivo de concluir abaixo das 4 horas sendo traído por apenas 7 segundos, creio que uma melhor gestão em toda a prova e este objectivo será atingido na próxima maratona em que esteja presente. Para os restantes, Chinita, Emílio, Hernâni e eu as coisas correram dentro do esperado e com maiores ou menores dificuldades todos conseguiram atingir os seus objectivos, uma palavra para o Emílio que esperava uma melhor prestação mas que cedo verificou que as coisas iriam ficar difíceis, tendo inclusivamente sido afectado pela deficiente distribuição de abastecimentos levando-o de certa forma ao desânimo a partir de determinada altura da prova. Mas todos chegaram bem e sem mazelas de maior e isso foi excelente, com vontade de repetir ali ou em qualquer outro lugar.
Joaquim Adelino

Resultados 

330º Manuel Chinita 3h22'31
456º-Luís Ferreira 3h29'14
457º-Eduardo Henriques  3h29'14
715º-Hernani Monteiro 3h 42'13
1118º-Joaquim Gomes 4h00'52
1313º-Joaquim Adelino 4h14'32
1639º-Emilio Gonçalves 5h07'56


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Um domingo nada "silencioso"

Este domingo não podemos nem devemos falar de uma só prova, porque o grupo vive um momento único na sua existência, 19 AMIGOS em Almeirim,2 na corrida da ciência e um facto de o grupo se pode orgulhar sete AMIGOS na maratona do Porto.O espírito era único, alegria e prazer de estar com amigos, prazer de praticar um desporto que gostamos e ainda o stress de nos preocuparmos uns com os outros, damos dois  exemplos:
-" e pá que horas os nossos maratonistas partem?"
-"Ó Fernando já sabes alguma coisa dos maratonistas e o com-dor disse alguma coisa?"
A final o "só vou a prova para te dar com o chinelo", tem algo que se mistura entre amizade com A (grande) e a vontade de nos superar, ganhando aqueles que connosco partilham os treinos, as lesões,as desilusões e a alegria e que acima de qualquer resultado e mais importante do que partilhar os custos da gasolina é partilhar um pouco da nossa VIDA.
   Os resultados são aquilo que menos nos preocupa....a todos, também eles são bons, quer individualmente quer colectivamente, individualmente estamos todos a realizar marcas que nos surpreendem e motivam para os treinos futuros e colectivamente começamos a andar mal habituados, no pódio ou perto dele,quando não acontece ficamos desconfiados e com vontade de ver rapidamente as classificações.
  20 km de Almeirim foi uma prova que reflete as palavras acima escritas, todos andaram nos limites ou bem próximos deles e colectivamente ficamos num excelente 4º lugar mas muitos de nós desconfiados, mas seja escrita a verdade e depois de vistas as classificações nada a apontar e o nosso 4º lugar honra-nos muito.
Houve competição e convívio com a "sopa da pedra" acompanhada de um branco ou tinto e para os condutores um sumol a lembrar outros tempos.
Merece destaque  a passagem pelo pódio do João Inocêncio que devido a beleza das meninas e a mil beijinhos resolveu receber pelo Rui a sua taça que este brilhantemente tinha conquistado e que se não fosse os beijos tinha ficado por receber..." o que um homem faz por um amigo, não é João....?"


Ficamos a espera por um texto que nos relatem as aventuras dos nossos maratonistas e mais algumas fotos e se algum dos nossos cientistas resolver escrever um texto da vossa participação cá estaremos para o publicar.
Todos os resultados podem ser consultados na nossa pagina do Fecebook

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

BTT -Festival Bike


Prova BTT Santarém
Com a chuva que caiu durante a semana, previa-se um Sábado complicado,
mas o S.Pedro ajudou e no dia da prova estava um tempo maravilhoso.
Desta vez íamos uma grande equipa dos AVS, 2 para a maratona de 80km
e 5 para a meia 45Km, todos se apresentaram a horas para a partida no
local de encontro. Ai fiquei a conhecer o resto do grupo que para mim só
conhecia o Rui de outras andanças das Corridas.
Já em Santarém os meus comparsas, nos preparativos estavam muito ansiosos
para a prova nunca tinham feito Santarém o que não era o meu caso, muito
tranquilo.
Começo da Prova no horário previsto, excelente organização, onde esta
tem de tudo. Grandes estradões, single trek, e um sob e desce constante
muito engraçado de se fazer e terreno estava excelente para rolar. Tudo
correu bem todos terminamos uns melhores outros não, mas no final todos
gostaram.
Almoço de convívio e troca de opiniões, onde fomos ver a Feira de Bikes,
um pouco fraca em relação a outros anos devido à Troika, Regresso a casa
e com a promessa de lá voltar.

