terça-feira, 30 de outubro de 2012

Um domingo nada "silencioso"

Este domingo não podemos nem devemos falar de uma só prova, porque o grupo vive um momento único na sua existência, 19 AMIGOS em Almeirim,2 na corrida da ciência e um facto de o grupo se pode orgulhar sete AMIGOS na maratona do Porto.O espírito era único, alegria e prazer de estar com amigos, prazer de praticar um desporto que gostamos e ainda o stress de nos preocuparmos uns com os outros, damos dois  exemplos:
-" e pá que horas os nossos maratonistas partem?"
-"Ó Fernando já sabes alguma coisa dos maratonistas e o com-dor disse alguma coisa?"
A final o "só vou a prova para te dar com o chinelo", tem algo que se mistura entre amizade com A (grande) e a vontade de nos superar, ganhando aqueles que connosco partilham os treinos, as lesões,as desilusões e a alegria e que acima de qualquer resultado e mais importante do que partilhar os custos da gasolina é partilhar um pouco da nossa VIDA.
   Os resultados são aquilo que menos nos preocupa....a todos, também eles são bons, quer individualmente quer colectivamente, individualmente estamos todos a realizar marcas que nos surpreendem e motivam para os treinos futuros e colectivamente começamos a andar mal habituados, no pódio ou perto dele,quando não acontece ficamos desconfiados e com vontade de ver rapidamente as classificações.
  20 km de Almeirim foi uma prova que reflete as palavras acima escritas, todos andaram nos limites ou bem próximos deles e colectivamente ficamos num excelente 4º lugar mas muitos de nós desconfiados, mas seja escrita a verdade e depois de vistas as classificações nada a apontar e o nosso 4º lugar honra-nos muito.
Houve competição e convívio com a "sopa da pedra" acompanhada de um branco ou tinto e para os condutores um sumol a lembrar outros tempos.
Merece destaque  a passagem pelo pódio do João Inocêncio que devido a beleza das meninas e a mil beijinhos resolveu receber pelo Rui a sua taça que este brilhantemente tinha conquistado e que se não fosse os beijos tinha ficado por receber..." o que um homem faz por um amigo, não é João....?"


Ficamos a espera por um texto que nos relatem as aventuras dos nossos maratonistas e mais algumas fotos e se algum dos nossos cientistas resolver escrever um texto da vossa participação cá estaremos para o publicar.
Todos os resultados podem ser consultados na nossa pagina do Fecebook

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

BTT -Festival Bike


Prova BTT Santarém
Com a chuva que caiu durante a semana, previa-se um Sábado complicado,
mas o S.Pedro ajudou e no dia da prova estava um tempo maravilhoso.
Desta vez íamos uma grande equipa dos AVS, 2 para a maratona de 80km
e 5 para a meia 45Km, todos se apresentaram a horas para a partida no
local de encontro. Ai fiquei a conhecer o resto do grupo que para mim só
conhecia o Rui de outras andanças das Corridas.
Já em Santarém os meus comparsas, nos preparativos estavam muito ansiosos
para a prova nunca tinham feito Santarém o que não era o meu caso, muito
tranquilo.
Começo da Prova no horário previsto, excelente organização, onde esta
tem de tudo. Grandes estradões, single trek, e um sob e desce constante
muito engraçado de se fazer e terreno estava excelente para rolar. Tudo
correu bem todos terminamos uns melhores outros não, mas no final todos
gostaram.
Almoço de convívio e troca de opiniões, onde fomos ver a Feira de Bikes,
um pouco fraca em relação a outros anos devido à Troika, Regresso a casa
e com a promessa de lá voltar.

texto : José Jacob
Resultados
45 km
529º-Filipe Marques 2h16'23
609º-Nuno Marques 2h20'50
981º-Norberto Agua Mel 2h46'56
1078º-José Jacob 2h53'52

