segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

S.Silvestre Lisboa

Realizou-se a 3ª edição da S.Silvestre de Lisboa com uma organização quase perfeita e a merecer e muito palmas , um pequeno reparo a separação da prova rainha e da mini tornou-se insuficiente.
Estivemos presentes com 14 atletas(12 nos 10 kms e 2 na mini)o que para uma época festiva foi muito bom e com os resultados a mostrar que ainda havia barrigas com a digestão atrasada do bacalhau, peru,filhoses , rabanadas e claro o Bolo Rei.
Um obrigado ao Daniel por se ter disponibilizado para recolher junto da organização os dorsais de todos os elementos
Resultados:
116º Paulo Povoa 37'14
462º Daniel Pinto 42'51
549º Fernando Avelino 44'17
1042º José Moga 47'13
1107º António Fernandes 47'39
1117º José Jacob 47'49
1306º Manuel Peras 47'58
1695º Joaquim Adelino 51'33
1791º Joaquim Gomes 52'08
2153º Armando Almeida 53'12
2156º Hernâni Monteiro 54'27
2380º Paulo Portugal 53'52

Mini
Gabriela Almeida
António Sousa

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal


O Pai Natal está a tentar acompanhar-nos mas claro que nós ganhamos, inclusive na mesa :)

Viva os Amigos Vale Silêncio.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

G.P. Natal

Lisboa teve o seu 53º G.P. Natal, prova que teima em resistir a "crise" e que cada vez mais merece a participação do pelotão popular, parece é que a Associação de Atletismo não percebe ou não quer as necessidades das corridas populares. A entrega dos dorsais na associação até as 18h de sexta é mesmo para quem não quer ter muito trabalho e depois obriga os atletas cumpridores a alevantar o chip só no local da partida e no próprio dia ...sinceramente não percebemos.
A nossa participação foi muito boa e por equipas devemos estar nas 5 primeiras( até ao dia de hoje é desconhecida a classificação colectiva) , com 12 atletas presentes , as nossas classificações:
30º Pedro Arsénio 28'27
36º João Inocêncio 28'41
50º Luís Santos 29'45
55º Paulo Povoa 29'58
138º Leonel Neves 34'32
271º Fernando Avelino 38'04
343º Manuel Peras 39'49
370º António Fernandes 40'27
420º Joaquim Gomes 41'45
519º Paulo Portugal 44'02
526º Joaquim Adelino 44'15
527º Fernando Silva 43'46

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Vale do Silêncio

Chegou por email esta maravilha do local que nos dá nome, ao seu autor muito obrigado.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Resumo do fim de semana

Foi um fim de semana diferente:
1º a corrida foi no sábado
 3 amigos foram as Caldas para uma prova  de solidariedade e regressaram a Lisboa com o físico recomposto porque foram presenteados com um jantar de luxo o mesmo a merecer o seguinte comentário ," valeu o preço da inscrição e a gasolina gasta"
Resultados:
75º Daniel Pinto 44'20
142º Joaquim Adelino 53' 59
150º Paulo Portugal 55'26

2º Domingo
Foram também 3 amigos que foram até Salvaterra de Magos e desta vez de Bicicleta(BTT) para fazerem a maratona local, prova plana mas com muitas historias para contar:
Um "rasgou um pneu a 6 Kms da meta e passou a ser ele a transportar a bicicleta ,  os outros dois levaram o farnel e foram comendo pelo caminho
Resultados:
533º Tiago Silva 2h 19'12
768º José Jacob 2h 38'21
850º José Moga 2h 44'16

Informamos todos  amigos que o nosso velhote, José Pereira realizou uma pequena cirurgia e que se encontra já em fase de recuperação . Todos os amigos desejam-lhe que o regresso para a nossa companhia seja breve

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Maratona,meia maratona, estafeta e prova aberta em Lisboa

Texto: LEONEL NEVES

São muitos, centenas, milhares. É um espectáculo digno do palco e dos actores. Há-os para todos os gostos e feitios. Profissionais, amadores, extrovertidos, introvertidos, magros, gordos, altos, baixos, cabeludos, carecas, bonitos, feios, todos com um sorriso nos lábios, um propósito e uma felicidade imensa estampada na face. Conhecidos e amigos trocam impressões sobre esta e outras corridas; fazem-se prognósticos para os jogos mais importantes da liga. Estão ansiosos, os nervos miudinhos à flor da pele.
- Bons olhos te vejam!
- Olá, companheiro!
- Estás mais gordinho, ou é impressão minha?!
- Pudera! Estive parado seis meses…
Este curto diálogo passou-se entre dois velhos amigos e companheiros de corrida. Aqui e ali outros grupinhos conversam; aqui e ali um e outro corredor fazem alongamentos, outros concluem o aquecimento; outros ainda amontoam-se na partida.
A esta hora o pessoal da maratona já está farto de correr e o da mini já deve ter terminado. Entre os atletas da prova rainha, encontra-se o Amigo Joaquim Adelino, grande campeão, e, no da mini, está a Amiga Gabriela. Os estafetas também já estão a dar o seu melhor. O Pedro já concluiu, o Rui está quase, o Tiago está prestes a começar. O Inocêncio ainda tem que esperar um bom bocado, mas já deve estar a aquecer o turbo. Aproxima-se a hora da partida da meia. Há que ir à casa de banho pela última vez. Está tudo a postos. Dez, nove…, zero, partida.
É uma grande confusão. Os da primeira fila disparam sem problemas; os da segunda são cautelosos para não se atropelarem. Braços estendidos para a frente, para os lados; mãos encostadas a este e àquele e àqueloutro. Ninguém se incomoda com isso. Os últimos partem muito calmamente, sem atropelos, sem pressas, continuando a conversar. Têm tempo de chegar, o objectivo é mesmo esse, então por que ter pressa? Os nervos, logo que soa o tiro de partida, são postos para trás das costas. Não se pensa em nada, por enquanto. Lá mais para a frente as coisas mudam um pouco. Nessa altura experimenta-se uma mistura de sensações de prazer, de cansaço, de desistência, de resistência, com as quais, cada um à sua maneira acaba por ter que lidar, de forma a cumprir os objectivos com o mínimo de esforço.
- Benga benga Manolo! - Gritava uma espanholita muy guapa, incentivando o seu compatriota.
A prova está no meio. Os corredores da meia misturam-se com os mais atrasados da maratona. Correm lado a lado como o Neandertal e o Sapiens há trinta mil anos. Os da meia sentem-se pequeninos, tímidos, envergonhados, ao lado dos outros, que, apesar de cansados, levantam a cabeça, arreganham os dentes, com a meta em mente. Uma maratona é uma maratona, pensam. Muitos já fizeram muitas e isso dá-lhes, naquele momento, algum alento para continuar.
- Olha aquele! Parece que começou agora a correr, está fresquinho como uma alface.
- E começou, é um estafeta.
- E aquele ali!
- Coitado! Está todo roto.
- Esse é maratonista, um lutador, sofre mas não desiste.

Finalmente a meta. Que alívio! Que satisfação! Cansados, mas felizes. Aperta-se a mão e dá-se os parabéns a este e àquele. Tira-se o chip do ténis, dá-se dois dedos de conversa. – La prova è molto difficile! Comentava um italiano, de Roma, segundo ele; fazem-se votos, diz-se adeus até à próxima.
Os resultados e os tempos dos Amigos Vale Silêncio são os seguintes:
Maratona:
633º-Joaquim Adelino 4h07'50"
(chegaram 1107 atletas)

Estafeta 4º em 66 equipas
(Pedro Arsénio,Rui Pacheco,Tiago Silva e João Inocêncio)

Meia Maratona:
13º- Luís Santos 1h 22'39"
132º-Leonel Neves 1h 35'43"
278º-Hernâni Monteiro 1h 43'55"
288º-José Jacob 1h 44'20"
344º-Antonio Coelho 1h 46'21"
495º-Armando Almeida 1h 52'00"
578º-José Moga 1h 55' 15"
765º- Fernando Silva 2h 01'52"
912º-Paulo Portugal 2h 09'04"
1160º- Emílio Gonçalves 2h 27'30"
(chegaram 1229 atletas)

Prova Aberta:
António Sousa
Gabriela Almeida

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fim de semana em duas competições diferentes

4ª Corrida Luzia Dias

Esperava-se uma manhã fria. A meteorologia na véspera dava um abaixamento da temperatura. Os atletas que normalmente andam bem informados sobre o tempo registaram esse facto e tomaram as devidas providências para se precaverem contra alguma virose gripal, ou simples constipação. Os termómetros marcavam 9º C, nos momentos imediatos que antecederam a partida. Nada que não se suportasse, pelo contrário. O sol foi amigo, apareceu, brilhou e aqueceu.
O percurso não é muito difícil, nem muito fácil. Tem umas subidas e umas descidas bem jeitosas. Difícil foi passar ao pé do Alvalade XXI. No ar ainda pairavam os lamentos, a ira, os insultos mútuos, a frustração, o cheiro a maçã podre, daqueles que no dia anterior assistiram ao duelo entre o Leão e o Dragão.
A equipa Vale Silêncio esteve à altura, diga-se em abono da verdade. Os resultados falam por si. E, só não foram melhores, porque o pessoal já não contava com a prova e, claro, não havendo prova no domingo, no sábado podem-se cometer pequenos excessos que acabam por influenciar o resultado.
A equipa está de parabéns. Além de assistir à vinda de novos atletas, o que constitui uma mais-valia para o grupo, conta agora também com uma fotógrafa incansável, sempre pronta a registar aquele momento tão importante na vida do atleta.
Eis a classificação e os tempos:
16º Pedro Arsénio 32'50
96º Leonel Neves 39'20
190º Armando Almeida 42'43
233º António Fernandes 43'39
250º José Moga 44'13
269º José Jacob 44'43
487º Paulo Portugal 53'14
Por equipas: 17º em 47, chegaram 626 atletas

V G.P. Arrábida
Setúbal recebeu os atletas aventureiros com uma temperatura ideal para fazer uma escalada de montanha ( na encosta do Castelo Palmela) e uma descida em que uns skis davam muito jeito. A organização merece alguns reparos, Não há necessidade das lebres andarem 2,5 kms a limitar o ritmo(exagero), a marcação errada a passagem real dos 3 Kms estava marcada como 4 kms e assim sucessivamente, faltou gente da organização nos cruzamentos(não eram muitos) o que originou enganos nos atletas da frente(João Vaz) e por ultimo a partida atrasada 15' porque ainda havia muitos atletas a alevantar os dorsais(foram muito lentos).
O percurso é bonito e a paisagem também.
Resultados
20º João Vaz 54'46
61º Daniel Pinto 57'42
187º Hernâni Monteiro 1h04'10
404º Fernando Silva 1h17'07
415º Joaquim Adelino 1h18'08 


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mendiga

Logo pela madrugada de domingo 5 amigos foram até a Mendiga, prometiam uma boa prova, mas apenas alguns cumpriram porque 80% estava a pensar no almoço," aquele bacalhau servido!!" e depois as desculpas nas paginas pessoais de treinos secretos realizados fora horas e a corrida feita em passo de treino, bom...fica a promessa que domingo tudo será diferente .... e nos claro todooooos não acreditamos(esta parte da historia não era para ser publicada) .
Resultados
10º João Vaz 54'53
19º João Inocêncio 57'22
180º Daniel Pinto 1h 09' 26"
297º Hernâni Monteiro 1h 17' 05"
436º Joaquim Adelino 1h 35'26"
Por equipas:11º
Parabéns a todos