texto : José Jacob
Resultados
45 km
529º-Filipe Marques 2h16'23
609º-Nuno Marques 2h20'50
981º-Norberto Agua Mel 2h46'56
1078º-José Jacob 2h53'52

80 km
152º-Pedro Ferreira 4h07'06
196º-Rui Pacheco 4h22'02

terça-feira, 23 de outubro de 2012

ESFORÇO DEDICAÇÃO E GLÓRIA,eis o GRANDE SPORTING


Corrida SPORTING-Dia 14-10-2012-10h30mn
ESFORÇO DEDICAÇÃO E GLÓRIA,eis o GRANDE SPORTING
Nesta manhã que começou solarenga e amena eram mais de 5 mil os participantes nesta grande corrida com um percurso de 10bkm sem dificuldades de maior só com as rampas dos tuneis da av. da republica a massacrar um bocado.
Feita a introdução falta referir que eram 9 os atletas inscritos pelo A.V.S.
Cheguei bem cedo acompanhado pelo meu irmão mais velho e 2 sobrinhos meus,"lagartos claro".
Começamos com o ritual normal das corridas com colocação do chip e do dorsal na bonita camisola da corrida,pouco depois o encontro ocasional com o Pacheco e os irmãos Luís e André santos que ali tinham estacionado o seu carro,estávamos em família mas uma coisa me preocupava tinha 2 dorsais para entregar e a hora aproximava se mas eles lá apareceram,o Coelho e o Póvoa.
Posto isto toca a aquecer tudo ali á mistura VIPS e anónimos e num instante lá chegou a hora de ir para o local da partida e aí me juntei ao amigo André Santos que muito bem me acompanhou na corrida.
Pouco depois de uns discursos e de uns "SPOOOORRRTIIINNG....SPOOOOORRRTIIINNG",lá se deu a partida com os toques uns nos outros que fazem parte do começo das provas.
Agora que começou á que acelerar e fazer o melhor possível.
Vou ali no meu ritmo tipo "HOMEM BALA" com o André quando passamos pelo Moga e pelo Jorge...do banco.
-Embora venham connosco,digo eu!
É pá não,vão vão nós vamos mais devagar,responderam,ok e lá continuamos nós no nosso ritmo "HOMEM BALA".
Os km foram passando até que perto do Saldanha e quase no retorno o André começou a perder a pólvora e me ordenou,vai tu Belo que eu já te agarro,entretanto já os" quenianos" portugueses faziam o trajecto contrário em direcção á meta e  já perto da viragem a tão bem vinda chuvinha que me revigorou quando já precisava e pronto lá segui no meu ritmo"HOMEM BALA" até entrar no estádio do meu clube que me dá sempre um arrepio de emoção pois estando mal ou bem sou SPORTING para sempre.
Cortei a meta com o cansaço  natural e depois de receber a medalha fui conviver com os demais participantes e pronto a voltar á vida estava mais uma feita.
Para acabar queria aqui deixar um VIVA a todos os atletas que andam aqui por calorice como nós no A.V.S e que fazem deste desporto um desporto espetacular que eu descobri á pouco tempo,obrigado.

                                                                                                                                      JOAQUIM BELO
                                                                                                                        (22-10-2012)

Resultados
49º Luis Santos 36'40
77º-Paulo Povoa 37'51
116º-Luis Lopes 39'08
249º-Rui Almeida 41'39
429º-Joaquim Belo 43'35
919º-Jorge Lourenço 48'01
924º-José Moga 48'02
1471- Antonio Coelho 50'07

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Corrida de São João

A chuva caía miudinha quando cheguei à praça Paiva Couceiro em Lisboa hoje, 21 de outubro de 2012, pelas oito e cinquenta da manhã. Não corria a menor brisa, nem fazia um pingo de frio.

A parte da rua Morais Soares contígua à referida praça estava cortada ao trânsito nos dois sentidos. Tinha acabado de ser levantado o balão insuflável de partida e de chegada. Os elementos da organização da corrida São João, cuja prova principal teve lugar às dez e trinta, andavam numa roda-viva a ultimar os preparativos para que nada falhasse. Os atletas àquela hora contavam-se pelos dedos das mãos.

