terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

G.P." Atlântico"


Aproxima-se da meta o primeiro atleta, diz o homem do microfone. É Pedro Arsénio dos Amigos Vale Silêncio. O relógio electrónico marca 32:59. Ouvem-se palmas e gente a cochichar: nunca tinha ouvido estes nomes, articula um indivíduo que assiste à chegada dos atletas. Têm uma excelente equipa, diz o seu interlocutor. Este que acaba de ganhar aqui, já tinha ameaçado noutras provas, por exemplo, na corrida Luzia Dias, chegou em segundo a pisar os calcanhares ao vencedor. A expressão de felicidade estampada no rosto do campeão diz tudo sobre o seu estado de alma neste momento.
Passado um minuto e dezanove segundos o homem do microfone volta a anunciar a chegada de mais um atleta do mesmo clube, João Inocêncio; cinquenta e sete segundos depois, outro, o Hugo Adelino. Ao todo cortam a meta vinte elementos dos AVS. Meter três atletas nos primeiros dez é obra, comenta outro sujeito. O primeiro lugar por equipas não lhes deve escapar.
À medida que vão chegando, os Amigos vão passando a palavra: temos o primeiro lugar individual, o Pedro Arsénio bateu galhardamente toda a concorrência. Metemos três entre os dez primeiros. Colectivamente também devemos ficar em primeiro.
As classificações individuais vão saindo e sendo expostas para consulta dos atletas. Entrementes o homem do microfone anuncia a cerimónia de entrega dos prémios. Volta a ouvir-se o nome AVS mais quatro vezes: primeiro da geral, Pedro Arsénio dos AVS; primeiro sénior, Pedro Arsénio dos AVS; terceiro do terceiro escalão, Paulo Povoa dos AVS e, finalmente, o momento mais aguardado, equipa primeira classificada, AVS. Soam palmas, muitas palmas. Os Amigos presentes sentem-se contentes e vaidosos, e têm razões para isso.
Hoje, 26 de Fevereiro de 2012, é um dia memorável para os AVS. Nos anais do clube passa a constar o primeiro lugar por equipas e individual, conseguidos numa prova importante de dez quilómetros, na qual pontuaram oitenta equipas e chegaram à meta mil quatrocentos e trinta e dois atletas, organizada pelo Núcleo Sportinguista da Costa da Caparica.
O dia está óptimo. O céu encontrava-se completamente azul, da cor do mar. A temperatura ronda os vinte graus na hora da partida. Nem a mais leve brisa corre até chegar ao Pontão.
O percurso é o mesmo do ano pretérito, mas feito em sentido contrário. A passagem pelo pontão é muito agradável. O rumorejar descontraído e inconfundível do mar entra no ouvido com pés de veludo; os corredores cruzam-se com viandantes passeando à beira-mar; à praia chegam pequenas ondas de espuma vindas de longe, acabando por se desfazer na areia onde dois casais, vestidos, caminham rente à água espraiada. Mais à frente, noutra praia, um pescador junto ao seu barco remenda as redes da pesca, e dois surfistas carregam as pranchas para dentro de água. Distante daqui, no meio do mar, indiferente a tudo que o rodeia, vê-se o Forte de Caxias, recordando um dos aspectos mais trágicos da história do Estado Novo.
Texto:Leonel Neves
Resultados
 1º-Pedro Arsénio 32'59
7º-João Inocêncio 34'18
9º-Hugo Adelino 34'56
21º-Paulo Povoa 36'09
28º-Tiago Silva 37'00
62º-Luís Lopes 38'40
103º-Marco Melo 40'37
112º-Rui Almeida 40'49
150º-Joaquim Belo 41'51
224º-Muno Martins 43'30
248º-Leonel Neves 43'56
269º-Rui Figueiredo 44'32
368º-Luciano Tomas 45'58
388º-Fernando Silva 46'11
469º-António Fernandes 46'48
501º-José Moga 47'44
695º-Hernani Monteiro 49'43
954º-Ricardo Nicolau 55'03
1098º-Guy Casimiro 58'08
1211º-José Rebocho 1h01'12