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Meia Maratona Nazare

Meia Maratona Internacional da Nazaré

Reza a lenda que o topónimo Nazaré tem origem numa imagem da Virgem oriunda de Nazaré, na Palestina, trazida por um monge grego para o Mosteiro de Cauliniana, perto de Mérida, no século IV. Tendo sido escondida no século VIII, numa lapa, no sítio, por Frei Romano, que acompanhava, na fuga, o Rei D. Rodrigo, último rei visigodo da Península Ibérica, depois de ter sido derrotado pelos Mouros em Guadalete, onde permaneceu durante quatro séculos, a imagem foi descoberta por pastores que passaram a venerá-la.
Em 1182, D. Fuas Rouquinho, alcaide-mor do Castelo de Porto de Mós, durante uma caçada, perseguia um veado que se despenhou num precipício. Com medo de também cair pediu auxílio à Virgem, e logo o cavalo estancou, salvando-lhe a vida. Em acção de graças, mandou construir a Ermida da Memória.
Venerada desde então, a imagem teria dado origem ao nome do Lugar – sítio de Nossa Senhora de Nazaré.
Lenda à parte, a verdade histórica é que a Nazaré nasceu do recuo do mar e do assoreamento progressivo da praia durante o século XVII. A praia ficou conhecida e passou a ser frequentada como praia de banhos em meados do século XIX.
Nesta terra, terra de gente ligada ao mar e à faina da pesca, terra onde as mulheres usam sete saias umas por cima das outras, terra onde os ranchos folclóricos cantam e dançam, descalços, o vira e o corridinho, terra do bom peixe e da típica caldeirada à nazarena, é organizada a mais antiga prova de meia maratona do país. Talvez por ser uma prova mítica explique a grande quantidade de atletas, vindos dos três cantos do país, e do estrangeiro, que todos os anos faz questão de estar presente.
Os Amigos Vale Silêncio estiveram bem representados, quer qualitativa, quer quantitativamente.
Com um rol de atletas tão respeitável era espectável que a equipa obtivesse um excelente resultado, o que se veio a confirmar. Os mais lentos na corrida tiveram oportunidade de se desforrar ao almoço. Aqui ninguém se atrasou. Correram todos ao mesmo ritmo, sem lamentações, sem dores, sem preocupação de chegar atrasado à meta.
Damos as boas vindas a dois novos “AMIGOS”, António Coelho e Ricardo Pereira esperamos que fiquem na nossa companhia durante muito tempo.
Texto: Leonel Neves
Atletas presentes, classificação geral e tempo:
Rui – 14 – 1,15,33
Inocêncio – 20 – 1,16,44
Leonel – 297 – 1,32,46
Daniel – 435 – 1,37,10
Avelino – 509 – 1,39,17
Gomes – 836 – 1,49,32
Moga – 911 – 1,53,00
Adelino – 1005 – 1,57,55
Coelho – 1029 – 1,59,33
Fernando – 1063 – 2,02,35
Emílio – 1090 – 2,05,19
Tiago – (vencedor da volta a Nazaré)
Ricardo Pereira (volta a Nazaré)
Ricardo Nicolau(volta a Nazaré)

Trilhos Casaínhos
O João ficou perto de casa, correu os trilhos de casainhos que teve concorrentes de nível e venceu o seu escalão


7º -1º-João Vaz 1h02'55


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Maratona Porto

Extracto da cronica do blogue pessoal:
Completei no Porto a 8ª Maratona em estrada.
 Devo confessar que me emocionei quando ao virar aquela curva à esquerda vi a poucos metros aquela passadeira vermelha que me esperava para os momentos finais de mais uma odisseia que estava prestes a concluir, mas consegui controlar-me a tempo e rejubilar pelo facto de ali ter chegado sem mazelas e em boas condições físicas para além das naturais consequências normais que advêm do elevado esforço a que sujeitamos todo o nosso organismo em toda a sua amplitude.Não foi uma prova fácil, nunca é quando se trata de uma Maratona.
Apesar de poucos os aplausos são um grande apoio e foi assim que cortei a meta, num misto de grande satisfação e emoção por ainda ser capaz de fazer e completar uma Maratona.
Marca final: (no meu Garmin) 4,22,59h. para os 42,710kms??? (4,23,35 oficial)
Há 20 anos fiz a 1ª e a emoção continua a dominar tal como nessa altura, assim espero continuar.

P.S- Para ler o texto completo:http://joaquimadelino.blogspot.com/

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ribafria

Os Amigos do Vale do Silêncio estrearam-se em mais uma competição do Calendário Nacional no que ás provas de estrada diz respeito.
Ribafria, ali ás portas de Benedita organizou mais uma prova através do seu Grupo Desportivo.
Estivemos representados pelo Daniel Pinto e Joaquim Adelino, numa prova que teve a extensão de 12,370 kms. Os atletas do Clube encararam de forma diferente esta competição, o Daniel realizou a prova algo confortável mas dentro dos seus limites controlados, gastou 56m para percorrer aquela distância, o J. Adelino em fase de descompressão para a Maratona do Porto no próximo fim de Semana realizou 1,10 h. A prova é bastante difícil com subidas e também descidas algo prolongadas, com um uma temperatura excelente e vento bastante forte. Receava-se a chuva mas durante a corrida ela esteve sempre ausente.
Bem aproveitado foi o convívio em que tivemos oportunidade de participar, o 1º deles aos 11 kms, ainda no decorrer da prova através de um grupo de amigos que anualmente faz questão de nos obsequiar com uma pinga da Região e um grelhado bastante apetitoso, nomeadamente o toucinho. O J. Adelino parou quando lá passou e o Daniel depois de terminar a sua prova foi até lá e ainda deu para saborear a boa agua-pé que simpaticamente aquele grupo de amigos pôs à nossa disposição.
Em função disto o nosso representante mais "modesto" ainda fechou a classificação geral com apenas um atleta atrás de si.
Em frente companheiros.
   

domingo, 31 de outubro de 2010

Corrida Jamor

Texto\ Poema: Leonel Neves
Foto:Armando Almeida

 
Corre Jamor

Amigos, que sensação
Ouvir bater o coração
No meio deste vergel
À espera dum pincel
Que o retrate na tela!
Que linda aguarela!
Fere a imaginação
Observar o pulmão
Desta linda Lisboa:
Bairro Alto, Madragoa,
 Castelo e Alfama,
Ponte Vasco da Gama.
Correr num sítio deste,
Todo o atleta investe
Num bom resultado.
Às vezes sai beliscado,
Assim nos aconteceu,
A meio da prova a força cedeu.
Independentemente
Ficámos à frente de boa gente.
Aos que rumaram a outra paragem,
Não viram esta bela paisagem.
Outra tão ou mais linda reclamam,
Para si e para todos os que amam.
O objectivo foi uma miragem,
A verdade é que não tivemos bagagem
Para cumprir o que nos propusemos,
Ficámos tristes, mas logo nos recompusemos.
Que andais a fazer, perguntarás?
Não sei se é deus ou satanás
Que nos peja, não nos deixa correr!
Nos treinos fartamo-nos de sofrer,
Nas provas é o que se vê,
Mister, por quê?
Excepção feita ao Fernando Silva,
Perdão, ao Tiago Silva,
Que fez uma prova excelente,
Tendo partido do fim, de repente
Se chegou à frente, ficando com a convicção
De que poderia ter ganho a competição.

O são Pedro hesitou,
Mas não demorou.
Decidiu-se pelo pranto,
Transformando-se em chuva,
Que cairia como uma luva
Não fora o Bóreas enfurecido
Por qualquer motivo desconhecido.


Segue-se a classificação geral, no escalão e o tempo:

Tiago Silva – 16 – 4 – 36,35
Leonel Neves – 42 – 2 – 40,38
Hernâni Monteiro – 91 – 6 – 43,25
Armando Almeida – 96 – 7 – 43,44
António Fernandes – 101 – 8 – 43,59
José Pereira – 192 – 5 – 47,10

Nota:
Chegaram à meta 679 atletas.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fim de semana para recordar

Este Fim de semana foi demonstrativo que estamos fortes, estivemos em Almeirim e na Corrida do Tejo, fomos 20 atletas entre os 20 Kms ,10 kms do Tejo e a Mini em Almeirim a todos obrigado por ajudarem a solidificar o  nosso grupo.

Corrida do Tejo 2010
Não fossem os cerca de sete minutos de atraso em relação à partida, poder-se-ia dizer que a Organização esteve muitíssimo bem. Ninguém gosta (pelo menos a maioria dos atletas não gosta) de partir depois da hora prevista. Os comentários não tardam a surgir: «É sempre a mesma coisa», «Devem estar à espera do gajo que vai dar o tiro de partida», entre outros menos simpáticos. Neste caso, minimizaram o nervosismo, a ansiedade dos corredores, pondo música, filmando, mostrando as imagens num ecrã gigante colocado na partida. Apesar deste pequeno grande pormenor, temos que nos render à excelência da Organização.
O tempo ajudou. Não esteve calor, nem frio, nem fez muito vento. Por entre tufos de algodão, arquitectando figuras extraordinárias, de norte a sul, de oeste a leste, vislumbrava-se o azul celeste. Estas nuvens a que me refiro chamam-se «cumulus de bom tempo» por estarem associadas a dias soalheiros.
O percurso é bom, com um grau de dificuldade médio. Tem uma subida acentuada, na Cruz Quebrada, e outra perto da meta. Esta bastante mais suave. O restante percurso é plano e a descer. Portanto é só uma questão de pernas e de objectivos.
Os Amigos Vale Silêncio participaram com "duas" equipas: Uma, a mais fraquita, constituída pelo Inocêncio, Arsénio, Pacheco e Santos; a outra, a pura nata, constituída pelo Leonel, Daniel, António Fernandes, Hernâni, José Pereira, Paulo, José Jacob, António Silva e Joaquim Adelino. Portaram-se todos muito bem.


Segue a classificação geral e o tempo: (Concluíram a prova 9262 atletas)

52º-João Inocêncio 34'48
59º-Pedro Arsénio 34'58
74º-Rui Pacheco 35'30
75º-Luís Santos 35'30
783º-Leonel Neves 43'41
902º-Daniel Pinto 43'57
1212º-António Fernandes 46'03
1408º-Hernâni Monteiro 46'07
1452º-José Pereira 46'31
1712º-Paulo Barbeito 48'07
2096º-José Jacob 48'36
3514º-António Silva 53'31
5153º-Joaquim Adelino 58'25

Resultados Almeirim
528º-22º-Joaquim Adelino 1h47'21
625º-101º-Emilio Gonçalves 2h01'49
Participaram na Mini:Ricardo Nicolau,Sofia Oliveira,Maria Nicolau e susana

Texto: Leonel Neves

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Domingo ,corrida do Tejo

Ponto de encontro: Parque urbano Santa iria as 7h45'
Olivais, Casa do silva ás 7h45
A todos boa prova

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

CORRIDA DO BICENTENÁRIO DAS LINHAS DE TORRES

Numa prova que foi ignorada pela maioria dos atletas que compõem o pelotão nacional, os amigos estiveram representados em pequeno numero, por 2 elementos dos 3 inscritos:
78º-Daniel Pinto- 1h 09' 00
159º-Joaquim Adelino- 1h 21' 07

P.S- Fomos informados que o primeiro elemento só aceitou participar na prova porque almoço inclui-a  grão com mão de vaca e paga pelo prémio do nosso segundo elemento

domingo, 10 de outubro de 2010

Corrida Aeroporto e meia Maratona Moita

Foi um fim de semana dividido entre o Aeroporto e a Moita e houve também  quem aproveita-se  para treinar em Monsanto. Com a chuva a ter pena de todos os nossos atletas e os resultados a estarem a corresponder ao nível de cada um, tivemos:
Aeroporto(9,5Kms, a distancia anunciada pela organização não esta correcta)
181º-António Fernandes: 41'19"
290º- Luciano Tomas :43'26"
462º-José Jacob: 46'19
522º-José Moga:47'15"