Passado um bocado de eu ter chegado, chegou o Moga. Perguntou-me pelos dorsais. Respondi-lhe que não os tinha. Dirigimo-nos à junta de freguesia onde estavam a ser entregues. Aí encontrámos o Povoa e o Lopes abrigados da chuva molha-tolos. O Povoa disse que lhe parecia (mas não tinha a certeza) que o Mister Fernando fazia anos neste dia e que devíamos surpreende-lo com um bolo de aniversário, cantando-lhe os parabéns. Entretanto chega o Armando e a Gabriela. Sobre o aniversário do Mister desconheciam completamente. – No facebook não vi nada – disse Gabriela. – Eu também não – disse Leonel.

Saímos para a rua. A chuva continuava a cair docemente do céu escuro. Abrigámo-nos na entrada dum prédio. Entretanto chegaram vários Amigos entre os quais o Mister e o Tiago. Este adiantando-se ao grupo foi ao nosso encontro. Confirmou-nos que o Fernando fazia anos. Então o Povoa, o Lopes e o Tiago foram comprar o bolo sem o aniversariante saber, para lhe fazer a tal surpresa no final da prova.

Aos poucos foram chegando mais e mais atletas. Na hora da partida eram duas ou três centenas. Só amigos Vale Silêncio eram dezoito. Uma grande equipa! A prová-lo estão os resultados conseguidos: O primeiro lugar individual feminino e o terceiro e o quarto da geral nos homens, protagonizados pela Susana, pelo Hugo e pelo João, respetivamente. Por equipas ficávamos em primeiro se houvesse classificação coletiva, o que não foi o caso.

Os incansáveis paparazzi, Gabriela e Fernando, não tiveram mãos a medir. Cumpriram com denodo a sua difícil missão. As belas fotos que tiraram aí estão expostas para serem vistas e admiradas pelos próprios, por amigos, familiares e curiosos.

O percurso tinha um osso difícil de roer, a subida desde a Casa Pia até ao Alto de São João, cerca de mil e tal metros. O restante era a descer e plano, bastante fácil.

Terminada a prova reunimo-nos à volta duma mesa no jardim. Em cima da mesa o bolo em forma de coração com duas velinhas ao meio. O Tiago encarregou-se de acender as velas. Depois, em uníssono, cantámos os parabéns a você. Com uma lagrimazinha no canto do olho querendo por força mostrar-se aos presentes, o aniversariante, comovido, agradeceu a surpresa. À festa juntou-se um velhote e uma criança requestando um pedacinho do bolo que o aniversariante multiplicou como Jesus fez com o pão na célebre ceia. Faltou o champanhe para o brinde. Contou a intenção.

Dali, uns, despedindo-se, foram às suas vidas, outros, foram para as instalações da junta de freguesia onde decorria a entrega dos prémios aos três primeiros de cada escalão. O Hugo e a Susana estavam lá para receberem os seus, e os amigos tinham ido para assistirem e para lhes dar os parabéns. Como seria de esperar os paparazzi não faltaram à cerimónia.

Seguem-se os tempos de cada um:

Hugo Adelino  - 27'12
João Inocêncio  - 27'21
Paulo Povoa  - 29'??
Tiago Silva  - 29'30
Luís Lopes  - 30'10
Leonel Neves  - 32'58
Filipe Torres  - 32'??
Daniel Pinto  - 33'05
Ricardo Gaspar  - 33'22
Filipe Ramalho  - 34'38
Susana Pinto  - 34'40
Armando Almeida  - 35'09
Fernando Avelino  - 36'16
Fernando Silva  - 36'36
José Moga  - 37'02
António Fernandes  - 38'58
Jorge Teixeira  - 39'34
António Silva  - 42'20
Guy Casimiro  - ?
Ricardo Gaspar 33'22
Filipe Ramalho 34'38
Susana Pinto 34'40
Armando Almeida 35'09
Fernando Avelino 36'16
Fernando Silva 36'36
Jose Moga 37'02
Antonio Fernandes 38'58
Jorge Teixeira 39'34
Antonio Silva 42'20
Guy Casimiro ????