80 km
152º-Pedro Ferreira 4h07'06
196º-Rui Pacheco 4h22'02

terça-feira, 23 de outubro de 2012

ESFORÇO DEDICAÇÃO E GLÓRIA,eis o GRANDE SPORTING


Corrida SPORTING-Dia 14-10-2012-10h30mn
ESFORÇO DEDICAÇÃO E GLÓRIA,eis o GRANDE SPORTING
Nesta manhã que começou solarenga e amena eram mais de 5 mil os participantes nesta grande corrida com um percurso de 10bkm sem dificuldades de maior só com as rampas dos tuneis da av. da republica a massacrar um bocado.
Feita a introdução falta referir que eram 9 os atletas inscritos pelo A.V.S.
Cheguei bem cedo acompanhado pelo meu irmão mais velho e 2 sobrinhos meus,"lagartos claro".
Começamos com o ritual normal das corridas com colocação do chip e do dorsal na bonita camisola da corrida,pouco depois o encontro ocasional com o Pacheco e os irmãos Luís e André santos que ali tinham estacionado o seu carro,estávamos em família mas uma coisa me preocupava tinha 2 dorsais para entregar e a hora aproximava se mas eles lá apareceram,o Coelho e o Póvoa.
Posto isto toca a aquecer tudo ali á mistura VIPS e anónimos e num instante lá chegou a hora de ir para o local da partida e aí me juntei ao amigo André Santos que muito bem me acompanhou na corrida.
Pouco depois de uns discursos e de uns "SPOOOORRRTIIINNG....SPOOOOORRRTIIINNG",lá se deu a partida com os toques uns nos outros que fazem parte do começo das provas.
Agora que começou á que acelerar e fazer o melhor possível.
Vou ali no meu ritmo tipo "HOMEM BALA" com o André quando passamos pelo Moga e pelo Jorge...do banco.
-Embora venham connosco,digo eu!
É pá não,vão vão nós vamos mais devagar,responderam,ok e lá continuamos nós no nosso ritmo "HOMEM BALA".
Os km foram passando até que perto do Saldanha e quase no retorno o André começou a perder a pólvora e me ordenou,vai tu Belo que eu já te agarro,entretanto já os" quenianos" portugueses faziam o trajecto contrário em direcção á meta e  já perto da viragem a tão bem vinda chuvinha que me revigorou quando já precisava e pronto lá segui no meu ritmo"HOMEM BALA" até entrar no estádio do meu clube que me dá sempre um arrepio de emoção pois estando mal ou bem sou SPORTING para sempre.
Cortei a meta com o cansaço  natural e depois de receber a medalha fui conviver com os demais participantes e pronto a voltar á vida estava mais uma feita.
Para acabar queria aqui deixar um VIVA a todos os atletas que andam aqui por calorice como nós no A.V.S e que fazem deste desporto um desporto espetacular que eu descobri á pouco tempo,obrigado.

                                                                                                                                      JOAQUIM BELO
                                                                                                                        (22-10-2012)

Resultados
49º Luis Santos 36'40
77º-Paulo Povoa 37'51
116º-Luis Lopes 39'08
249º-Rui Almeida 41'39
429º-Joaquim Belo 43'35
919º-Jorge Lourenço 48'01
924º-José Moga 48'02
1471- Antonio Coelho 50'07

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Corrida de São João

A chuva caía miudinha quando cheguei à praça Paiva Couceiro em Lisboa hoje, 21 de outubro de 2012, pelas oito e cinquenta da manhã. Não corria a menor brisa, nem fazia um pingo de frio.

A parte da rua Morais Soares contígua à referida praça estava cortada ao trânsito nos dois sentidos. Tinha acabado de ser levantado o balão insuflável de partida e de chegada. Os elementos da organização da corrida São João, cuja prova principal teve lugar às dez e trinta, andavam numa roda-viva a ultimar os preparativos para que nada falhasse. Os atletas àquela hora contavam-se pelos dedos das mãos.

Passado um bocado de eu ter chegado, chegou o Moga. Perguntou-me pelos dorsais. Respondi-lhe que não os tinha. Dirigimo-nos à junta de freguesia onde estavam a ser entregues. Aí encontrámos o Povoa e o Lopes abrigados da chuva molha-tolos. O Povoa disse que lhe parecia (mas não tinha a certeza) que o Mister Fernando fazia anos neste dia e que devíamos surpreende-lo com um bolo de aniversário, cantando-lhe os parabéns. Entretanto chega o Armando e a Gabriela. Sobre o aniversário do Mister desconheciam completamente. – No facebook não vi nada – disse Gabriela. – Eu também não – disse Leonel.