Meia Mart. Moita
318º-Fernando Avelino: 1h 44' 35
341º-José Pereira: 1h 45' 49
470º-Joaquim Adelino: 2h 00' 42
510º-Emílio Gonçalves: 2h 10' 59

terça-feira, 5 de outubro de 2010

I trail Terras grande Lago e 10 kms sesimbra

A nossa equipa esteve representada a grande nível no Trail Terras do Grande Lago na distância de 35,890kms.
A nossa representação esteve entregue ao Joaquim Adelino e João Vaz, tendo ambos terminado esta difícil prova. O grau de dificuldade esteve no constante sobe desce com algumas subidas (poucas de maior dificuldade) próprias de um local como Alqueva que se transformou no maior Lago artificial da Europa fruto da excelência daquele amontoado de montes e vales que fazem do local um sítio lindíssimo para se correr e passear.
De destacar o terceiro lugar da geral do João Vaz e 2º do seu escalão, logo atrás de Luís Mota (vencedor da prova). A prestação do Joaquim Adelino foi a esperada, embora um pouco penosa a denotar ainda algum atraso na preparação para este tipo de provas de longa duração, tendo percorrido a distância em 4,26,29h. Aguardamos a publicação dos resultados, mas asseguramos que a marca do João Vaz andará perto das 2,45,00h.
Como nota final diremos com toda a segurança que com mais alguma experiência o João Vaz teria vencido esta competição mas a sua participação valeu para isso mesmo, ganhar experiência, e este 1º contacto com provas disputadas em plena Natureza, se continuadas, vão-lhe  grangear resultados muito animadores no futuro.
Parabéns ao nosso grande amigo Luís Mota pela sua excelente vitória nesta competição, obtida com a marca de 2,36h.
Um vídeo com a chegada do João Vaz e da sua extraordinária!!! entrevista no final da prova.
http://www.omundodacorrida.com/phpBB2/showthread.php?5108-I-Trail-Terras-Do-Grande-Lago-3-de-Outubro-de-2010
3º João Vaz 2h 44' 24(aparece na classificação geral como individual)
112º-4º-Joaquim Adelino 4h26'29
texto: Joaquim Adelino
Sesimbra 10 Kms
Fomos também a Sesimbra, depois de uma viagem atribulada para alguns... a nossa  participação esteve a bom nível.
 
Geral-escalão-nome-tempo
32º-17º-Pedro Arsénio, 37'14
151º-51º-Daniel Pinto, 42'45
252º-31º-António Fernandes, 45'56
270º-32º-Armando Almeida, 46'22
365º-50º-Luciano Tomas, 49'17
397º-36º-Joaquim Gomes, 50'08
463º-67º-Manuel Peras, 51' 54
469º-69º-Jose Moga, 52'13
540º-81º-Afonso Pinto, 55'05
Chegaram 694 atletas
Por equipas:17º

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Atletas inscritos para Fim de Semana 3 Outubro

Sesimbra- 10 kms- 10h(encontro no Parque Urbano 8h)
Afonso Pinto,António Fernandes,Manuel Peras,Luciano Tomas,Joaquim Gomes,José Moga,Pedro Arsénio,Hernâni Monteiro,Armando Almeida.

Terras do Grande Lago-32 Kms
Joaquim Adelino

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

meia maratona V.Gama

Meia Maratona de Portugal


Se a maratona é a prova rainha, a meia maratona é sem dúvida a prova princesa. E, a Meia Maratona de Portugal, não é uma princesa qualquer, é a primogénita.
Há quem não faça esta prova porque dizem que a inscrição é cara, que se passa muito tempo em cima da ponte à espera do tiro de partida, que não se consegue fazer um aquecimento como deve ser, que as casas de banho são insuficientes, e sei lá quantas mais desculpas arranjam para não a fazer. Tudo isso é verdade, têm toda a razão, concordo plenamente, mas existem coisas boas: o privilégio de caminhar ou correr na ponte, com uma vista maravilhosa sobre Lisboa e localidades circundantes; o percurso é óptimo e, com a alteração efectuada este ano, é praticamente plano; o abastecimento é excelente: água e powerade com fartura, banana e laranja; o prazer do convívio entre amigos e conhecidos; acompanhar aquele mar de gente, enfim, como diria o meu amigo Silva, «valeu a pena».


A Equipa Amigos Vale Silêncio, esteve representada pelos atletas infracitados, na Mini e na Meia Maratona, tendo obtido os resultados que a cada um se indica:
 Resultados
337º Paulo Silva 1h35'31
505º Leonel Neves 1h40'22
954º António Fernandes 1h48'38 
1882º Emilio Gonçalves 2h07'44

Mini
Sofia Oliveira
Natalina Oliveira

texto:Leonel Neves

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

atletas inscritos para 1\2 mart Portugal

 1\2 Maratona
Leonel Neves
Emilio Gonçalves
AntónioFernandes
Paulo Silva

MINI
Sofia Oliveira
 Natalina Oliveira
Desejamos uma boa participação

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Corrida(s) DESTAK e 15 Kms BENAVENTE

Corrida do Destak

Para os lados de Carcavelos/Cascais, a manhã acordou soalheira, sem vento e muito agradável. Quando assim é, é uma chatice, pois os atletas vêem o rol de desculpas para os maus resultados reduzido. É verdade que ainda lhe resta aquela desculpa esfarrapada de dizerem «Esta semana só fiz um treino», ou ainda «Ainda não estou bem da lesão», enfim, arranja-se sempre qualquer coisinha que sirva de desculpa.
O percurso, em termos de dificuldade, é muito fácil. É praticamente plano, apenas uma ou outra subida muito suave. Em relação à paisagem é deveras lindo e agradável. O mar, azul-escuro, parecia uma enorme piscina. Nas praias, ao longo do percurso, os banhistas aproveitavam o sol matinal para se bronzear e descontrair. Outras pessoas passeavam alegremente. Aqui e ali uma residência senhorial sobressaía das restantes. O comboio, ora num sentido, ora no outro, deslizava sobre os carris numa correria de estação em estação.
A equipa da terceira idade dos Amigos Vale Silêncio, constituída pelos seguintes atletas, obteve os resultados que se indicam:
Classificação por equipas: 32º em 87 equipas participantes.
Classificação individual:
Cls geral- Cls escalão-Nome-Tempo
202º-10º-Leonel Neves:42'53"
407º-45-Fernando Avelino:45'48"
459º-17º-José Pereira:47'06"
498º-60º-António Fernandes:46'57"
Atleta anónimo(897º): 52'33
Atletas sem Chip: Vitor Santiago:48'05"
Carlos Costa:57'50
texto: Leonel Neves
15 Kms BENAVENTE
Com a nossa equipa de reservas, reforçada com um ponta de Lança ainda a ganhar confiança (11º do + 40) anos e outro a atinar com o top 10 (8º da geral e 1º do escalão mais de 40 anos, ainda assim ainda deu para fazermos boa figura.
O calor foi o adversário mais complicado, por imperativos do programa a partida foi dada ás 10,30h com temperaturas acima de 30 graus, como a corrida foi feita em asfalto a temperatura estava altíssima, valeu aos atletas os bons abastecimentos que a organização colocou à aos 5 e 10 kms da prova.
Excelente também a cedência do Pavilhão Desportivo a todos os atletas onde puderam tomar banho e refrescar um pouco a temperatura do corpo.
As classificações dos atletas dos Amigos do Vale do Silêncio:
Cls geral-Cls escalão-Nome-Tempo
8º-1º-João Vaz:52'05"
46º-11º-João Inocêncio:58'56"
238º-9º-Joaquim Gomes:1h15'08"
287º-16º-Joaquim Adelino:1h22'29"
305º-47º-Paulo Portugal:1h26'15"
324º-51º-Emilio Gonçalves:1h32'40
Text:Joaquim Adelino

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

meia de S.J. "rampas"

Dois amigos representaram o grupo na 1\2 mart.S.J.Lampas, prova dura que só de ver cansa.
O Calor foi a companhia que os atletas menos desejavam e muitos sabiam que teriam direito a abastecimentos extras em tanques decorados com alguns limos e chuveiros espalhados pelo percurso(faltou o sabonete e champô).
Os nossos veteranos estiveram a altura o José Pereira foi 233º com 1h49'09 e Joaquim Adelino em inicio de época e depois de um estagio duro(apanha de fruta e copos....!!!) foi 338º com 2h04'43"

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Atletas inscritos para o DESTAK, 15 KMs BENAVENTE

DESTAK atenção que a partida é as 9h30'
José Pereira
Fernando Avelino
Vítor Santiago
Carlos Costa
António Fernandes
Leonel Neves
Fernando Silva

15 Kms Benavente partida 10h30'
Joaquim Adelino
Emílio Gonçalves
Paulo Portugal
João Vaz
João Inocêncio
MINI
Sofia Oliveira

Boas Provas a todos

domingo, 12 de setembro de 2010

Jantar Convivio marca o Inicio da nova época

Já vão sendo habitual arranjar pretextos, para realizar-mos um almoço ou um jantar e tentar estarmos todos juntos,o que nem sempre é possível ora por razões profissionais ou pessoais.
O sr José Pereira arranjou o tema" javali", grelhado ou em jardineira e o sr Viera tratou da carne dos legumes e batata e para podermos suarmos mais um pouco, condimentou com um pouco de piripiri.
Esperamos que o próximo encontro não leve muito tempo a acontecer....
Por altura do Natal ou ano novo!?
A todos obrigado e aqueles que não estiveram presentes que façam um esforço para que no próximo nos façam companhia

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Corrida da Festa " Avante"

Há muito que nos habituamos a que o inicio da nova época seja para os lados do Seixal, com uma prova que teima em ser única na realidade do nosso atletismo, cada vez mais comercial e menos popular.
A prova da festa é o espelho da boa vontade,voluntariado e da carolice.
A prova deste ano estreou um novo percurso muito bonito ao longo da baía do seixal e plano e a organização ao marcar o inicio da prova para as 9h15 mostrou não ser indiferente aos apelos dos atletas porque as condições meteorológicas vieram dar razão a organização, o calor fez-se sentir e levou muitos ao esgotamento físico.
Nós com 9 atletas conseguimos uma boa classificação,34º entre 178 equipas e individualmente:
59º Pedro Arsénio 37'48"
153º Tiago Silva 41'04"
416º Armando Almeida 47'22"
484º Daniel Pinto 48'42"
523º Leonel Neves 49'25"
760º José Pereira 52'58"
761º António Fernandes 52'56"
1013º Joaquim Adelino 57'03"
1189º Gui Casimiro 1h 01' 08"
Gostaríamos de saudar o regresso ao nosso meio do senhor Gui há muito afastado por lesão das corridas.

domingo, 5 de setembro de 2010

Atletas inscritos para a meia de S.João Lampas

Esta realizada a nossa inscrição para os seguintes atletas:
José Pereira
Joaquim Adelino
Aos dois um único desejo: Boa sorte

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Atletas inscritos para o avante

Afonso Pinto
Antonio Fernandes
Armando Almeida
Daniel Pinto
Fernando Avelino
Hernani Monteiro
João Inocencio
João Vaz
Joaquim Adelino
Joaquim Gomes
José Moga
José Jacob
José Pereira
Leonel Neves
Luciano Tomas
Luis Santos
Paulo Barbeito
Paulo Portugal
Paulo Povoa
Pedro Arsénio
Rui Pacheco
Tiago Silva
Gui Casemiro
Vitor Santiago

ATENÇÂO a hora de Partida 9h15?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Trilhos Monsanto

Na hora aprazada
Sou o tiro de partida,
A malta estava animada,
Começou a corrida.

As lebres, ansiosas,
Dispararam a todo gás,
Adversárias, mas amistosas,
Naquela correria fugaz.

Atrás iam os galgos
Motivados e nervosos,
Seguidos dos fidalgos,
Com seus corcéis fantasiosos.

O povo, altivo e contente,
Seguia no seu encalço
Com um pensamento em mente:
Cortar a meta sem nenhum percalço.

No sobe e desce constante,
O Fulano, o Sicrano e o Beltrano
Disputaram a vitória bravamente.
Entre eles havia sempre um veterano.

Entre a magia envolvente
E o calor abrasador,
Os atletas lá iam docemente
E graciosos como o voo do condor.