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

15ª Meia Maratona da Moita

Inspira, expira, inspira fundo. Relaxa. Lá vem ela! Quem? A crise. Então não se tinha já instalado entre nós? É verdade, mas vem mais a caminho, e agora é a doer. Senta-te e espera pelo resultado. Entrementes fuma um cigarro. Toma. Fumar adoece, fumar mata, então para que fumas? Queres adoecer? Queres morrer? Deixa lá, um cigarro apenas não faz mal e sabe bem. Ajuda a esquecer a tristeza e as contrariedades da vida. Tantas coisas que fazem mal e não passamos sem elas! Ler é uma delas, faz mal à vista cansada e no entanto insistimos em ler as notícias amargas que enchem os jornais sobre a austeridade, o fim da classe média, o brutal aumento de impostos, a «bomba atómica fiscal», no dizer de alguns. Se ao menos fossem notícias agradáveis! Masoquismo? Inevitabilidade genética? Hoje é dia de saber as novidades orçamentais. Há todavia esperança que não sejam tão bombásticas como se dizia. Isto quer é uma revolução! Já não vai lá com cantigas. Responsabilizem-se os culpados da situação, metam-se na pildra como fazem com os pés rapados. Acabem com as manobras dilatórias, não deixem os processos prescrever. Já fumei um maço inteiro a pensar na crise e nas inerentes consequências, e no que já me roubaram e se preparam para roubar. Malditos sejam! Que lhe caia um raio em cima! Lamento dizer isto, mas não consigo dizer outra coisa, e se dissesse seria bem pior. Não há qualificativos bastantes e suficientemente fortes para classificar estes tipos de caca. Incompetentes, insensíveis, ladrões, vigaristas são apenas alguns dos mais suaves. Eu, que nem fumo, e o dinheiro mal me dá para comer, muito menos para apaziguar o vício, aqui estou sentado a devorar cigarro atrás de cigarro, acendendo uns nos outros, remoendo pensamentos lúgubres, enquanto espero que a caixinha das surpresas se abra. Chega de pensamentos negativos que, tal como os cigarros, fazem mal à saúde. Com tantas coisas agradáveis em que pensar, não sei por que continuo a pensar em assaltos à mão armada perpetrados por quem tem o dever de nos proteger. Pois bem, falemos da meia maratona da Moita 2012, no prazer que se sente a correr, no convívio com os amigos e conhecidos, nas dificuldades da corrida durante o percurso, no cansaço evidente e natural no final da prova, nos tempos gastos, na satisfação de concluir mais uma prova. Aspetos comuns a todos os atletas, no caso concreto, cerca de dois mil, sendo que quinhentos e tal, quase seiscentos, eram da meia e os restantes da caminhada. O percurso, ao longo de toda a faixa ribeirinha do concelho, passando por todas as freguesias, era acessível, com duas ou três subidas curtas e pouco acentuadas, o resto era plano. Apesar disso, no final, soaram rumores que era dura. Uma prova de vinte e um quilómetros é sempre dura, ainda que o percurso seja fácil. A corrida terminou bem na hora do almoço, e muitos atletas e acompanhantes, não obstante a crise, aproveitaram para se deliciarem com uma caldeirada à fragateiro, um ensopado de enguias, um arroz de marisco, pratos típicos desta terra de marítimos e fragateiros.

 

Classificação individual e coletiva:

 

48º- Hugo Adelino 1h18'44
129º-Marco Melo 1h29'47
143º-Eurico Charneca 1h30'36
263º-Leonel Neves 1h38'18
276º-Luis Ferreira 1h39'26
296º-Fernando Avelino 1h40'40
339º-Hernâni Monteiro 1h43'02
370º-Filipe Torres 1h45'34
371º-Daniel Pinto 1h45'34
373º-Fernando Silva 1h45'29
376º-Filipe Ramalho 1h45'47
451º-José Jacob 1h51'57
523º-Joaquim Adelino 2h01'35
525º-Emilio Gonçalves 2h01'58