Trail "Terras do Sicó"

Após o Ultra Trail dos Abutres realizado em 28 de Janeiro na Região da  Serra da Lousã voltámos agora com mais 3 atletas do nosso Clube a mais uma prova de Montanha, desta vez em Condeixa a Nova em plenas terras de Sicó. É a nossa 3ª presença nesta prova (as duas últimas em representação do AVS), desta vez estiveram lá o Joaquim Adelino, Paulo Portugal e o Eurico Charneca. Como se esperava foi um sucesso a nossa presença, todos conseguimos concluir aquela difícil competição com a distância de 38 kms abrangendo um conjunto de serras que nos levou ao pico mais alto (520m) e depois foi descendo sempre nas alturas até chegarmos ao ponto de partida cuja altitude se situava nos 90 metros, a altimetria positiva atingiu os 1178 metros. O percurso estava impecável e bastante acessível a todos, desde estradões na sua maioria até aos trilhos abertos para o efeito quase sempre foi possível andar em passo de corrida, excepto algumas subidas muito íngremes e percursos com muita pedra, muita dela solta e ponteaguda a requerer grandes cuidados por causa de possíveis quedas que são sempre desagradáveis. O Charneca partiu logo na frente e impôs desde logo um bom andamento na tentativa de fazer um bom resultado, superou muito bem a sua prova valendo-se de alguma experiência adquirida com a sua participação regular na tradicional volta ao Minho que se realiza todos os anos por montes e vales um pouco por todo o país. Conseguiu uma boa classificação no seu escalão, 5º lugar e a marca de 3,47h.
O Paulo Portugal partiu comigo e rapidamento ficámos na cauda do pelotão juntamento com o Vassoura que neste tipo de provas acompanha sempre o último atleta em competição. Ali andámos até ao km 20, altura em que eu dicidi avançar considerando as dificuldades que já sentia nos membros inferiores (um pouco também devido à Maratona de Sevilha de há uma semana) e tentar chegar com o mínimo de mazelas ao fim, objectivo que consegui ao fim de 5,25h. após o sinal de partida. A fechar continuaria o Paulo, o Vassoura e mais 3 atletas (estes viriam a desistir ao km 21). O Vassoura, (José Magro) muito experiente, conseguiu trazer até à meta o Paulo de Portugal, naquela em que se sentiu mais à vontade pois a sua chegada não denotava grandes dificuldades na sua corrida, sinal que vai aprendendo a superar o sofrimento que sempre sentimos em provas desta natureza. Ás 6.09h. após a partida chegaria o Paulo, acompanhado do vassoura que orgulhosamente trazia o nosso Portugal depois de à uma semana ter completado também ele a Maratona de Sevilha. Deixo-lhe aqui os agradecimentos pelo seu excelente trabalho de acompanhamento e moralização, a mim enquanto lá andei na rectaguarda e ao Paulo durante todo o percurso.
Os trailers voltarão com os Trilhos do Pastor no próximo dia 25 de Março.    
 Resultados:
53º-Eurico Charneca 3h47'03
235º-Joaquim Adelino 5h25'09
251º-Paulo Portugal 6h09'53

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Maratona Sevilha

Com a realização da Maratona de Sevilha 2012 fica o nosso Clube enriquecido com mais 3 valorosos maratonistas, no Grupo do AVS onde já existia um número elevado de maratonistas é hora de saudar a chegada destes 3 Amigos ao final da prova rainha do Atletismo Mundial em estrada, a Maratona: Filipe Ramalho, Hernâni Monteiro e Juca Jacob. Bateram-se com galhardia e grande coragem, alguns com problemas físicos no decorrer da prova aguentaram de forma corajosa e heróica o sofrimento revelando grande espírito de sacrifício revelador de garra própria dos grandes maratonistas. Foi uma experiência muito enriquecedora para todos, pois trata-se de uma prova classificada pela federação espanhola como a melhor que se realiza em toda a Espanha. Parabéns a todos os que foram e que concluíram com grande êxito a 28ª Maratona de Sevilha, a todos ouvi a expressão de quererem voltar, aqui ficam os seus nomes e as marcas alcançadas: Hernâni Monteiro (3,52h), Juca Jacob (3,56h), Joaquim Gomes (4,00h), Joaquim Adelino (4,01h), Filipe Ramalho (4,04h.
Resultados:
2696º-Hernani Monteiro 3h52'46
2890º-José Jacob 3h56'45
3087º-Joaquim Gomes 4h00'07
3115º-Joaquim Adelino 4h01'31
3251º-Filipe Ramalho 4h04'25