Eu ia nas calmas. A recobrar
Duma lesão antiga, não podia
De maneira nenhuma abusar.
Queria só pôr os metros em dia.

No final estava tudo satisfeito,
E mais ou menos divertido,
Com o sentimento perfeito
Do dever cumprido.

Dos Amigos Vale Silêncio,
Que jubilam com ou sem vitória,
Por se encontrarem no defeso,
Apenas o Zé Pereira e eu para contar a história.

Poema Leonel Neves

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Reflexão

O mês de Agosto é um mês de descanso, férias e também de reflexão:
Desde de Janeiro que já percorremos 3700 kms em grupo: da estrada a montanha, atravessando sinais luminosos, ribeiros com peixes, subindo ruas com carros parados ou a andar até atravessar vales com a companhia do pensamento e a ouvir o cantar de pássaros ou ver as nuvens por debaixo dos nossos pés. Já nos deslocamos a várias localidades do nosso pais e até….Paris e Sevilha.
Já chegamos a um número bonito de homens e mulheres que vestiram a nossa camisola (53), não queremos ser muitos, mas gostamos de manter e estimar os que estão connosco, porque a nossa força esta na nossa diversidade e nas nossas diferenças, sejam profissionais, clubistas, políticas ou religiosas. Só temos razão para existirmos se elas se mantiverem e cada um de nos souber manter e respeitar o seu espaço.
Na corrida interna há várias alterações o Moga ultrapassou o Emílio e depois temos os grupinhos, Luís e Fernando, Hernâni e Joaquim Gomes, Afonso e Luciano e todos os outros separados muitas das vezes por metros.
Corrida Interna
Nome Kms
1º José Moga 198,692
2º Emílio Gonçalves 198,288
3º Rui Pacheco 185,888
4º João Inocêncio 180,692
5º Luis Santos 164,692
5º Fernando Silva 164,692
7º José Pereira 164,496
8º António Fernandes 153,000
9º Leonel Neves 149,096
10º Hernâni Monteiro 133,096
10º Joaquim Gomes 133,096
12º Luciano Tomas 128,596
12º Afonso Pinto 128,596
14º João Vaz 126,096
15º Pedro Arsénio 115,000
16º Joaquim Adelino 114,192
17º Daniel Pinto 114,000
18º Fernando Avelino 108,000
19º Armamndo Almeida 95,000
20º Paulo Barbeito 94,460

terça-feira, 10 de agosto de 2010

II Trail Nocturno Lagoa Óbidos

Num verão quente ainda há amigos com espírito de aventura, sem medo do calor e da grande distancia que tinha para vencer,o Daniel mostrou que esta disposto a vencer e a convencer os AMIGOS que as provas de montanha não são nenhum papão e é possível alcançar a meta.
Este sábado realizou mais 42 kms e foi 44º classificado com 4h 31'54 a ele os nossos parabéns
P.S- "Amigos Vale Silencio" prestamos publicamente a nossa homenagem a todos os bombeiros que pelo nosso pais combatem , mesmo com o sacrifício da sua vida os vários fogos que deixam a nossa floresta mais pobre.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Prova de Vialonga - Cancelada

Como vai sendo regra nos ultimos tempos, o G.P. Vialonga, organizado pela Junta de freguesia foi cancelado por dificuldades economicas.
A todos um abraço e até setembro

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Resumo dos ultimos fins de semana

Serve este artigo para por a escrita em dia, porque temos andado um pouco longe da vontade de escrever.
A todos pedimos desculpa,mas o calor da uma canseira....
Em Vila nova de Santo André o João Vaz obteve um 2º excelente lugar na classificação geral. A prova foi no primeiro fim de semana Julho.
No ultimo fim de semana, tivemos duas situações opostas:
O Daniel desistiu na ultra maratona Melides- Tróia, aos 29 kms e já bastante desgastado resolveu por fim ao sofrimento, devido ao piso estar este ano muito mais difícil de percorrer.
Fica aqui uma palavra de parabéns a um amigo, mesmo defendendo outra camisola,Joaquim Adelino que todos achamos que anda preso por arames, mas vai vencendo todos os desafios que se prepõe vencer.
Por ultimo em BTT, parabéns ao Tiago que este fim de semana foi 3º classificado da geral e 1º Júnior na Maratona de BTT de Oledo.
Para os que estão de férias um bom descanso, para os outros....Vamos ao trabalho.

sábado, 24 de julho de 2010

Futebolada e almoço convivio

São estes dias que devemos recordar nos momentos menos positivos, o nosso dia começou com uma partida de futsala,ao ar livre e com a sala em cimento, com momentos divertidos por quase todos seremos dotados de uma técnica de nível profissional e com uma arbitragem ao nível da FIFA, apoiado por duas moletas e o apito não existir,com os técnicos das equipas a estarem sempre destreinados e os adeptos a esquecerem o preço exorbitante do preço dos bilhetes e conviverem de costas para o rectângulo de jogo.
Depois de um banho retemperante foi a hora do almoço e ai... a sardinha era boa e a carne grelhada ainda melhor e a sobremesa distribuída a mesa por um empregado de circunstância e sem direito a gorjeta, fomos pondo as conversas em dia e...houve quem tivesse tempo para uma partida de sueca.
No momento de voltar a casa dizemos "VALEU A PENA...."
2010-07-24 almoço anual 10

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ponto de encontro

Falta pouco mais de 24h para encerrar mais uma época desportiva.
Sábado encontramos-nos as 9h30' na porta do nosso habitual restaurante para depois nos deslocar para o ringue onde vamos medir forças entre nós.
Falta só a bola ou fazemos uma de trapos....????

terça-feira, 6 de julho de 2010

III corrida da Santa casa

Numa manhã em que o sol não deu um segundo de paz aos atletas , valeu a boa organização com 2 pontos de agua e mais agua e fruta no final.
Numa prova a custo zero o saco de prendas foi muito bom e a organização esteve perto da nota máxima e a valer um "até para o ano".
A organização tinha anunciado uma prova com 10 kms mas efectivamente foram 9,7 Kms devido a Câmara não ter permitido a meta no Rossio
O nosso grupo esteve bem representado e o nosso 11º lugar por equipas em 103 é a prova do nosso desempenho.
As classificações
19º Pedro Arsénio(11º) 33'33
22º Luís Santos(13º) 33'57
136º Daniel Pinto(47º) 39'10
398º José Pereira(22º) 44'39
448º José Moga(59º) 45'31
502º António Fernandes(69º)45'32
508º Luciano Tomas(72º) 46'20
512º Hernâni Monteiro(89º) 46'24
Armando Almeida(90º) 46'24
568º Fernando Avelino(84º) 47'24
810º Afonso Pinto(130º) 51'09
978ºJosé Rebocho(143º) 54'35
980º Joaquim Adelino(81º) 54'37
1001º Filipe Ramalho(308º) 54'58
1083º Emílio Gonçalves(151º) 56'40

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Corrida das Fogueiras, a festa popular a volta de uma fogueira.

Todos anos os amantes da corrida esperam que a festa se faça mais uma vez e ela continua a corresponder aos amantes da corrida.
Os amigos foram de fogareiro e carvão a espera que a festa desse a sardinha e a febra e muita bebida, porque a corrida foi dura e dizem as más línguas que a festa foi até de madrugada e quase todos saíram vencedores.
Por equipas mais uma festa 12º lugar entre 125 equipas.
classificação geral,Nome, escalão, tempo
16-João Vaz 2º 51'17"
32-João Inocêncio 24º 53'21"
66-Pedro Arsénio 41º 55'42"
259-Luis Santos 127º 1h01'49"
662-Hernani Monteiro 106º 1h10'32
734-Armando Almeida 97º 1h11'43"
803-Jose Moga 108º 1h13'08"
827-Fernando Avelino 111º 1h13'26"
1231-Luciano Tomás 174º 1h19'40"
1328-Paulo Barbeito 213º 1h21'57"
1371-??? ?? 1h23'07"
1381- Joaquim Gomes 44º 1h23'21"
1556- Afonso Pinto 239º 1h27'35"
1682-Paulo Portugal 249º 1h31'50"

domingo, 27 de junho de 2010

III Corrida Santa Casa Misericórdia

Atletas inscritos para III Corrida Santa Casa Misericórdia:
Afonso Pinto,António Fernandes, Armando Almeida,Daniel Pinto, Emílio Gonçalves, Fernando Avelino, Hernâni Monteiro, João Vaz, Joaquim Adelino, Joaquim Gomes, José Moga,José Pereira, Luciano Tomas,Luís Santos,Paulo Barbeito, Paulo Portugal,Pedro Arsénio,José Rebocho,Filipe Ramalho
Mini:
Natália Oliveira,Ana Oliveira,Maria Nicolau.
Os nomes puderam ser alterados

terça-feira, 22 de junho de 2010

Trilhos Reixida

Abrimos uma nova secção(trilhos e montanha) e mais uma oportunidade de sermos diferentes e também de todos experimentarmos uma maneira de competir diferente.
O grande responsável é o AMIGO Joaquim Adelino que foi passando a febre a outros amigos, ele já passou por vários grupos e esperamos que nos possa transmitir toda a sua loucura e experiência e este fim de semana meios clandestinos o amigo Joaquim e Zé Pereira foram ate Leiria aos "Trilhos de Reixida" o amigo zé foi 2º no seu escalão(não sabemos o tempo) e Joaquim fez 2h36'22 nos 15,9Kms de montanha pura, aos dois parabéns e obrigado por fazerem deste grupo

domingo, 13 de junho de 2010

Atletas inscrito para 31ª corrida das fogueiras

A saida do grupo é as 17h30 Parque Urbano

Prova de 15 kms a realizar-se em Peniche as 21h30'
Luís Santos
João Inocêncio
José Moga
Rui Pacheco
Hernâni Monteiro
João Vaz
Fernando Avelino
Joaquim Gomes
Paulo Portugal
Armando Almeida
Paulo Barbeito
Pedro Arsénio
Paulo Povoa
Afonso Pinto
Luciano Tomas
António Fernandes
Será o representante do Grupo: Joaquim Gomes

sábado, 12 de junho de 2010

Provas de 10 Junho

Na passada quinta feira estivemos em 2 frentes:
Brisas do Atlântico, com 3 Amigos e todos eles a fazerem boas Marcas para uma prova que se diz de 21 Kms, mas vários GPS provaram que não chega aos 20 Kms:
Resultados sem classificação
João Vaz 1h 08'45"
Rui Pacheco 1h09'06"
Hernâni Monteiro 1h38' 02"
Na Rampa do Moinho prova a contar para o troféu de Loures António Fernandes fez nos 3 Kms de Rampa!!!13'13"(deve apostar no 13)
A todos os nossos Parabéns

domingo, 6 de junho de 2010

Corrida Oriente

Lamentamos a situação criada a todos Amigos, com a não inscrição da equipa mas o Troféu de Loures realmente anda moribundo de interesse e o pior de orientação, fui informado pelo principal rosto do troféu ,António Fernandes,mas esse senhor ao longo da minha vida já me habitou a máxima do futebol,"o que hoje é verdade amanha é mentira" que tinha sido enviado uma circular para os clubes a dizer que esta prova não estava incluída no troféu?
Por nós não foi recebido nada!!
Bom... então porque é uma prova com classificação especial no Troféu Loures?
Mas num dia com sol e uma boa temperatura 12 amigos juntaram-se e fizeram vacinhas e pagaram a sua inscrição e os Amigos Vale Silencio estiveram num excelente bom momento com o nossos atletas a classificarem-se entre 16º e 831º e com uma subida ao pódio,João Vaz.
classificações:
geral-escalão-nome- tempo
16º-4º-João Vaz-33'23"
30º-16º-João Inocêncio-34'48"
38º-20º-Pedro Arsénio-35'28"
194º-75º-Daniel Pinto-42'07"
325º-13º-José Pereira-45'03"
328º-47º-Fernando Avelino-45'09"
344º-48º-Armando Almeida-45'24"
464º-78º-Hernâni Monteiro-47'28"
498º-77º-António Fernandes-48'03"
588º-28º-Joaquim Gomes-49'31"
830º-128º-Fernando Silva-53'13"
831º-129º-Emílio Gonçalves-53'13"

sexta-feira, 4 de junho de 2010

corrida interna

Mai-10
Nome Kms
1 Emílio Gonçalves 178,28
2 José Moga 173,692
3 Rui Pacheco 165,888

4 João Inocêncio 155,692
5 Fernando Silva 154,692
6 Leonel Neves 149.096
7 Luís Santos 139,692
8 António Fernandes 130
9 José Pereira 128,596
10 Joaquim Gomes 108,096
11 Afonso Pinto 103,596
12 Luciano Tomas 103,596
13 Joaquim Adelino 88,292
14 Ricardo Nicolau 81,960
15 João Vaz 81,096

o atleta Paulo Pires foi o 1º a entrar nos 3000 kms

atletas inscritos para as proximas provas

Lembramos a todos que os atletas inscritos para o troféu de loures estão automaticamente inscritos na corrida Oriente.
Estão inscritos para Brisas do Atlântico:
João Vaz
Rui Pacheco
Hernâni Monteiro
Para esta prova ainda há inscrições.