Saímos para a rua. A chuva continuava a cair docemente do céu escuro. Abrigámo-nos na entrada dum prédio. Entretanto chegaram vários Amigos entre os quais o Mister e o Tiago. Este adiantando-se ao grupo foi ao nosso encontro. Confirmou-nos que o Fernando fazia anos. Então o Povoa, o Lopes e o Tiago foram comprar o bolo sem o aniversariante saber, para lhe fazer a tal surpresa no final da prova.

Aos poucos foram chegando mais e mais atletas. Na hora da partida eram duas ou três centenas. Só amigos Vale Silêncio eram dezoito. Uma grande equipa! A prová-lo estão os resultados conseguidos: O primeiro lugar individual feminino e o terceiro e o quarto da geral nos homens, protagonizados pela Susana, pelo Hugo e pelo João, respetivamente. Por equipas ficávamos em primeiro se houvesse classificação coletiva, o que não foi o caso.

Os incansáveis paparazzi, Gabriela e Fernando, não tiveram mãos a medir. Cumpriram com denodo a sua difícil missão. As belas fotos que tiraram aí estão expostas para serem vistas e admiradas pelos próprios, por amigos, familiares e curiosos.

O percurso tinha um osso difícil de roer, a subida desde a Casa Pia até ao Alto de São João, cerca de mil e tal metros. O restante era a descer e plano, bastante fácil.

Terminada a prova reunimo-nos à volta duma mesa no jardim. Em cima da mesa o bolo em forma de coração com duas velinhas ao meio. O Tiago encarregou-se de acender as velas. Depois, em uníssono, cantámos os parabéns a você. Com uma lagrimazinha no canto do olho querendo por força mostrar-se aos presentes, o aniversariante, comovido, agradeceu a surpresa. À festa juntou-se um velhote e uma criança requestando um pedacinho do bolo que o aniversariante multiplicou como Jesus fez com o pão na célebre ceia. Faltou o champanhe para o brinde. Contou a intenção.

Dali, uns, despedindo-se, foram às suas vidas, outros, foram para as instalações da junta de freguesia onde decorria a entrega dos prémios aos três primeiros de cada escalão. O Hugo e a Susana estavam lá para receberem os seus, e os amigos tinham ido para assistirem e para lhes dar os parabéns. Como seria de esperar os paparazzi não faltaram à cerimónia.

Seguem-se os tempos de cada um:

Hugo Adelino  - 27'12
João Inocêncio  - 27'21
Paulo Povoa  - 29'??
Tiago Silva  - 29'30
Luís Lopes  - 30'10
Leonel Neves  - 32'58
Filipe Torres  - 32'??
Daniel Pinto  - 33'05
Ricardo Gaspar  - 33'22
Filipe Ramalho  - 34'38
Susana Pinto  - 34'40
Armando Almeida  - 35'09
Fernando Avelino  - 36'16
Fernando Silva  - 36'36
José Moga  - 37'02
António Fernandes  - 38'58
Jorge Teixeira  - 39'34
António Silva  - 42'20
Guy Casimiro  - ?
Ricardo Gaspar 33'22
Filipe Ramalho 34'38
Susana Pinto 34'40
Armando Almeida 35'09
Fernando Avelino 36'16
Fernando Silva 36'36
Jose Moga 37'02
Antonio Fernandes 38'58
Jorge Teixeira 39'34
Antonio Silva 42'20
Guy Casimiro ????

