terça-feira, 19 de julho de 2011

Troféu Sintra a Correr

"Troféu Sintra a correr"
 
3º Grande prémio José Araújo (Queluz)
7600 metros     (6365 metros garmin)
 
Parece que neste troféu não conseguem acertar com a distância das provas!
O que está escrito nos regulamentos pouco interessa... muito menos hoje acertaram no horário da partida previsto para as 10h30m.
Partida essa, só foi dada ás 10h48m.
Mas, isso não interfere em nada no essencial...em Setembro tornamos a cá voltar.
 

Comitiva presente dos Amigos Vale Silêncio:
 
Hugo Adelino - 12º sénior - 22m40s
 
 
Hernãni Monteiro - 23º vet 3 - 27m34s
 
texto: Hugo Adelino

segunda-feira, 11 de julho de 2011


10ªLÉGUA NOCTURNA DE ODIVELAS


Sem que ninguém mo encomendasse, estou a responder a um sentimento de satisfação, por diversas coisas que hoje estiveram ligadas a esta corrida.
Quanto à prova em si, notei um sentimento generalizado, da dificuldade provocada pelo trajecto da mesma, escondida por um início extremamente rápido, mas que veio à evidência a partir dos três quilómetros. Os últimos 1500 metros sempre a subir deram um toque de exigência. Não sei se por jogar em casa, a fadiga deu lugar ao prazer de correr em ruas e vielas que tão bem conheço. O cansaço da máquina e sua ferrugem deram um prazer especial que se cham "chegar ao fim", independentemente da crueza do tempo realizado.
Uma palavra de apreço para mais uma participação feminina na nossa equipa, e que denota o gosto crescente pela modadlidade. Crece a necessidade de ràpidamente recrutar mais elementos femininos que projectem um complemento no trabalho de equipa. Todas as jovens e menos umpouco são bem vindas.
Uma palavra especial os jovens e menos jovens da nossa equipa, que de forma simples e directa, vão transmitido saber adquirido, na rodagem dos muitos quilómetros que já têem no seu palmarés aos que menos experiência apresentam.
O espírito de grupo foi notório, quer antes da prova, quer sobretudo no final da mesma, em que se viu um sentido de dever cumprido..
Sem demagogia, os momentos que se seguiram denotaram uma proximidade e uma amizade que se nota crescer com o tempo, entre pessoas que, aos poucos se vão conhecendo melhor. À competição entre pares, nota-se o crescer da partilha prazer nos resultados dos parceiros e atletas do VALE DO SILÊNCIO. Ao despique pessoal, sobrepõe-se a contribuição para o sucesso do grupo. Assim sabe bem contribuir de forma modesta mas possível, com o esforço pessoal para o sentimento de elevação do grupo.
A modesta mas esforçada participação sentiu-se compensada com a amizade manifestada em todos os representantes do VALE DO SILÊNCIO, quer pela contribuição generosa dos verdadeiros artistas do palmilhar quilómetros, no menor tempo possível, quer pelo companheirismo saboreado entre colheradas do caldo verde quentinho.
Em questões de sabor, enorme foi o de satisfação, quando subiu ao palco a representação do 1º lugar por equipas.
Honra aos atletas que pontuaram e que fizeram ouvir bem alto o nome do nosso VALE DO SILÊNCIO, na última e mais gratificante mensão sonora da noite.
Admiro e contemplo o contraste, mas também a harmonia e tranquilidade, entre a paz de espírito dos momentos vividos nesse mesmo local há exactamente uma semana, e o prazer vivido hoje neste momento agora relatado.
Dizia eu, sentimento do dever cumprido, neste final de época que em termos pessoais, se tornaram num esforço altamente compensador. e em termos de grupo, aproximou mais toda a gente.
Agora vou lamber as feridas das mazelas do final de época.
A todos os que entretanto forem gozando férias, o meu até sempre, quanto mais não seja, até à Festa do Avante, e um abraço de amizade.
--
Com os melhores cumprimentos
Luciano Tomás

Resultados
6º Rui Pacheco 16'30
8º-João Inocêncio 16'41(1º Vet 1)
17º-Pedro Arsénio 17'24
127º-António Coelho 21'16
136º-António Fernandes 21'22
159º-Hernâni Monteiro 21'55
161º-Fernando Avelino 22'01
168º-Armando Almeida 22'23
198º-Luciano Tomás 23'15
228º-Ana Tomás 24'23
229º-Rui Tomás 24'23

1ª Equipa em 33 classificadas

Lagoa Stº André- 10 kms
28º-Paulo Povoa 37'04

Corrida centenário(Sintra a correr)-8 kms
15º-Hugo Adelino (5º sénior)-29'46
56º-António Coelho 36'26