II TRAIL NOCTURNO DA LAGOA DE ÓBIDOS
Daniel Pinto

Para esta prova ainda é possível efectuar mais inscrições

Para a prova de Peniche até 6 junho

domingo, 30 de maio de 2010

2ª Corrida Novas Oportunidades

Com partida e chegada no jardim de Belém, em Lisboa, realizou-se, em 30 de Maio, a corrida em epígrafe.
Sem os ases, as manilhas e os reis, o nosso clube, fez-se representar pelos atletas infracitados.
Foi mais um momento importante de confraternização entre os amigos presentes e outros amigos e conhecidos.
Durante a prova, a caminho do Zénite, sem contemplações, o Sol, cuspiu golfadas de calor abafadiço sobre os corredores.
Entre os mil quinhentos e cinquenta e um atletas que concluíram a prova, os Amigos Vale Silêncio ocuparam posições entre um excelente décimo oitavo lugar e um octingentésimo sexagésimo segundo.

Texto de: Leonel Neves


Classificações:
Pedro Arsénio – 36,37
Leonel Neves – 41,22
António Fernandes – 44,38
José Pereira – 44,41
Armando Almeida – 45,12
Hernâni Monteiro – 45,44
Fernando Avelino -46,39
Emílio Gonçalves – 53,37
Paulo Pires – 55,55

quinta-feira, 27 de maio de 2010

resultados Douro Vinhateiro

Foram os possíveis :
Rui Pacheco- 1h19' 21- sénior
João Inocêncio - 1h21'14- sénior
João Vaz - 1h26'42 -Vet.1
Luís Santos - 1h 29' 34 - sénior
Hernâni Monteiro- 1h 48'14- Vet.2
Leonel Neves- 1h48' 16 -Vet.4
José Pereira - 1h 50' 04 -Vet.5
José Moga - 1h 51' 32- Vet.3
Joaquim Gomes - 1h 55'21 -Vet.5
António Silva- 2h 10' 32- Vet.5
Fernando Silva - 2h10' 32- Vet.2
Emílio Gonçalves- 2h 18'30 - Vet.2

Para o ano vai ser melhor.......

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Relato da nossa aventura

Meia Maratona do Douro Vinhateiro 2010

Personagens

Amigo A

Amigo B

Amigo C

Amigo D

Amigo E

Amigo F

Amigo G

Amigo H

Amigo I

Amigo J

Amigo L

Amigo M

Amigo N

Amigo do Amigo G

Maria A

Maria B

Maria C

Maria D

Maria E

Maria F

Maria G

Mariazinha

Empregado de mesa

Condutor do autocarro

Elemento A do CCDL

Elemento B do CCDL

Elemento C do CCDL

A Acção passa-se em vários sítios e diferentes momentos

Nota prévia

A acção gira à volta da participação dos Amigos Vale Silêncio na Meia Maratona do Douro Vinhateiro.

Os diálogos foram engendrados e colocados na boca das personagens indiscriminadamente.

Quatro ou cinco personagens conseguem-se identificar facilmente, as restantes não.

Uma ou outra cena não decorreu no espaço físico descrito no texto. Algumas cenas foram forjadas, outras são bem reais.

ACTO I

Cena I – Amigo A (Em casa, frente ao computador, anuncia, no blogue do clube, a Meia Maratona do Douro Vinhateiro 2010)

- Amigo A – Bora lá! A prova é dia 23 de Maio. É preciso saber quem vai. Registem esta data na vossa agenda.

Cena II – Amigo A, Amigo B, Amigo C, Amigo D, Amigo E, Amigo F e Amigo G (Na corrida das Lezírias, antes da partida)

- Amigo A – (A todos.) Já decidiram se vão à Meia Maratona do Douro Vinhateiro, ou não?

- Amigo B – Não é muito cedo para pensar nisso?!

- Amigo A – Não. Há coisas que temos que tratar com tempo, designadamente o transporte e a dormida.

- Amigo B – Há com certeza um hotel para ficarmos ali perto!?

- Amigo A – Haver há, mas é muito caro como podes calcular, e não temos necessidade disso. Quatro ou cinco podem ficar em casa do Amigo I, e os restantes, existe a possibilidade de ficarem alojados no Centro Cultural e Recreativo de Ferreirim.

- Amigo C – Eu vou, está decidido.

- Amigo D – Ainda não sei! A Maria não está lá muito convencida.

- Amigo C – (Alto.) Não há como ser solteiro! (Baixo.) Não percebo estes tipos!

- Amigo F – É muito longe. Dois dias é muito tempo. A Maria não gosta de viajar, nem de ficar sozinha em casa. Tanto tempo fora de casa dá direito a divórcio por justa causa.

- Amigo A – (Alto.) Sendo assim é melhor não ir. (Aparte.) Estes gajos têm medo das mulheres!

- Amigo E – Vá lá, puxem pela cabecinha! Prometam às Marias (ainda que depois não cumpram a promessa) um cruzeiro ao mediterrâneo ou uma jóia bonitinha ou aquela remodelação da casa que há muito desejam fazer, e vão ver como não se importam de ficar sós dois ou três dias ou mesmo uma semana.

- Amigo G – Estou perante um dilema. Por um lado, gostava de ir com a malta, por outro lado, fazer cerca de quatro horas de viagem para cada lado não me agrada nada.

Cena III – Amigo F e Maria A (Em casa)

- Amigo F – Em Maio vai haver uma prova no Peso da Régua. O pessoal vai quase todo e eu também gostava de ir.

- Maria A – Deixa-te disso. Tens mais onde gastar o dinheiro. Vejam bem, ir correr para o Peso da Régua! Não basta ficar sozinha todos os domingos de manhã, quanto mais dois dias inteirinhos!

- Amigo F – Não penses que se gasta muito. Uns vão dormir a casa do Amigo I na noite de sábado para domingo, outros ficam no Centro Cultural e Recreativo de Ferreirim. Para nos transportar pedimos um autocarro à Junta de Freguesia dos Olivais. Pagamos o combustível e as portagens, e, eventualmente, as ajudas de custo do condutor. Dividido por todos dá uma bagatela a cada um.

- Maria A – Mesmo assim… é muito longe, não fico descansada. Sabes como eu sou, sempre a pensar no pior.

- Amigo F – Podemos ir de carro até Roalde. Tu ficas aí com os teus pais e eu vou ter com os meus amigos. Depois da prova vou ter contigo. Podemos ficar na terra mais uns dias, se quiseres.

- Maria A – Não, eu não vou, vai tu.

Cena IV - Amigo B e Maria B (Em casa)

- Amigo B – Dia 23 de Maio é a Meia Maratona do Douro Vinhateiro. Já te tinha dito, lembras-te? Estou a pensar ir, o que é que achas?

- Maria B – Por mim tudo bem. Dizem que é uma zona lindíssima!

- Amigo B – Sim, é muito linda. Além da bela paisagem, já de si inebriante, correr lado a lado com o Douro é um momento mágico, inesquecível.

Cena V - Amigo A (A mandar um e-mail para a Junta de Freguesia dos Olivais)

- Amigo A – Exmo. Senhor Presidente da Junta, o clube «Amigos Vale Silêncio» vai participar na meia maratona do Douro Vinhateiro, e, não dispondo de meio de transporte para toda a equipa, solicita os bons ofícios de V. Ex.ª no sentido de cedência de um autocarro, com mais ou menos 25 lugares. Informa-se que a saída, com destino a Vila Meã, está prevista para o dia 22 de Maio, pelas 7 horas, e o regresso para o dia 23 do mesmo mês, pelas 21 horas. Gostaríamos, de dar um passeio pelo Pinhão e zona circunvizinha, se for possível. Com os melhores cumprimentos.

Cena VI - Amigo L e Amigo M (Na Corrida dos Sinos, antes da partida)

- Amigo L – Existem palavras que só por si hipnotizam uma pessoa.

- Amigo M – Por que dizes isso?!

- Amigo L - Lembras-te da expressão «Bora lá» colocada astutamente, penso eu, no canto superior direito do blogue do clube, por baixo de «As próximas provas», que inicia o texto que anuncia a Meia Maratona do Douro Vinhateiro?!

- Amigo M – Sim, lembro-me muito bem.

- Amigo L - Pois é, amigo, sempre que visito o blogue lá está ela a piscar-me o olho, e, tanta piscadela me deu, que me convenceu. Aposto que fez o mesmo com outros.

- Amigo M – Como diz o ditado: Água mole em pedra dura, …

- Amigo L – … tanto bate até que fura.

- Amigo M - Aquele chamamento visceral, contínuo, irresistível; aquele magnetismo animal contagiante, relaxante física e mentalmente; aquele olhar hipnótico, predispõem o mais pimpão a levar a água ao seu moinho.

- Amigo L – Estás a falar de quê?

- Amigo M – Estou apenas a corroborar as tuas palavras proferidas acerca da tal expressão, e a dizer que também eu senti o seu poder persuasivo.

- Amigo L – E não podias dizer isso sem ligares o complicómetro!?

- Amigo M – «Poder podia, mas não era a mesma coisa».

Cena VII – Amigo A (Em casa, a mandar um e-mail a todos os Amigos)

- Amigo A – Amigos, hoje entrei em contacto telefónico com a Junta de Freguesia dos Olivais. Fui informado que ainda não havia uma resposta. Aguardemos, pode ser que ainda venha a tempo.

Cena VIII – Amigo A (Envio de dois e-mails, dois dias após informar os Amigos sobre o contacto telefónico com a Junta)

- Amigo A – (E-mail para a Junta de Freguesia.) Excelentíssima Senhora H. G., no seguimento da nossa conversa telefónica de hoje, vimos por este meio oficializar a nossa disponibilidade em garantir a alimentação e a dormida ao motorista do autocarro. Com os melhores cumprimentos. (E-mail para os Amigos.) Afinal parece que podemos contar com o autocarro da Junta. Hoje fiquei a saber que o assunto está bem encaminhado, só falta a assinatura do Presidente. Não sei bem, mas parece-me que o Presidente perdeu a caneta, e está à espera que lhe dêem outra para assinar a autorização.

Cena IX – Amigo A (Enviando um e-mail a todos os Amigos)

- Amigo A – Chegou a hora. O transporte está confirmado. Às sete horas da manhã na Junta de Freguesia dos Olivais.

FIM DO ACTO I

ACTO II

Cena I – Amigo A, Amigo B, Amigo C, Amigo D, Amigo E, Amigo F, Amigo G, Amigo H, Amigo J, Amigo L, Amigo M, Amigo N, Maria C, Maria D, Maria E, Mariazinha, Condutor do autocarro, (Reunidos no local e hora da partida para Vila Meã.)