20 km Cascais

Foi com espírito alegre que nos apresentamos em Cascais que nos recebeu com um tempo muito bom para a prática da corrida.
Uma prova que já não precisa de apresentação e que vai se tornando um marco na corrida em Portugal, muitos atletas presentes e muitos aproveitaram para brincar ao Carnaval, incluindo o nosso amigo Emílio.
A nossa equipa apresentou-se com sete elementos e as nossas conversas iam parar sempre a Sevilha e como estariam os nossos maratonistas, mesmo longe dávamos energia positiva e desejávamos que tudo estivesse a correr sobre rodas.
Quanto aos nossos elementos tiveram uma participação positiva e a maioria realizou boas marcas.
Resultados:
126º-Marco Melo 1h23'58
713º-Fernando Silva 1h40'48
714º-José Moga 1h40'48
740º-Luciano Tomas 1h42'03
1299º-Paulo Portugal  1h57'43
1328º-José Rebocho 1h58'53
1458º-Emilio Gonçalves 2h05'01

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Resumo do Fim de semana 11 e 12 Fevereiro

Não foram muitos mas bons os atletas que este fim de semana correram em representação dos "Amigos", no sábado e numa prova que se realizou pela primeira vez,embora o local já fosse conhecido dos nossos amigos, o nível foi muito bom, Pedro consegui um excelente 3º lugar na geral e João um nono e ainda houve tempo para uma estreia,Rui Figueiredo.
Domingo em dois locais diferentes, Mem Martins o regresso a competição do Coelho e a participação do Marco e no corta mato de S.João um treino de conjunto entre o Tozé e Luciano que neste fim de semana participou em 2 provas.


Resultados da Nauticampo
3º-Pedro Arsénio 33'56
9º-João Inocêncio 35'15
127º-Rui Figueiredo 45'40
133º-Luciano Tomas 46'03

Mem Martins
69º-Marco Melo 40'47
247º-António Coelho 48'34

Corta Mato S.João Talha
8º(escalão)-Luciano Tomás 22'27
9º(  "        )-António Fernandes 22'27

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

G.P.José Afonso-Grândola

A natureza acompanhou a viagem do grupo com sinais de que sabe ser dura para quem teima em lhe fazer frente, em vários locais de passagem da caravana os termómetros marcaram menos dois graus e e todo ser vivo estava perto de congelar a seiva ou o sangue.
Mas Grândola recebeu-nos com uma temperatura mais agradável e o calor não sendo muito foi ocupando o seu lugar.
A prova já é uma referencia nas corridas em Portugal e os amigos foram até Grândola na expectativa de alguns fazerem as suas melhores marcas e outros treinar para os seus verdadeiros objectivos que cada vez mais estão muito próximos mas a organização brindou todos os atletas com um engano no percurso (o que já não se usa) e estes a realizarem menos 1,3 Km o que trouxe um amargo de "boca" a muita gente e podemos nos questionar os elementos da organização com a seguinte pergunta,"como pode o carro que segue na frente não saber o percurso?
Colectivamente os nossos elementos portaram-se bem um honroso sexto lugar em 47 equipas presentes e o João Inocêncio com o seu quinto lugar no escalão teve direito a pódio.
Depois segui o almoço, um churrasco em que foram convidados os nossos amigos do CCD Loures o que tornou o almoço num bom momento de confraternização e ainda cantamos os parabéns ao aniversariante o Luís Lopes, que teve direito a pagar o café e digestivo a toda a caravana.
O regresso foram pelas estradas nacionais que as portagens estão pela hora da morte.
Video do aniversario Luis LOpes
Fotos de J.Adelino-Grândola