domingo, 3 de julho de 2011

Almoço-convívio Julho 2011

Sábado, 2 de Julho, nove e trinta da manhã, Vale do Silêncio. No meio do arvoredo, incógnita, uma ave desfaz-se em cantoria. Canta sem descanso e encanta quem a ouve. Termina uma começa outra melodia. Quem a conhece diz: lá está um rouxinol! Quem não conhece a voz de tão ilustre cantor, pergunta: Que pássaro será aquele que canta tão bem?
Não muito longe dali, um melro, de bico amarelo, imita o vizinho. A cantilena é parecida, mas inconfundível. O pássaro preto de bico amarelo canta sempre a mesma ária, o seu vizinho rouxinol tem um vasto repertório.
Enquanto a bicharada e a passarada e os frequentadores habituais do parque cumprem os rituais próprios de cada um, no meio da relva, num campo de futebol improvisado, duas equipas de futebol estão prestes a entrar em acção. Dum lado está a equipa dos «descamisados», do outro, está a equipa dos «camisas vestidas». É um autêntico encontro de titãs.
Antes do jogo toda a gente seguiu o guia, primeiro, pelo trilho interior do parque em jeito de aquecimento e de apresentação aos Amigos que ainda não o conheciam, depois pela relva fofinha.
O jogo decorreu normalmente, sem consequências de maior. Entorses ligeiras, dores musculares, e por aí se ficou o pior que poderia ter acontecido. Ao fim de trinta minutos o apito final soou e o jogo terminou. O resultado final foi de três golos favoráveis à equipa dos «descamisados», e zero para a equipa dos «camisas vestidas».
Alguns atletas menos bons na corrida mostraram boas qualidades para o futebol; outros, que na corrida são verdadeiros ases, não se revelaram tão bons atrás da bola.
Quem não teve descanso foi a fotógrafa de serviço sempre atenta a tudo que mexia e pronta a disparar o flash para os alvos. Os mais vaidosos colocavam-se propositadamente à frente dos outros para ficarem na foto, os mais tímidos escondiam-se para não ficarem. Talvez com medo de partir a máquina.
Estava cumprida a primeira parte do programa das comemorações do almoço/convívio de final de época desportiva dos Amigos Vale Silêncio.
Dali seguiram todos para o Parque Urbano onde tomaram banho, mas não posaram para a foto de família, conforme previa o programa inicial. Até aqui foi a única falha da organização. Mas como houve direito a uma foto de grupo no Vale do Silêncio, que não constava do programa, compreende-se perfeitamente e serve de atenuante.
O almoço estava previsto para o meio-dia. Do menu constava sardinha assada e entrecosto na brasa. Cardápio apetecível para a maioria dos convivas. Quem, por ventura, não gostasse das sardinhas ou do entrecosto, podia deliciar-se com rim de porco assado que por acaso estava divinal.
Ao meio-dia e meia estava toda a minha gente a matar a fominha. As barrigas eram pequenas para tanta sardinha, tanto entrecosto, tanta salada, tanto vinho, tanto bolo, tanto de tudo, onde não faltou a boa disposição, as conversas sérias e da treta, e até se cantou o fado.
Não sei como é que alguns, que até nem têm grande barriga, conseguiram acomodar tanta sardinha e entrecosto no interior dos seus estômagos vazios à partida. Tenho uma teoria que carece de confirmação, evidentemente: Trata-se de simples desforra, ou vingança, como queiram, por este ou aquele ficar sempre à frente nas provas. Claro que me incluo nesses bonzinhos vingativos.
Bem comidos e bem bebidos os presentes davam sinais de inquietação. Mexiam-se nos bancos, viravam-se para um lado e para o lado oposto. Apetecia-lhes circular, espairecer, esticar as pernas, bocejar, espreguiçar-se, dar uma bufa, fumar um cigarro, tomar um café.
Um Amigo levantou-se, bateu com a faca na garrafa para chamar atenção, pediu uns segundos de silêncio. Começou por dizer: - Caras amigas e caros amigos… Demorou a fazer-se silêncio no recinto. O orador estava descontraído, talvez um tudo-nada nervoso, como é normal acontecer nestas alturas. O ser humano é complexo. Eu, por exemplo, preferia mil vezes fazer uma maratona do que levantar-me ali perante os presentes e dizer duas palavras de circunstância. Os convivas não deixavam o orador dizer o que queria. E o que queria era tão-somente agradecer à Organização do evento o excelente repasto e entregar-lhe uma lembrança como prova de gratidão do Grupo.
Seguiu-se um segundo tribuno, que ilustrou o espírito dos Amigos Vale Silêncio com uma estória verídica, digna de um romance, a qual não reproduzimos aqui porque todos a ouviram. Realçou a incondicional disponibilidade do Mister Fernando para com os Amigos Vale Silêncio. Estou certo que muito mais teria a dizer sobre este assunto e tudo quanto dissesse era pouco para lhe agradecer tudo o que tem feito em prol do Grupo. Solicitou ao pai do Mister, o fundador dos AVS, que lhe fizesse entrega de uma pequena lembrança, em nome de todos, a saber, o «Livro» do escritor José Luís Peixoto, assinado por todos os amigos e amigas presentes.
Comovido, o Mister Fernando Silva, agradeceu a lembrança.
O convívio prolongou-se pela tarde fora. O verde e o tinto competiam entre si para ver quem era capaz de tombar primeiro a primeira carroça. Mas as carroças tinham lastro bastante e não se deixaram ir na conversa. Permaneceram de pé, alegres, é certo.
E assim se cumpriu mais um evento muito importante para os AMIGOS VALE SILÊNCIO.



 Fotos-Fotos de Armando\Gabriela
           Fotos Fernando
           Fotos Joaquim Adelino