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

15ª Meia Maratona da Moita

Inspira, expira, inspira fundo. Relaxa. Lá vem ela! Quem? A crise. Então não se tinha já instalado entre nós? É verdade, mas vem mais a caminho, e agora é a doer. Senta-te e espera pelo resultado. Entrementes fuma um cigarro. Toma. Fumar adoece, fumar mata, então para que fumas? Queres adoecer? Queres morrer? Deixa lá, um cigarro apenas não faz mal e sabe bem. Ajuda a esquecer a tristeza e as contrariedades da vida. Tantas coisas que fazem mal e não passamos sem elas! Ler é uma delas, faz mal à vista cansada e no entanto insistimos em ler as notícias amargas que enchem os jornais sobre a austeridade, o fim da classe média, o brutal aumento de impostos, a «bomba atómica fiscal», no dizer de alguns. Se ao menos fossem notícias agradáveis! Masoquismo? Inevitabilidade genética? Hoje é dia de saber as novidades orçamentais. Há todavia esperança que não sejam tão bombásticas como se dizia. Isto quer é uma revolução! Já não vai lá com cantigas. Responsabilizem-se os culpados da situação, metam-se na pildra como fazem com os pés rapados. Acabem com as manobras dilatórias, não deixem os processos prescrever. Já fumei um maço inteiro a pensar na crise e nas inerentes consequências, e no que já me roubaram e se preparam para roubar. Malditos sejam! Que lhe caia um raio em cima! Lamento dizer isto, mas não consigo dizer outra coisa, e se dissesse seria bem pior. Não há qualificativos bastantes e suficientemente fortes para classificar estes tipos de caca. Incompetentes, insensíveis, ladrões, vigaristas são apenas alguns dos mais suaves. Eu, que nem fumo, e o dinheiro mal me dá para comer, muito menos para apaziguar o vício, aqui estou sentado a devorar cigarro atrás de cigarro, acendendo uns nos outros, remoendo pensamentos lúgubres, enquanto espero que a caixinha das surpresas se abra. Chega de pensamentos negativos que, tal como os cigarros, fazem mal à saúde. Com tantas coisas agradáveis em que pensar, não sei por que continuo a pensar em assaltos à mão armada perpetrados por quem tem o dever de nos proteger. Pois bem, falemos da meia maratona da Moita 2012, no prazer que se sente a correr, no convívio com os amigos e conhecidos, nas dificuldades da corrida durante o percurso, no cansaço evidente e natural no final da prova, nos tempos gastos, na satisfação de concluir mais uma prova. Aspetos comuns a todos os atletas, no caso concreto, cerca de dois mil, sendo que quinhentos e tal, quase seiscentos, eram da meia e os restantes da caminhada. O percurso, ao longo de toda a faixa ribeirinha do concelho, passando por todas as freguesias, era acessível, com duas ou três subidas curtas e pouco acentuadas, o resto era plano. Apesar disso, no final, soaram rumores que era dura. Uma prova de vinte e um quilómetros é sempre dura, ainda que o percurso seja fácil. A corrida terminou bem na hora do almoço, e muitos atletas e acompanhantes, não obstante a crise, aproveitaram para se deliciarem com uma caldeirada à fragateiro, um ensopado de enguias, um arroz de marisco, pratos típicos desta terra de marítimos e fragateiros.

 

Classificação individual e coletiva:

 

48º- Hugo Adelino 1h18'44
129º-Marco Melo 1h29'47
143º-Eurico Charneca 1h30'36
263º-Leonel Neves 1h38'18
276º-Luis Ferreira 1h39'26
296º-Fernando Avelino 1h40'40
339º-Hernâni Monteiro 1h43'02
370º-Filipe Torres 1h45'34
371º-Daniel Pinto 1h45'34
373º-Fernando Silva 1h45'29
376º-Filipe Ramalho 1h45'47
451º-José Jacob 1h51'57
523º-Joaquim Adelino 2h01'35
525º-Emilio Gonçalves 2h01'58