Resultados:
37º- João Inocêncio 29'47
41º-Rui Pacheco 30'18
61º-Paulo Povoa 31'04
79º-Luís Santos 32'05
86º-Tiago Silva 32'19
177º-Rui Almeida 35'25
330º-Luciano Tomás 39'50
335º-António Fernandes 39'44
345º-Fernando Silva 39'59
391º-Hernâni Monteiro 41'47
564º-José Rebocho 47'35

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Crónica do ultra trail "os abutres"


Ultra Trail, Organização da responsabilidade da Associação Abútrica de Miranda do Corvo, ali nas faldas da Serra da Lousã, na distância de 45 kms.  Há 3 meses que fizeramos a inscrição, eu o Filipe, o Hernâni e o Charneca, o Paulo Portugal inscreveu-se mais tarde e a ansiedade era grande desde desde já a alguns dias, o Charneca a dois dias da prova diz que já não vai e o Paulo por essa altura ainda estava indeciso, finalmente conseguimos acertar as coisas e ás 20 horas de Sexta feira do dia 27/01, véspera do Trail, partimos de Vialonga a caminho de Miranda do Corvo sobre a direção e orientação do Hernâni que garantia a pés juntos que conhecia bem o caminho e sem passarmos por Auto-estradas. Por este motivo abstive-me de levar o GPS para não criar confusões na direção a tomar como já tem acontecido várias vezes. Bem dito e bem feito, antes das 23h. já estávamos em Miranda do Corvo e logo nos dirigimos para o Pavilhão Municipal onde estava montada toda a operação relativa a este Ultra Trail de Montanha, levantámos os dorsais e de seguida fomos para o local de dormida no Pavilhão dos bombeiros . O chão era duro e não havia colchões de ginástica para colocarmos por baixo dos sacos de dormir, eu levava uma esteira de esponja que atenuou um pouco mas parece-me que alguns dos nossos amigos não tiveram esse cuidado. Ficámos bem instalados a meio do Pavilhão encostados a uma parede e ao lado uns dos outros, o Pavilhão estava cheio e antes de se apagar a luz o movimento era muito intenso, os amigos cumprimentavam-se, o Carlos Sá vem ter conosco e trocamos ali uma pequena conversa onde nos informou do seu próximo dasafio já em Março dos 250 kms de Les Serbeles no deserto do Saára, entretanto o Orlando Duarte e a sua simpática esposa servem a quem quizer beber um delicioso chá e café acompanhado de licores e mel, um gesto sempre repetido a quem agradeço do fundo do coração. Quando o silêncio já era de ouro fui apagar as luzes ficando acesas as luzes de vigília e fui deitar-me na esperança de poder dormir um pouco. Depressa verifiquei que o frio era muito intenso e o saco não iria ser suficiente para me aquecer, aconcheguei-me melhor e esperei... mas aquilo que era silêncio de ouro depressa se transformou num pesadêlo toda a noite, roncos para todos os gostos, competição aos quatro cantos da casa mas ninguém se atreveu a pôr cobro áquilo, apenas eu, tentava que os nossos honrassem o bom nome que ostentam de Silenciosos mas dois deles teimavam em competir com eles até para não nos deixarem ficar mal, mas eu não estava a gostar da festa, a um atirei-lhe o que tinha à mão mas sem sucesso, ao outro empurrei-o um pouco para o lado e acalmou, mas todos os outros estavam impossíveis. desesti de dormir, estendi o Kispo por cima do saco de dormir e atenuou o frio e assim fiquei até ás 7 h. da manhã, de vigília.
Ás 8,30 partimos finalmente, o frio era muito mas notava-se que o dia ia estar bonito, alguns dos nossos estavam bem protegidos contra o frio e interrogava-me até onde é que eles conseguiriam levar aquela roupa vestida, eu estava como habitualmente e sem cuidados especiais, cumprindo o estipulado foi feita uma revista a todo o equipamento obrigatório que os atletas teriam de levar e como estava tudo em ordem abriu-se o portão e partimos para aquela que seria mais um Trail na minha ainda curta "carreira". Éramos 320 à partida o Filipe e o Hernâni tal como previsto partiram juntos e eu fiquei com o Paulo, até ao 1,5km ainda ficámos todos juntos mas assim que passámos o Cristo Rei lá da terra separámo-nos e nunca mais os vimos. O Paulo só à última é que dicidiu fazer o Ultra Trail pois dissera que não tinha treinos para aquilo mas corajosamente dicidiu-se pela aventura e eu entendi ficar com ele, pelo menos até ver no que dava.
