segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Trilhos Monsanto

Na hora aprazada
Sou o tiro de partida,
A malta estava animada,
Começou a corrida.

As lebres, ansiosas,
Dispararam a todo gás,
Adversárias, mas amistosas,
Naquela correria fugaz.

Atrás iam os galgos
Motivados e nervosos,
Seguidos dos fidalgos,
Com seus corcéis fantasiosos.

O povo, altivo e contente,
Seguia no seu encalço
Com um pensamento em mente:
Cortar a meta sem nenhum percalço.

No sobe e desce constante,
O Fulano, o Sicrano e o Beltrano
Disputaram a vitória bravamente.
Entre eles havia sempre um veterano.

Entre a magia envolvente
E o calor abrasador,
Os atletas lá iam docemente
E graciosos como o voo do condor.

Eu ia nas calmas. A recobrar
Duma lesão antiga, não podia
De maneira nenhuma abusar.
Queria só pôr os metros em dia.

No final estava tudo satisfeito,
E mais ou menos divertido,
Com o sentimento perfeito
Do dever cumprido.

Dos Amigos Vale Silêncio,
Que jubilam com ou sem vitória,
Por se encontrarem no defeso,
Apenas o Zé Pereira e eu para contar a história.

Poema Leonel Neves

2 comentários:

joaquim adelino disse...

Parabéns Leonel, pela prova- finalmente- e pelo poema.
Abraço.

Anônimo disse...

Paraéns aos dois...no avante lá nos encontramos.
um abraço do António Fernandes