 
15º por equipas em 35

Caminhada
Maria Silva, Susana Pinto, Sónia Torres

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Serra D'Arga a aventura


Frequentei a Escola Primária de 1954 até 1962, ano em que comecei a trabalhar, naquele período escolar ensinaram-me muitas coisas na escola que ainda hoje perduram passados que são 50 anos. Conhecer as serras de Portugal era uma matéria indispensável ao nosso conhecimento, a elas estavam ligados os nascimentos dos principais rios do nosso país e por isso para "combater" a ignorância instalada era necessário esse conhecimento, lembro-me da Serra da Estrela, Montejunto, Candeeiros, Monchique, Gerês e pouco mais. A Serra d`Arga não constava, pelos menos não me lembro, por isso não me admira que ainda me perguntem, onde fica isso? E é uma pena, creio que é uma das coisas mais bonitas do nosso país ao nível da Natureza real, pelos menos para aqueles que gostam de a sentir e a procuram para dar azo à sua condição de homens livres. Há 1 ano fui só à conquista deste lugar em terras do Alto Minho, enfrentei a tempestade invernal na hora em que pisei aqueles terrenos pejados de pedra e rochas, regressei ainda sozinho debaixo de chuva e vento torrencial para poder contar aos amigos tal odisseia com a promessa de lá poder voltar um dia. Da história contada nasceu a força e a vontade que envolveu alguns dos nossos amigos, levados não apenas pela curiosidade mas também para interiorizarem a beleza e a extrema dureza que era apontada neste extraordinário Trail a realizar no dia 7 de Outubro de 2012. Confesso que fiquei surpreendido quando soube que o Rui Pacheco e o Daniel me informaram que queriam participar nesta prova, obviamente fiquei muito feliz, abria-se aqui uma possibilidade de lá voltar e completar aquilo que a Natureza não tinha deixado no ano anterior. Num Grupo de Amigos como o nosso onde a vontade de cada um aponta o seu rumo sem que lhe imponham a via a seguir é que determina a evolução da nossa mente que se vai transformando aos poucos abrindo novas frentes de capacidades que julgávamos não ter no plano fisico e atlético, hoje somos capazes de ser exemplos uns para os outros sem deixar ninguém de fora. Esta liberdade, dedicação, respeito, e muito voluntarismo é o motor que nos transporta e realiza à medida de cada um e conforme os objectivos que temos para realizar.
A Serra d`Arga era um desafio aliciante e desconhecido, sabíamos das dificuldades que eram transmitidas pelas imagens que iam chegando mas quando partimos levávamos a certeza que por maiores que fossem os obstáculos haveríamos de sair de lá orgulhosos pela conquista e superação de mais uma prova de Trail duríssima.
As expectativas rodeavam o Rui e o Daniel, eu nem tanto porque normalmente corro conforme a minha disponibilidade física e sem qualquer pressão, por isso eu próprio tinha elevadas esperanças num bom resultado dos nossos atletas, principalmente do Rui.
A prova era de grau de dificuldade elevada, tinha feito a prova no ano anterior até aos 20kms altura em que foi interrompida face ao temporal no local da prova, por isso dei a conhecer aos 2 as dificuldades da prova, pelo menos até a meio, depois estariam por sua conta porque dos presentes que iam participar ninguém conhecia ainda o percurso. E assim foi, pouparam-se na 1ª parte que era mais acessível e atacaram a 2º parte com muita determinação  dando tudo para obter uma boa classificação dentro do melhor tempo possível, ((de tal forma que tenho de pagar 2 almoços por terem excedido as minhas previsões, 3h. de diferença para mim e 1h. para o Daniel, quando for oportuno tenho de os sentar à mesa)).
Para além da altimetría acumulada de 5 mil metros havia um obstáculo permanente em toda a prova, rochas e mais rochas e pedra e mais pedra, nunca dei tanto salto na minha vida, passámos por caminhos romanos, quer a subir quer a descer, alguns incrivelmente com rodados de veículos de tração animal numa inclinação de arrepiar que até doía o nosso subconsciente quando se olhava para cima e para baixo. Mas a beleza era brutal, para compensar as subidas, (ninguém ousou subir aquilo a correr, pelo menos na totalidade), podia aproveitar as descidas embalando desde que conseguisse controlar os movimentos em tempo útil, foi isso que o Rui e o Daniel fizeram, pelo menos até aos 40kms, a partir daí a dureza da prova ditava as suas leis, as dores e as câimbras começaram a chegar, foi aí também que as primeiras câimbras me começaram a afectar, vinha mais atrás e controlava as coisas para conseguir sair daquele emaranhado de serras e vales com o menor sacrifício possível. O Rui aos 40kms ainda se batia pelo pódio, o que era extraordinário, para trás tinham ficado valorosos trailistas que iam socumbindo à dureza da prova muitos deles muito experientes neste tipo de provas, as desistências já superavam a meia centena e ele ali estava pronto para fazer um brilharete. (Deixo aqui um comentário deixado no meu Blogue pelo campeão Luís Mota sobre estes 2 nossos Amigos:((Aproveito para felicitar igualmente o Daniel e o Rui pelos bons desempenhos. O Rui, caro Joaquim, já é uma grande referência no trail e não fosse traído pelo desgaste, poderia ter sido a “grande surpresa da prova”.)), isto demonstra o reconhecimento da mais valia que representa hoje para o Trail o desempnho do Rui, possa ele e a sua disponibilidade de vida para prosseguir e ombrear com os melhores do nosso país.