- Amigo A – (A todos.) Prestem atenção! (A um grupinho de Amigos.) Eh, vocês aí! Importam-se de interromper a conversa uns segundinhos?! Obrigado. (Ao condutor.) O nosso destino é Vila Meã, perto de Lamego, sabe onde é? Conhece o caminho?

- Condutor – Sei onde é, sou dali perto.

- Amigo A – (Ao condutor.) Vamos pela A1, apanhamos o IP3, depois a A24, seguimos em direcção a Lamego/Moimenta da Beira/Tarouca, na rotunda saímos na 4ª saída para a N226. (A todos.) Faremos uma paragem para ir à casa de banho e beber qualquer coisa, e descontrair as pernas e aliviar a dor de costas. Além desta paragem, há outra obrigatória antes de chegar a Vila Meã. O Amigo do Amigo G tem um presunto e uns chouriços a estorvar lá em casa, e quer que o ajudemos a livrar-se deles, o que acham?! Devemos fazer-lhe a vontade ou não? (Riso geral). O almoço vai ser em Vila Meã, em casa do Amigo I. Vamos andando, que se faz tarde.

Cena II – Os mesmos (Na estação de serviço)

- Amigo M – Quem paga os cafés? Há voluntários?

- Amigo D – Voluntário!? Nem na tropa!

- Amigo E – Eu só pago cerveja.

- Amigo N – Bebidas alcoólicas só depois da prova.

- Amigo F – Conheci um grande atleta que o seu pequeno-almoço antes das provas era nada mais nada menos que duas sandes de presunto e dois copos de vinho. Devo dizer que esse tipo nasceu trás duma esteva, em Trás-os-Montes.

- Amigo C – E eu tenho um amigo que depois das provas não dispensa uma cervejinha preta e um cigarrito. Diz que a cerveja preta lhe faz bem.

- Amigo G – Afinal quem paga os cafés?! Parece que cada um vai ter que pagar o seu.

- Maria C – (A Maria D.) Onde será a casa de banho?!

- Maria E – Eu também tenho de ir fazer xixi.

- Maria D – Deve ser além, onde está aquela gente.

- Maria C – Vamos Mariazinha.

- Amigo H – Eu não tomo café, mas posso pagar.

- Amigo E – Haja Deus! Estava a ver que ninguém se chegava à frente.

- Amigo L – Há sempre uma alma caridosa.

Cena III – Os mesmos e o Amigo do Amigo G (À volta do chouriço, do presunto, do pão e da pinga)

- Amigo do Amigo G – Obrigado por terem vindo. Fico muito contente, acreditem.

- Amigo C – (Aparte.) Não fales antes de tempo, vê lá se te arrependes, olha que esta gente está esfomeada.

- Amigo A – Nós é que lhe agradecemos.

- Amigo do Amigo G – Estejam à-vontade. Comam e bebam sem cerimónia. Façam de conta que estão em vossas casas.

- Amigo F – (Ao Amigo do Amigo G.) Fez-me lembrar um episódio ocorrido na minha terra. Na minha aldeia, (noutras aldeias de Trás-os-Montes passa-se o mesmo), quando uma pessoa vai a casa de outra, é hábito o dono da casa oferecer de beber e de comer a essa pessoa. Um dia, o Manuel Balela, indivíduo um pouco atoleimado, isto é, sem os alqueires bem medidos, foi a casa de um vizinho dar um recado. O dono da casa foi buscar um salpicão, uma linguiça, metade dum centeio e uma garrafa de vinho. Pôs tudo em cima da mesa e disse ao Balela que comesse e bebesse o que lhe apetecesse. Ora o Manuel Balela, que estava com um apetite de quinze dias, começou a comer, a comer e não havia maneira de parar. E o dono da casa a ver a chouriça e o salpicão evaporarem-se e a rezar a todos os santos milagreiros conhecidos que o Balela deixasse, pelo menos, um cibo de salpicão para outra ocasião. Mas os santos estavam ocupados com outras coisas e não lhe deram ouvidos. Despachou a chouriça em menos de nada, e o salpicão estava quase. Quando já não podia comer mais, de tão farto, disse ao dono da casa: «Desculpa lá, mas não consigo acabar o salpicão». Ele achava que era falta de educação deixar algum restito no prato, e disso ele não queria ser acusado. Espero que não aconteça o mesmo connosco.

- Amigo do Amigo G – No que me diz respeito, isso não vai acontecer, podem comer e beber o que lhes apetecer, se for preciso vou buscar mais.

- Amigo F – Não leve a mal, estava a brincar.

- Amigo A – Até porque temos o almoço à espera!

- Amigo H – E o Amigo I ficava muito chateado com a falta de apetite do pessoal.

- Amigo J – Com um petisco destes quem é que ainda quer almoçar!?

- Amigo G – Estava tudo uma delícia. O material é de primeira. Obrigado por tudo. Foste muito simpático. Obrigado mais uma vez. Agora temos de ir, até à próxima.

Cena III – Amigo A, Amigo B, Amigo C, Amigo D, Amigo E, Amigo F, Amigo G, Amigo H, Amigo I, Amigo J, Amigo L, Amigo M, Amigo N, Condutor, Maria C, Maria D, Maria E, Maria F, Maria G e Mariazinha (A almoçar em casa do Amigo I)

- Amigo I – Comei e bebei, as contas serão feitas amanhã. Como é para amigos faço uma atençãozinha. Espero que seja do vosso agrado. Eu e minha esposa estamos muito contentes por estarmos rodeados de tantos amigos, pelo filho, pela nora, pelo neto, pela neta e pela cunhada. A casa é vossa, por isso não a estragueis. Alguns de vós já estiveram cá o ano passado, já conhecem o sítio. Depois do almoço vamos ver as ruínas do convento de Ferreirim, se quiserem, claro.

- Amigo A – Aproveitai, pois receio que vamos amargar o repasto. É que meu pai tem ali um saco de batatas serôdias prontinhas para semear.

- Amigo B – Acho muito bem. Pensam que é só encher a barriguinha?!

- Amigo F – Eu não me importo de fazer de capataz.

- Amigo C – Eu não posso pegar em alfaias agrícolas, fazem-me alergia.

- Amigo E – Eu posso andar com o garrafão do vinho e dar de beber à malta.

- Amigo D – (A Maria D.) O almoço estava óptimo, parabéns!

- Maria D – Obrigada. Ainda bem que gostaram.

- Amigo G – (Ao Amigo I.) Com uma recepção destas para o ano cá nos tens outra vez.

- Amigo I – Fazemos muito gosto em vos ter cá novamente.

- Maria C – (Entressorrindo.) Os alérgicos, os capatazes e os fãs de Baco ficam a arrumar a cozinha, enquanto os outros vão prà leira semear as batatas.

Cena IV – Amigo A, Amigo G e Amigo F

Amigo A – (Aos Amigos G e F.) Vinde cá os dois. Mandei fazer estas duas lembranças para oferecer ao Amigo I e ao Centro Cultural e Recreativo de Ferreirim.

- Amigo G – Ainda bem que te lembraste.

- Amigo A – Ao Amigo I vamos entregar-lha agora. (Ao Amigo F.) Toma lá, entrega-lha tu, não fica bem ser o filho a entregar-lha.

Cena V – Todos os Amigos, todas as Marias, Mariazinha e Condutor

- Amigo A – (A todos.) Venham cá. (A Maria D.) Venha cá, não fuja!

- Amigo F – (Ao Amigo I e Maria D.) Quis o destino que nos encontrássemos aqui, em vossa casa. Recebestes-nos de braços abertos. Para selar para a eternidade este momento de alegria e felicidade, em nome de todos os presentes, tenho a honra e o privilégio de vos entregar esta singela mas significativa lembrança.

- Amigo I – (Comovido.) Obrigado a todos. Não era preciso estardes com esta preocupação. Estamos muito sensibilizados e gratos pelo gesto.

Cena VI – Amigo A, Amigo D, Amigo E, Amigo F, e Amigo I (Visita às ruínas do convento de Ferreirim)

- Amigo I – Isto é o que resta do convento franciscano de Santo António. O convento e o pelourinho são o ex-libris cá do sítio.

- Amigo D – É com certeza muito antigo!?

- Amigo I – O aspecto actual deve-se a uma reforma levada a cabo no século XVI, mas já existia há não sei quantos anos ou séculos.

- Amigo D – Costuma vir cá muito turista visitá-lo?

- Amigo I – Alguns.

- Amigo F – (Ao Amigo I.) És natural daqui?

- Amigo I – Sou.

- Amigo F – Estiveste cá até que idade?

- Amigo I – Até ir prà tropa.

- Amigo F – Qual foi a sensação de regressar às origens depois de tantos anos?!

- Amigo I – Foi boa. Estive sempre ligado à terra, vim cá sempre que pude, por isso quando me reformei e vim para cá, não estranhei.

- Amigo F - Além de fazeres a tua corrida diária, que não dispensas, como é que passas o resto do tempo?

- Amigo I – Não falta onde passar o tempo: Preparo a terra, estrumo-a; planto umas couvitas, umas cebolas, beterrabas, pimenteiros, tomateiros, alfaces; semeio feijão, batatas, ervilhas, favas, ervanços; rego, sacho, mondo, colho os frutos, dou uma voltinha de vez em quando pelas redondezas e, quando sinto saudades, vou até Lisboa ver os filhos e os netos.

- Amigo F – Estás em forma para amanhã?

- Amigo I – Estou sempre em forma. Quero ver se faço abaixo das duas horas. E tu, como estás? Que tempo pensas fazer?

- Amigo F – Tenho andado um pouco em baixo. Se fizer uma hora e quarenta, é muito bom. Até porque quero apreciar a paisagem e se for em esforço não consigo. Tenho outro problema, se acabar exausto fico sem apetite para o almoço.

- Amigo E – (Ao Amigo A.) Ferreirim é uma freguesia pequena!?

- Amigo A – É. Tem uma área de 5, 51 Km2 e 1157 habitantes.

- Amigo I – Eh, pessoal! Está na hora de ir fazer o reconhecimento da zona.

Cena VII – Amigo A, Amigo B, Amigo C, Amigo D, Amigo E, Amigo F, Amigo G, Amigo H, Amigo I, Amigo J, Amigo L, Amigo M, Amigo N, Condutor, Maria C, Maria D, Maria E, e Mariazinha (Em São Leonardo de Galafura)

- Amigo H – (Ao Amigo M.) Estás a gostar? As expectativas criadas correspondem à realidade?

- Amigo M – Completamente. A paisagem é magnífica! Estou maravilhado.

- Amigo H – Não é por acaso que esta zona é considerada Património Mundial da Humanidade na categoria de Paisagem Cultural!

- Amigo E – (Aproximando-se e interpelando o Amigo H.) Ainda és do tempo em que, nos bancos da escola primária, se decoravam os rios e as serras de Portugal?!

- Amigo H – Sou. Por quê? Estás a chamar-me velho?

- Amigo E – Não. Estou só a testar os teus conhecimentos de geografia. Lembras-te onde nasce e desagua o rio Douro, que vês lá em baixo?

- Amigo H – Claro que sim. Nasce na Serra de Urbion, em Espanha, e desagua em São João da Foz, no Porto. Até te digo mais: tem 927 quilómetros de extensão, dos quais 330 em território lusitano.

- Amigo E – Fantástico! Ainda te lembras desses pormenores!?

- Amigo H – O que é que achas?!

- Amigo E – Não sei.

- Amigo H – Era bom, não era!?

- Amigo E – Bem me parecia.

- Amigo G – (Ao Amigo D.) Gostava de viver aqui.

- Amigo D – É um sítio paradisíaco sem dúvida, mas é duro. Quem vive aqui e não é rico, e tira da terra o seu sustento, tem as mãos calejadas todo ano, e suor nos sovacos de manhã à noite.

- Amigo G – Sim, deve ser fatigante, mas a beleza desta obra-prima da Humanidade, a paz de espírito e o ar puro que se respira compensam de longe tudo o resto.