 
15º por equipas em 35

Caminhada
Maria Silva, Susana Pinto, Sónia Torres

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Serra D'Arga a aventura


Frequentei a Escola Primária de 1954 até 1962, ano em que comecei a trabalhar, naquele período escolar ensinaram-me muitas coisas na escola que ainda hoje perduram passados que são 50 anos. Conhecer as serras de Portugal era uma matéria indispensável ao nosso conhecimento, a elas estavam ligados os nascimentos dos principais rios do nosso país e por isso para "combater" a ignorância instalada era necessário esse conhecimento, lembro-me da Serra da Estrela, Montejunto, Candeeiros, Monchique, Gerês e pouco mais. A Serra d`Arga não constava, pelos menos não me lembro, por isso não me admira que ainda me perguntem, onde fica isso? E é uma pena, creio que é uma das coisas mais bonitas do nosso país ao nível da Natureza real, pelos menos para aqueles que gostam de a sentir e a procuram para dar azo à sua condição de homens livres. Há 1 ano fui só à conquista deste lugar em terras do Alto Minho, enfrentei a tempestade invernal na hora em que pisei aqueles terrenos pejados de pedra e rochas, regressei ainda sozinho debaixo de chuva e vento torrencial para poder contar aos amigos tal odisseia com a promessa de lá poder voltar um dia. Da história contada nasceu a força e a vontade que envolveu alguns dos nossos amigos, levados não apenas pela curiosidade mas também para interiorizarem a beleza e a extrema dureza que era apontada neste extraordinário Trail a realizar no dia 7 de Outubro de 2012. Confesso que fiquei surpreendido quando soube que o Rui Pacheco e o Daniel me informaram que queriam participar nesta prova, obviamente fiquei muito feliz, abria-se aqui uma possibilidade de lá voltar e completar aquilo que a Natureza não tinha deixado no ano anterior. Num Grupo de Amigos como o nosso onde a vontade de cada um aponta o seu rumo sem que lhe imponham a via a seguir é que determina a evolução da nossa mente que se vai transformando aos poucos abrindo novas frentes de capacidades que julgávamos não ter no plano fisico e atlético, hoje somos capazes de ser exemplos uns para os outros sem deixar ninguém de fora. Esta liberdade, dedicação, respeito, e muito voluntarismo é o motor que nos transporta e realiza à medida de cada um e conforme os objectivos que temos para realizar.
A Serra d`Arga era um desafio aliciante e desconhecido, sabíamos das dificuldades que eram transmitidas pelas imagens que iam chegando mas quando partimos levávamos a certeza que por maiores que fossem os obstáculos haveríamos de sair de lá orgulhosos pela conquista e superação de mais uma prova de Trail duríssima.
As expectativas rodeavam o Rui e o Daniel, eu nem tanto porque normalmente corro conforme a minha disponibilidade física e sem qualquer pressão, por isso eu próprio tinha elevadas esperanças num bom resultado dos nossos atletas, principalmente do Rui.
A prova era de grau de dificuldade elevada, tinha feito a prova no ano anterior até aos 20kms altura em que foi interrompida face ao temporal no local da prova, por isso dei a conhecer aos 2 as dificuldades da prova, pelo menos até a meio, depois estariam por sua conta porque dos presentes que iam participar ninguém conhecia ainda o percurso. E assim foi, pouparam-se na 1ª parte que era mais acessível e atacaram a 2º parte com muita determinação  dando tudo para obter uma boa classificação dentro do melhor tempo possível, ((de tal forma que tenho de pagar 2 almoços por terem excedido as minhas previsões, 3h. de diferença para mim e 1h. para o Daniel, quando for oportuno tenho de os sentar à mesa)).
Para além da altimetría acumulada de 5 mil metros havia um obstáculo permanente em toda a prova, rochas e mais rochas e pedra e mais pedra, nunca dei tanto salto na minha vida, passámos por caminhos romanos, quer a subir quer a descer, alguns incrivelmente com rodados de veículos de tração animal numa inclinação de arrepiar que até doía o nosso subconsciente quando se olhava para cima e para baixo. Mas a beleza era brutal, para compensar as subidas, (ninguém ousou subir aquilo a correr, pelo menos na totalidade), podia aproveitar as descidas embalando desde que conseguisse controlar os movimentos em tempo útil, foi isso que o Rui e o Daniel fizeram, pelo menos até aos 40kms, a partir daí a dureza da prova ditava as suas leis, as dores e as câimbras começaram a chegar, foi aí também que as primeiras câimbras me começaram a afectar, vinha mais atrás e controlava as coisas para conseguir sair daquele emaranhado de serras e vales com o menor sacrifício possível. O Rui aos 40kms ainda se batia pelo pódio, o que era extraordinário, para trás tinham ficado valorosos trailistas que iam socumbindo à dureza da prova muitos deles muito experientes neste tipo de provas, as desistências já superavam a meia centena e ele ali estava pronto para fazer um brilharete. (Deixo aqui um comentário deixado no meu Blogue pelo campeão Luís Mota sobre estes 2 nossos Amigos:((Aproveito para felicitar igualmente o Daniel e o Rui pelos bons desempenhos. O Rui, caro Joaquim, já é uma grande referência no trail e não fosse traído pelo desgaste, poderia ter sido a “grande surpresa da prova”.)), isto demonstra o reconhecimento da mais valia que representa hoje para o Trail o desempnho do Rui, possa ele e a sua disponibilidade de vida para prosseguir e ombrear com os melhores do nosso país.