Os 5kms finais foram duríssimos tal como em toda a prova e de uma forma geral o comportamento de todos nós foi igual, chegar e tentar recuperar o melhor possível. Felizmente saímos os 3 incólumes de problemas físicos e prontos para em breve enfrentarmos novos desafios. Ficámos com vontade de lá voltar, a distância e a logística é o maior obstáculo mas vamos procurar sobreviver até lá e depois dicidir.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Meia mart V.Gama

Hoje, 30 de Setembro de 2012, entre as sete e tal e as nove e tal da manhã, todos os caminhos vão dar à Gare do Oriente, com homens, mulheres e crianças, de ténis, calcão e t-shirt, autênticos atletas, em grupos grandes e pequenos, individualmente, andando, conversando, todos com o propósito de participar na corrida Vodafone Meia Maratona RTP Rock`n`Roll, nome pomposo dado à Meia Maratona de Portu
gal, e na Mini Maratona.
Aí, autocarros e camionetas aguardam em fila que os atletas se dignem entrar para os transportar até ao local da partida, a ponte Vasco da Gama. E, pouco a pouco, vão-se enchendo, seguindo uns atrás dos outros, atarefados, para largar estes e ir buscar mais, para que ninguém fique em terra.
Entrementes, a ponte vai ficando abarrotada de gente, gente sentada no chão, deitada, de pé, encostada às grades de proteção, fazendo filas para as casas de banho e urinóis ali montados que, apesar de vários, se revelam insuficientes para os milhares de corredores presentes. Alguns, eles e elas, mais aflitos, aliviam as respetivas bexigas como podem junto dos urinóis e das casas de banho, sem vergonha nem constrangimento. Um pelotão de fotógrafos, muito ativos, solicita poses a este e àquele, e os visados, solícitos, colocam-se a jeito para a fotografia. Um helicóptero sobrevoa a ponte, filmando, para gáudio dos atletas que agitam os braços no ar em direção da máquina voadora, gritando para serem vistos e ouvidos.
Às dez e meia, como está previsto, tem início a corrida. A partida foi bastante atabalhoada devido à estreiteza da ponte e aos muitos atletas quererem desenvencilhar-se e começar a correr quanto antes em vez de ir a passo ou ficar parado depois do tiro de partida.
Sob um sol quente, os atletas lá foram, cada um ao seu ritmo, fazendo o percurso, cheio de música, rumo à meta. Uns mais devagar, outros a passo quando as forças não permitiam mais, outros, os ditos profissionais da corrida, a ritmos supersónicos. Alguns em amena cavaqueira, outros incentivando outros, por exemplo: Vamos Maria, vai buscar a Rute que vai ali à frente. E não é que a Maria foi mesmo buscar a Rute, ultrapassando-a facilmente a seguir! E eu, afadigado, com vontade de deixar de correr e começar a andar, fui ficando para trás até que deixei de os ver.
Na meta, como na partida, há muita gente. Atletas que vão chegando e ficam por ali a descansar, cavaqueando, esperando por companheiros de equipa, amigos; gente que está ali apinhada para ver chegar os corredores, batendo palmas, aplaudindo, tirando fotos; pessoal da organização; os mesmos fotógrafos que estavam na ponte com a mesma diligência profissional, e muita música.
Neste importante evento desportivo estão presentes os seguintes elementos do Grupo Amigos Vele Silêncio:

Mini Maratona:
Patrícia
Susana
Helena

Vodafone Meia Maratona RTP Rock ‘n’ Roll:
Marco Melo – 1:33:38 – 396º da geral
Joaquim Melo – 1:33:39 – 399º
Leonel Neves – 1:40:01 – 751º
Filipe Ramalho – 1:48:40 – 1412º
Joaquim Gomes – 1:51:01 – 1622º
José Rebocho – 2:15:20 – 3737º