- Amigo D – Ainda bem que pensas assim. Podias dedicar-te à viticultura, à enofilia ou à enologia, por exemplo.

- Amigo G – Pois podia, mas são profissões que requerem muitos conhecimentos, e eu nem sequer sei como se planta um bacelo, como se poda uma cepa, como se produz o vinho.

- Amigo D – Plantar um bacelo não tem ciência nenhuma, mas podar uma cepa e fazer vinho tem muito que se lhe diga. Já agora, uma vez que desconheces o assunto, deixa que te diga: a produção do vinho começa na vindima. Antigamente o desengace e a maceração eram feitos exclusivamente através da pisa nos lagares. Actualmente existem técnicas sofisticadas para o efeito. Apesar de subsistirem as técnicas ancestrais, hoje em dia a produção da maior parte dos vinhos é obtida em centros de vinificação, onde as operações de pisa e maceração são totalmente mecanizadas. Grosso modo podemos enumerar as seguintes fases da produção do vinho: 1ª: Desengace; 2ª: Maceração intensiva; 3ª: Fermentação alcoólica; 4º: Fermentação maloláctica; 5ª: Amadurecimento; 6ª: Envelhecimento.

- Amigo G – Gostei desta aula sobre vinho.

- Amigo D – Ninguém nasce ensinado, basta dispor-te a aprender. Eu tive o privilégio de aprender fazendo.

- Amigo G – É verdade, como também é verdade que me apaixonei por estas terras e por estas gentes quando li «Contos da Montanha» de Miguel Torga.

- Amigo D – Miguel Torga, pseudónimo literário de Adolfo Correia da Rocha, nascido e enterrado tão perto daqui, a escassos onze quilómetros, por estrada estreita e sinuosa, em São Martinho de Anta. Já estive ao pé da campa rasa onde jaz, junto da qual cresce uma urze, também chamada torga. Olha ali, aquele escrito é dele. Vamos ver. Cá está, só mesmo ele conseguia dizer o que disse sobre este lugar maravilhoso. Estão a chamar para irmos embora.

Cena VIII – Os mesmos (Reunidos à volta do Amigo A)

- Amigo A – Vamos lá combinar as coisas para amanhã. A partida da prova está prevista para as 11horas na Barragem de Bagaúste. Os atletas seguem em direcção à freguesia da Folgosa, onde dão a volta. A meta é no Peso da Régua. A CP e a REFER asseguram o transporte dos atletas da meta para a partida a partir das sete horas da manhã. É muito cedo?! Pois é! Não precisamos de apanhar o primeiro comboio, mas também não devemos apanhar o último. Vamos apontar uma hora. Sair daqui às oito horas!? Achais bem? Vamos de autocarro até ao Peso da Régua. Então fica assim. O percurso é plano e a paisagem maravilhosa, sempre junto ao rio Douro. Gozai bem o panorama. Dado o avançado da hora, o melhor é irmos já prà caminha para recobrar as forças perdidas durante a viagem e o passeio panorâmico. Às dez pràs oito, toda a gente deve estar aqui, pronta para sair.

- Amigo C – E se fossemos ver o concerto do tal tenor italiano?

- Amigo H – E por que não ir antes molhar a garganta a qualquer sítio?

- Amigo D – E que tal se fossemos fazer trinta minutinhos de treino para descomprimir?

- Amigo N – E se fôsseis todos dar uma curva ao bilhar grande?

Cena IX - Amigo B, Amigo C, Amigo D, Amigo E, Amigo F, Amigo G, Amigo H, Amigo J, Amigo L, Amigo M, quatro Elementos do CCDL e duas Crianças (De noite, no dormitório do Centro Cultural e Recreativo de Ferreirim)

- Amigo L – Vamos tentar adormecer antes que cheguem os tipos do Loures, depois é impossível.

- Amigo B – Quando essa malta chegar vai fazer um escabeche que ninguém vai conseguir dormir em toda a noite.

- Amigo L – Podes crer.

- Amigo F – Há muito tempo que não dormia numa caserna.

- Amigo M – E eu nunca dormi em nenhuma. Não fazia ideia como era uma caserna.

- Amigo E – Pois é, não foste à tropa!

- Amigo C – Lá vêm eles! Apaguem as luzes, para ver se não fazem barulho.

- Elemento A do CCDL – (Aos berros, abanando com força os beliches.) Está tudo a acordar! Ninguém dorme esta noite, caralh…! Toca a acordar!

- Amigo J – Cala-te, não faças barulho, o Amigo D está a dormir, a noite passada não dormiu nada.

- Elemento A do CCDL – (Alto.) Vão prò caralh…! Ninguém dorme, já disse. (Baixo às duas crianças.) deitem-se aqui nesta cama, que eu já venho.

- Amigo H – (Ao Amigo N.) Vamos tramar o gajo? Vamos-lhe esconder o colchão e o travesseiro?

- Amigo N – Vamos depressa enquanto está na casa de banho.

- Elemento A do CCDL – Quem foi o cabrão que tirou o colchão?! Agora é que vão ser elas! Agora é que ninguém vai dormir, podeis ter a certeza! Vão prò caralh…! Foste tu meu paneleiro!?

- Amigo D – Olha as crianças!? Mais respeitinho!

- Elemento A do CCDL – As crianças estão habituadas a este tipo de linguagem!

- Elemento B do CCDL – (Bêbado como um cacho, depois das luzes apagadas.) Onde é a minha cama? É esta? Como subo lá para cima? Não sei se consigo! (ouvem-se risos aqui, ali e acolá).

- Amigo N – (Baixo, ao Amigo H.) O Elemento C do CCDL entrou caladinho que nem um rato, subiu como um foguete para a cama de cima e não se mexeu mais, nem tossiu nem mugiu, é como se tivesse morrido.

- Amigo H – Que grande cadela ele tem! Pelo menos não incomoda ninguém.

- Elemento B – Parece que anda tudo à roda, o que é que está a acontecer?! Algum tremor de terra?! (Risos, peidos, risos, traques, risos, flatulências, risos, flatos, risos, gases, aqui, ali, além, no canto, ao pé da janela).

- Amigo F – Não há condições! Não tenho idade para estas coisas! Duas da manhã e o forrobodó continua. Vou mas é pegar no colchão e ir tentar dormir ali ao lado. (traques, risos, ressonar, peidos, risos, ressonar, gases, risos, roncar, risos)

- Amigo J – Mas que grande festa! Amanhã é que vai ser! Vou adormecer na prova.

- Elemento D do CCDL – Assim não dá. Vou sair daqui e é já.

- Amigo C – Vou-me mas é pirar daqui, é impossível conseguir adormecer. Aí vou eu com o colchão debaixo do braço. Caguem-se, ronquem, riam-se à-vontade.


FIM DO ACTO II

ACTO III

Cena I – Todos os Amigos, Maria C, Maria D e Maria E (Na meta, à medida que iam terminando a prova)

- Amigo C – (Olhando o relógio.) Uma dezanove trinta e dois. Nada mau, tendo em conta as péssimas condições atmosféricas e a falta de água! Devo estar entre os primeiros cinquenta da geral! (Ao amigo D que acaba de chegar.) Então! Como te correu a prova? Gostaste do percurso?

- Amigo D – O percurso é excelente. É praticamente plano, bom para bater recordes. Apesar disso a prova não me correu nada bem. Acusei o cansaço da viagem, a noite mal dormida, o calor e a falta d`água. Sabias que há um prémio de vinte mil euros se for batido o recorde do mundo?

- Amigo C – Desconhecia a existência desse prémio, senão tinha-me esforçado um pouquinho mais, talvez conseguisse. (Risos.) Eu também gostei do percurso. O problema foi mesmo a falta de água durante o percurso. É inadmissível!

- Amigo D - É pena não haver mais gente ao longo do percurso a ver a corrida. Em contrapartida tivemos os aplausos e a saudação da passarada e outra bicharada incógnitas; das águas do rio Douro, onde, em tempos não muito distantes, os célebres barcos rabelos deslizavam ao sabor do vento, entre o Porto e a Régua, carregados de tonéis cheios de Vinho do Porto; e das encostas fortemente declivosas, cingidas por vinhedos parrudos, alinhados uniformemente qual exército frente ao inimigo, semelhantes a curvas de nível. A actividade destas embarcações, típicas do rio Douro, entraram em declínio em finais do século IXX com a conclusão da linha do caminho-de-ferro do Douro. Em meados do século XX restavam apenas meia dúzia destes barcos em actividade constante. Hoje fazem as delícias de turistas e participam numa ou noutra regata.

- Amigo C – E eu que pensava que os barcos rabelos actuavam somente entre o Porto e Gaia, afinal a sua zona de acção era muito maior. Olha! Lá vem mais um dos nossos. Falta outro para fechar a equipa. Já nos viu.

- Amigo G – Chegastes há muito?

- Amigo C – Eu cheguei há cinco minutos.

- Amigo D – E eu logo a seguir.

- Amigo G – Até aos quinze quilómetros andei bem. A partir daí fui quebrando, quebrando, quase parei. Depois recuperei e, como vistes, até nem vinha mal. A organização é que se portou muito mal. Como é que é possível falharem com a água, e ainda por cima com uma brasa destas?! Nunca vi tanta gente andar a passo numa meia maratona! Nem as ambulâncias terem tanto trabalho! Está a chegar o quarto homem. Vamos ter com ele.

- Amigo E – Correu-me pessimamente. A partir dos dezoito quilómetros tive de abrandar bastante, e, aos vinte, fui a passo uns quinhentos metros. Terminei a prova a muito custo. Por equipas devemos estar bem classificados, ou não!? Quantos contam para a equipa?

- Amigo D – Acho que contam quatro. Estão a chegar mais dois dos nossos.

- Amigo F – O prazer de correr num sítio destes, sentindo as fragrâncias selvagens que pairam no ar, mesmo num calor tórrido como este, e a água que não se deixou ver, é o maior e o mais importante prémio que se pode dar a um verdadeiro atleta. Até parece masoquismo, não é?

- Maria D – (Ao Amigo F.) Viu o meu marido?

- Amigo F – Vi. Ficou ali atrás a falar com ama pessoa conhecida.

- Maria D – Já estava preocupada, tanta gente a ir parar ao hospital!

- Maria E – (Ao Amigo F.) Viu o meu filho?

- Amigo F – Vi. Quando passei ali há bocadinho, estava ele a dar água aos nossos.

- Maria E – Se o vir diga-lhe que estou aqui à espera dele.

- Amigo B – Já está! Mais uma prò currículo! Venha a próxima. Estais com ar de quem gostou da prova. Pareceis fresquinhos como uma alface. Nem os trinta e três graus que se fizeram sentir, nem a falta de água vos tirou o viço. Haveis de me dizer que raio de «bomba» meteis no bucho para correrdes tanto e ficardes assim fresquinhos!

- Amigo C – Queres mesmo saber?

- Amigo B – Quero.

- Amigo CA fórmula parece simples, mas é complexa. Ei-la: Cumprindorigorosamenteoplanodetreino. Sabes o que isso é!? Experimenta e vais ver! Estão a chegar mais dois. Vamos ao seu encontro.

- Amigo L – Já cá canta mais uma. Já perdi a conta às meias maratonas que fiz. Esta é, sem dúvida, a que aprecio mais. A organização é que meteu água ao falhar com a água nos abastecimentos. Estais fartos de esperar, não!? Quem é que ainda não chegou?

- Amigo B – Ainda falta chegar muita gente. Devem estar aí a aparecer.

- Amigo H – Adeus, até prò ano. Já almoçava! Não há aí nada que se coma? Estou cá com uma larica! Lá vem o Amigo I.

- Amigo I – Esta já não dói nada. Quem é que disse que uma meia maratona é muito difícil?! É preciso ver a coisa pelo lado positivo. Estava muito calor? Pois estava. Faltou a água? Pois faltou. A culpa foi nossa? Não. Então por que nos queixamos? Onde está o resto do pessoal?