Até aos 10kms aquilo era lindo de se ver, o Parque Temático com diversos animais selvagens e outros e depois rolando sempre pala Várzia e com algumas curtas incursões pela Serra, o Paulo já tinha ficado para trás, notara que se ficasse com ele tão pouco conseguiria passar nos controlos fixados pela organização, então dicira seguir na certeza que ele iria ter o bom sense de parar quando achasse oportuno. Aos 10 kms estava o 1º abastecimento e foi a partir dali que aquilo começou a doer, tínhamos agora 5 kms de subida a pique sempre acompanhados de um pequeno Ribeiro onde deslizava uma corrente de água pura e cristalina, olhar para aquilo atenuava um pouco do sofrimento em que seguíamos, o peito dos  pés eram já só câmbrias valia-me ali que eu levava os apoios e com os braços ia atenuando o esforço das pernas. O percurso estava muito bem marcado e continuava a não ver os nossos 2 amigos da dianteira, só por um engano deles é que voltaria a vê-los pensei eu, do Paulo nada sabia mas pelas dificuldades que eu vinha sentindo não augurava nada de bom para ele. Até ao 2º Abastecimento que estava nos 18 kms num parque muito bonito e onde se notava muita actividade dos Javalis o percurso foi acidentado mas que se ultrapassou bem, ali voltei a encontrar uma fonte natural a 800 metros de altitude que jorrava água alimentando o caudal do Ribeiro e toda a fauna que por ali existe, parti pouco depois à conquista do cimo da Serra que estava nos 940 metros, ao contrário do ano passado (2 graus negativos) o dia estava muito bonito com sol e sem vento, a última subida e estávamos no Parque Eólico. A partir dali era sempre a descer e o verdadeiro Trail ia começçar (mas nesta altura ainda não o sabia) Aos 21 kms dou o 1º trambulhão mas sem consequências, segue-se o novo caminho que desconhecia (mais 13 kms) e voltamos a descer a Serra, vemos agora Miranda do Corvo ali a nossos pés, as descidas são tremendas e massacrantes as articulações sofrem, as escorregadelas e quedas são muitas, para muitos as subidas são mais bem vindas do que as descidas como é o meu caso, lembro-me do Paulo que vem lá para trás mas a minha preocupação era se ele ainda se manteria em prova ou não, aquilo que eu estava a enfrentar por certo era demasiado para ele, o Filipe e o Hernâni continuavam na frente e estariam a viver o mesmo filme eu. Com dificuldades chego ao fim das rampas e logo de seguida voltamos a subir até quase ao cimo da Serra, de permeio encontramos o 3º Abastecimento aos 30 kms onde estava o 1º controlo de tempo, fiquei tranquilo estava com 1,20h de avanço e podia agora ir mais descansado, aqui aproveitei e pedi aos bombeiros para me fazer o curativo ao joelho. Vim a saber mais tarde que seria aqui que o Paulo Portugal acabaria por desistir, foi um herói e só parou por atingir o limite, ainda assim entrou dentro do controlo imposto para aquela distância, não tardou muito que o transportassem para o local de chega. Seguia agora por locais mais acessíveis à corrida e um pouco antes do alto da Serra começámos de novo a descer na direção de Gondramaz a cerca de 12 kms da meta. Pensava eu que a partir dali as coisa iam ser mais simples, os joelhos já estavam no seu limite e todos aqueles que iam ali por perto se queixavam do mesmo, os nossos 2 amigos continuavam a não ser vistos e supunha eu que estariam bem e sem problemas de maior, eu ia fazendo pela vida e tentando chegar ao fundo da Serra pois conhecia bem aquela descida do ano anterior, só que de repente o trilho virou para o Penedo dos Corvos e estava o caldo entornado, zona rochosa com extensão perto de 1km onde só se podis andar agarrado a cordas e correntes num sobe e desce constante onde as quedas eram umas atrás das outras, havia atletas que apenas podiam progredir arrastando-se quase sentados, o perigo de queda era permanente, os bombeiros estavam sempre por perto mas felizmente não tenho conhecimento de nada de grave. O 4º abastecimento estava nos 40 kms na Aldeia de Espinho mesmo na orla da Serra, ali existe o Clube de Caminheiros responsável pala excelente conservação daqueles trilhos e da Serra, bem como os obreiros e autores daquela maravilha que é o Penedo dos Corvos. Parei 1 minuto comi marmelada e bebi água e balei a Caminho de Miranda que estava ali a 5kms, agora já se podia correr e foi o que fiz, os joelhos iam agora melhorando e as dores já não eram muitas, atravesso toda a Vila (ou Cidade?) e tenho ainda um pequeno monte que passo sem dificuldade de maior, foi nesta altura a 200 metros da meta que paro um pouco, estava emocionado, cumprimento alguns amigos que já tinham terminado e estavam ali a dar uma força, esta era a prova mais longa que tinha feito e a 2ª que tinha gasto mais tempo, passado este instante e com a emoção ainda enrolada parto para a meta que estava dentro do Pavilhão que tínhamos deixado há precisamente 9 horas atrás, espectacular foi a volta de honra dentro do Pavilhão antes de cortarmos a meta, logo de seguida vejo o Filipe tento falar mas quase não consigo, tento disfarçar e logo sou informado que tudo correu bem com eles, incuíndo o Paulo que parara aos 30 kms e já ali estava. Fui ao banho e as coisas melhoraram um bocadinho, comer uma sandes e regressar, nem demos por fazer os 200kms de distância tantas foram as histórias que partilhámos nesta maravilhosa aventura, ás 21 horas já estávamos no conforto do nosso lar e com vontade de repetir para o ano que vem.
Um obrigado aos amigos Abutres pela excelência da estadia que nos proporcionaram e pela maravilha de prova que nos ofereceram. 
Texto:Joaquim Adelino