Os 5kms finais foram duríssimos tal como em toda a prova e de uma forma geral o comportamento de todos nós foi igual, chegar e tentar recuperar o melhor possível. Felizmente saímos os 3 incólumes de problemas físicos e prontos para em breve enfrentarmos novos desafios. Ficámos com vontade de lá voltar, a distância e a logística é o maior obstáculo mas vamos procurar sobreviver até lá e depois dicidir.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Meia mart V.Gama

Hoje, 30 de Setembro de 2012, entre as sete e tal e as nove e tal da manhã, todos os caminhos vão dar à Gare do Oriente, com homens, mulheres e crianças, de ténis, calcão e t-shirt, autênticos atletas, em grupos grandes e pequenos, individualmente, andando, conversando, todos com o propósito de participar na corrida Vodafone Meia Maratona RTP Rock`n`Roll, nome pomposo dado à Meia Maratona de Portu
gal, e na Mini Maratona.
Aí, autocarros e camionetas aguardam em fila que os atletas se dignem entrar para os transportar até ao local da partida, a ponte Vasco da Gama. E, pouco a pouco, vão-se enchendo, seguindo uns atrás dos outros, atarefados, para largar estes e ir buscar mais, para que ninguém fique em terra.
Entrementes, a ponte vai ficando abarrotada de gente, gente sentada no chão, deitada, de pé, encostada às grades de proteção, fazendo filas para as casas de banho e urinóis ali montados que, apesar de vários, se revelam insuficientes para os milhares de corredores presentes. Alguns, eles e elas, mais aflitos, aliviam as respetivas bexigas como podem junto dos urinóis e das casas de banho, sem vergonha nem constrangimento. Um pelotão de fotógrafos, muito ativos, solicita poses a este e àquele, e os visados, solícitos, colocam-se a jeito para a fotografia. Um helicóptero sobrevoa a ponte, filmando, para gáudio dos atletas que agitam os braços no ar em direção da máquina voadora, gritando para serem vistos e ouvidos.
Às dez e meia, como está previsto, tem início a corrida. A partida foi bastante atabalhoada devido à estreiteza da ponte e aos muitos atletas quererem desenvencilhar-se e começar a correr quanto antes em vez de ir a passo ou ficar parado depois do tiro de partida.
Sob um sol quente, os atletas lá foram, cada um ao seu ritmo, fazendo o percurso, cheio de música, rumo à meta. Uns mais devagar, outros a passo quando as forças não permitiam mais, outros, os ditos profissionais da corrida, a ritmos supersónicos. Alguns em amena cavaqueira, outros incentivando outros, por exemplo: Vamos Maria, vai buscar a Rute que vai ali à frente. E não é que a Maria foi mesmo buscar a Rute, ultrapassando-a facilmente a seguir! E eu, afadigado, com vontade de deixar de correr e começar a andar, fui ficando para trás até que deixei de os ver.
Na meta, como na partida, há muita gente. Atletas que vão chegando e ficam por ali a descansar, cavaqueando, esperando por companheiros de equipa, amigos; gente que está ali apinhada para ver chegar os corredores, batendo palmas, aplaudindo, tirando fotos; pessoal da organização; os mesmos fotógrafos que estavam na ponte com a mesma diligência profissional, e muita música.
Neste importante evento desportivo estão presentes os seguintes elementos do Grupo Amigos Vele Silêncio:

Mini Maratona:
Patrícia
Susana
Helena

Vodafone Meia Maratona RTP Rock ‘n’ Roll:
Marco Melo – 1:33:38 – 396º da geral
Joaquim Melo – 1:33:39 – 399º
Leonel Neves – 1:40:01 – 751º
Filipe Ramalho – 1:48:40 – 1412º
Joaquim Gomes – 1:51:01 – 1622º
José Rebocho – 2:15:20 – 3737º