- Amigo B – Anda prà i a laurear a pevide, ou a mitigar o sofrimento à sombra duma árvore. Chegam aos pares, lá vêm mais dois Amigos Vale Silêncio.

- Amigo M – Que alívio! É como respirar depois de emergir de um mergulho em profundidade. É uma sensação deveras agradável. O que é preciso agora é fazer alongamentos para os músculos irem ao lugar e beber muita água para hidratar.

- Amigo E – O que é preciso agora é ir almoçar quanto antes, e comer uma boa costeleta de novilho mal passada, e uma pinga jeitosa a acompanhar. Olhem só quem está a cortar a meta neste momento, o Amigo A.

Amigo A – Ai de mim, Santo António, padroeiro de Ferreirim! Estou faminto e cansado, mas feliz e enamorado de ver toda esta gente ao pé de mim. A fome e o cansaço passam, mas a beleza deste torrão dourado é infinita e não tem comparação noutro lado.

- Amigo F – Que lindo! Parece poesia! É um verdadeiro hino à tua terra. Faltam duas cartas do baralho. Não, falta uma, que a outra já lá vem.

- Amigo N – Custou-me um bocadinho, está um calor de rachar, mas gostei muito do percurso e da paisagem. Faço votos de cá voltar, só ou acompanhado. A organização é que não esteve à altura do evento. Podemos dizer que é a mais bela corrida do mundo, e a pior organização de sempre.

- Amigo D – prò ano estamos cá caídos novamente. Esperemos que a organização aprenda com os erros. Lá vem o carro da vassoura dos Amigos Vale Silêncio. Vamos saudá-lo.

- Amigo B – (Ao Amigo J, acabadinho de chegar.) Pensas que a malta não tem mais que fazer do que esperar e esperar e esperar!? Se fosse tempo deles, dizia que tinhas ido aos figos, mas as cerejas temporãs já pintam! Não me digas que não lhe resististe!?

- Amigo J – (Cansado, mas sorridente.) Não, não fui às cerejas, nem aos figos, nem às uvas. E também não fui o último. Atrás de mim ainda vinha muita gente. Mas se vos fiz esperar assim tanto, deveis culpar esta barriguinha que não me deixou andar mais depressa. Mas é uma maravilha, não é!? Quanto dáveis para ter uma assim?!

- Amigo B – Deixa-te de conversa fiada. Estamos fartos de esperar por ti. Vê se treinas mais. Não sei se sabes, existe uma coisa chamada «abdominais», é muito boa para tratar de barriguinhas grandinhas. Como diria um nosso Amigo, actualmente em terra africana, para a próxima vais a pé, ou à boleia, digo eu.

- Amigo A – Vamos ver se a classificação já saiu.

Cena II – Todos os Amigos (Uns atrás dos outros, conversando, cumprimentando um ou outro conhecido, dirigem-se para o local onde as classificações estão a ser afixadas. Aí chegados, procuram com a vista os tempos e o lugar na geral, e por escalão, e a classificação colectiva)

- Amigo A – Que merda de organização! Nem sequer fizeram a classificação geral, nem por equipas! O que está aqui é a classificação por escalões, nada mais! Espera lá!? Que é isto!? Andou toda a gente a passear na avenida, ou o quê?! Que tempos são estes!? Tenho que começar a fiscalizar os treinos como fazia antigamente. Enfim, até nem está muito mau! Eis meus senhores a classificação por escalões: Um décimo oitavo, um vigésimo, um vigésimo primeiro, um vigésimo sexto, um trigésimo sexto, um trigésimo sétimo, um quadragésimo oitavo, um sexagésimo quinto, um nonagésimo sétimo, um centésimo quinto, um centésimo quinquagésimo segundo e um centésimo septuagésimo oitavo. Queríeis mais?! Désseis corda às sapatilhas. Vamos embora, que o almoço espera-nos.

Cena III – Os mesmos, o Condutor, as Marias C, D, E, F e G, a Mariazinha e o Empregado de Mesa (Durante o almoço no restaurante)

- Empregado – (Numa mesa.) Já escolheram?

- Amigo D – Já. Para começar traga duas doses de ensopado de enguias. Depois são quatro doses de cabrito assado, se faz favor.

- Empregado – E para beber? Temos óptimos vinhos desta região, mas também temos outros vinhos muito bons.

- Amigo D – (Ao Empregado.) Para beber pode ser um Post Scripton Tinto 2007. (Aos Amigos.) Não é muito caro e é bom.

- Amigo E – O que é um «Post Scripton Tinto 2007»?

- Amigo D – é um vinho Douro, com 14%vol, envelhecido em carvalho francês e que escorrega que nem ginjas.

- Amigo B – (Ao Amigo D.) O que tu percebes de vinhos!

- Empregado – (Noutra mesa.) Então, o que vai ser?

- Amigo I – Para já, traga duas doses de enguias fritas. Para beber pode ser uma de Callambriga Tinto 2005. Depois veremos o que há-de ser.

- Empregado – Fizeram uma boa escolha. As enguias são um pitéu, e o cabrito está uma delícia. O vinho é muito bom e a qualidade/preço é razoável.

- Amigo J – O que é que ele quis dizer com «razoável»?

- Amigo I – Quis dizer que, tratando-se de um vinho intenso e elegante, equilibrado e encorpado, dezassete ou dezoito euros, não é muito.

- Empregado – (Noutra mesa.) Já fizeram a vossa escolha?

- Amigo A – Uma dose de sável, uma de borrego, uma de coelho à caçador, uma de cabrito, uma garrafa de água, uma cerveja, uma Coca-Cola, um sumo de ananás, e, para compensar a água, a cerveja, o sumo e a Coca-Cola, traga uma garrafinha de vinho que seja elegante, saboroso, intenso e perfumado, elaborado a partir de castas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Barroca e envelhecido em carvalho francês durante nove meses. Pode ser?

Empregado – Pode. Com essas características temos o Collection Tinto 2007.

- Amigo A – Esse mesmo.

- Empregado – (Noutra mesa.) Já pensaram o que vai ser?

- Amigo H – Estamos indecisos!

- Empregado – Posso dar uma ajuda?

- Amigo H – Pode e deve.

- Empregado – O cabrito no forno está muito bom. Para beber podem optar por um Douro, por exemplo, Duas Quintas, Bons Ares; ou então por um Dão, por exemplo, uma Quinta dos Carvalhos Tinto Alfrocheiro de 2003; ou ainda, se preferirem, um alentejano, por exemplo, um Esporão reserva 2007. São todos vinhos de grande qualidade, prontinhos a sacrificar a sua existência no cumprimento da sua missão.

- Amigo H – (Depois de consultar a mesa.) Sendo assim, são quatro doses de cabrito e um Esporão para o empurrar, como é alentejano, sempre fermenta mais lentamente. Mas traga também uma garrafinha de água que este amigo (indicou com o olhar o Amigo J.) não pode sequer cheirar álcool, está terminantemente proibido pelos médicos.

- Amigo J – (Ao Empregado.) Não lhe ligue, ele é um brincalhão. Agora é que vamos ver quem anda mais depressa, quem chega primeiro à meta! Venha lá o mais pintado. Façamos uma aposta. Se eu comer duas doses normais de cabrito e beber uma garrafita de esporão pagais a minha parte, se não conseguir comer as duas doses e beber a garrafa de vinho, pago eu a despesa toda. Pode ser?

- Amigo F – Que grande lateiro! Não queres mais nada?! Talvez o …inho lavado com água-rosada!?

Cena IV – Os mesmos, excepto o Empregado (Despedida do Amigo I e das Marias F e G. Um a um, todos os Amigos se despediram)

- Amigo F – (A Maria D.) Obrigado por tudo. Desculpe o incómodo. (Ao Amigo I.) Bons treinos, e até prò ano.

- Amigo I – Até prò ano. Cá vos esperamos.

- Amigo F - Ainda tens coragem de convidar novamente esta cambada!?

- Amigo H – (Ao Amigo I) Podíamos vir oito dias antes da prova para um mini estágio, o que é que achas?

- Amigo D – Mama, mas não abuses.

- Amigo H – Foi só uma sugestão!

- Amigo D – E eu estava só a brincar contigo.

- Amigo A – (Beijando o Amigo I e as Marias F e G.) Meus queridos, quando chegarmos a casa damos notícias.

Cena V – Os mesmos, excepto o Amigo I e as Marias F e G, e o Motorista (Na hora de regressar a casa)

- Amigo A – (Ao Motorista.) Gostou do passeio? Foi bem tratado? Houve alguma coisa que não aconteceu como desejaria?

- Condutor – Gostei do passeio, gostei do que vi, fui muito bem tratado e correu tudo lindamente.

Amigo A – Ainda bem. Nós também gostámos da sua companhia, da sua condução e da sua simpatia e afabilidade.

- Condutor – Muito obrigado.

Amigo A – (A todos.) Vamos regressar aos nossos lares, aos nossos doces lares. (Ao Motorista.) Vamos com calma, não temos pressa, temos tempo de chegar. Vale mais perder um minuto na vida do que a vida num minuto. (Aos Amigos.) De qualquer forma, as Marias que ficaram em casa já estão chateadas. A propósito, tende cuidado ao entrar em casa, não vá a Maria estar atrás da porta com a colher de pau para descarregar a bílis em cima de vós.

- Amigo D – Obrigado pelos sábios conselhos.

- Amigo – J – E se fossemos andando, que a viagem é longa!?

- Amigo A – Sim, vamos embora.

- Amigo M – Não façam barulho, vou ver se passo pelas brasas.

- Amigo B – Pchiu! Quero dormir.

- Amigo D – Senhor Motorista, não ouço a música, levante o som um bocadinho, se faz favor.

- Amigo N – Senhor Motorista, não faça isso!

- Amigo j – Vou contar uma anedota, querem ouvir ou não? (Uma confusão de vozes sussurrou sim e não simultaneamente.) pareceu-me que os sins venceram os nãos, por isso aí vai: Trata-se de uma anedota destinada a crianças a partir dos sete anos. Está na moda e tem dado uma grande celeuma entre os professores. A anedota compara a professora a uma vaca. Então é assim: na escola «a professora verifica se a lição sobre os animais está bem estudada por todos os alunos:

- Meninos! Que é que dão os carneiros?

- Os carneiros dão-nos lã.

- Muito bem! E a galinha?

- A galinha dá-nos ovos.

- Perfeito. E a vaca?

- A vaca dá-nos trabalhos para casa.»

- Amigo C – Deve ser porque é uma anedota para crianças que ninguém aqui achou piada nenhuma. Mas eu vou contar uma de alentejanos, com muita piada. Que me desculpem os alentejanos: «Estavam dois homens e um Alentejano. Um dos homens diz assim:

- O pensamento é a coisa mais rápida do mundo, basta uma pessoa pensar e já está.

Vai outro e diz assim:

- Não, a coisa mais rápida do mundo é a electricidade. Basta uma pessoa ligar o interruptor e acende-se logo a luz.

Vai o Alentejano e diz:

- Nã senhora, estão todos enganados. A coisa mais rápida do mundo é a caganeira. Veja lá que eu esta noite nã tive tempo p'ra pensar nem tã pouco p'ra acender a luz e caguei-me todo.»

- Amigo G – Irra! Calem-se, deixem-me dormir.

Cena VI – (Chegada a Lisboa)

- Amigo D – Ai! Minhas costinhas…

- Amigo N – Ui! Minhas perninhas…

- Amigo L – Uf! Estava a ver que nunca mais chegávamos.

- Amigo N – Parece uma turma de aleijadinhos!

- Amigo D – Vamos ter com as Marias.

- Amigo G – Para não surpreender nem ser surpreendido, mandam as regras da prudência telefonar para casa dizendo à Maria que está quase a chegar.

- Amigo H – Addio a tutti.

- Amigo C – Goodbye.

- Amigo A – Au revoir

- Amigo B – Adiós amigos.

- Amigo F – Vemo-nos por aí.