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Fim de semana de 29 Janeiro

Foi um domingo em cheio, 5 amigos foram até a serra da Lousã fazer uma verdadeira aventura que promete ter novamente a visita dos nossos elementos,o bolgue aguarda o texto do sr Adelino para ficarmos a saber o que de melhor aconteceu,
No Lumiar 8 amigos foram participar na "corrida Luzia Dias" e foi muito gratificante ver 2  "amigos" a brilharem   na classificação individual,Pedro Arsénio que não atingiu o lugar mais alto do pódio por muito pouco e o Hugo a ficar em 5º da geral e terceiro no seu escalão.
De realçar a estreia de mais um elemento,Carlos Costa e desejar que se mantenha na nossa companhia por muito tempo.
A equipa consegui um brilhante 10º entre mais de 50 equipas participantes.
De lamentar um erro grave da organização que  omitiu da classificação dos seniores o Hugo e na altura das distribuição das taças as 10 primeiras equipas também se esqueceu de nós, compreendemos mas ficamos tristes.
Resultados dos "trilhos dos Abutres"
180º-Filipe Ramalho 7h43'01
233º-Hernâni Monteiro 8h17'25
265º-Joaquim Adelino 9h00'26


Resultados Corrida "Luzia Dias"
2º-Pedro Arsénio 32'42
5º-Hugo Adelino 34'26
68º-Marco Melo 40'01
339º-Luciano Tomas 47'36
357º-António Fernandes 47'08
544º-Carlos Costa 51'05
835º-Gui Casimiro 59'44