terça-feira, 26 de junho de 2012

Crónica sobre Reixida


Depois de participarmos em mais uma excelente prova de Trail extremamente exigente (e foram sómente 19,5kms) justifica-se uma pequena crónica sobre a passagem de 5 AVSilêncio pela simpática Aldeia que dá pelo nome de Reixida. Para mim foi a 3ª vez que participei, para os restantes (Rui Pacheco, Daniel Pinto, Rui Almeida e Filipe Ramalho) era a sua estreia. Devo dizer que nas 3 edições nenhuma foi igual à outra anterior, foram inovando sempre e para melhor, sem esquecer a vertente de dificuldade que foi aumentando conforme as respectivas edições se foram realizando. Esta prova inovou principalmente nos aspectos de percurso de tal forma que começou com cerca de 16kms e já vai muito perto dos 20kms, associado a isto conseguiu manter alguns pontos extraordinários de passagem que fazem dela um caso raro associada a alguma dureza para uma prova de trail com aquela dimensão quilométrica. A subida ás antenas cuja inclinação obriga a trabalhos redobrados para se atingir o cume, a cascata imprivisada por cima de um penedo no alto da Serra através de uma telha alimentada por um depósito de água ali colocado para nos refrescar do intenso calor que se abateu sobre nós, as descidas alucinantes com um desnível incrível, as duas passagens por dentro do Rio Liz que tem ali a sua nascente durante centenas de metros é, na minha opinião, o que de melhor encontramos perto do final de uma prova, quando já toda a massa muscular das nossas pernas pede para lhe acudirmos e nada melhor do que a passagem por aquela corrente de água fria para as tranquilizar e suavisar. Claro que nem todos os nossos amigos gostaram de todos estes "brindes e mimos" que a organização colocou à nossa disposição, uns por estarem mal preparados, outros que foram para além das suas possibilidades no início e sofreram depois um pouco mais à frente, outros ainda porque o fundo do Rio era pedregoso e ás vezes escorregadio e não acharam muita graça. Para mim aquilo é puro Trail, não em toda a sua extensão, mas no essencial ele estava lá e creio que todos nós que nos deslocámos terão uma apreciação positiva de tudo o que se passou. Três alternativas de chuveiro ou banho no final da prova, o Rio, o Pavilhão ou uma simples mangueira pendurada numa árvore no Centro da Vila em plena praça central, eu fui o único que optei pela mangueira, mas não foi fácil, é que a partir dali já via a cerca de 50 metros os meus 4 amigos em cima do Coreto a almoçar enquanto eu ainda andava ás voltas para tirar os limos e outras impurezas deixadas pelos trilhos e pelo Rio. Ementa espectacular, feijoada até fartar e uma boa pinga a acompanhar, vários abastecimentos com água durante todo o percurso da prova (creio que se justificava a meio da prova algo mais de apoio aos atletas, tais como: marmelada, laranjas ou melancia e uma bebida isotónica para quem gostasse (que não é o meu caso). O custo (15,00€) é ajustado ao apoio que recebemos por isso recomento que para o ano continuemos a marcar a nossa presença, fundamentalmente pelos amigos que organizaram esta bonita prova e pelo seu dedicado esforço e pela Aldeia e seus habitantes que nos receberam muito bem.

Texto: Joaquim Adelino
Classificações
6º Rui Pacheco 1h46'50
98º-Rui Almeida 2h23'38
108º-Filipe Ramalho 2h25'25
140º-Daniel Pinto 2h38'00
223º-Joaquim Adelino 3h13'19





Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns ao Cronista por esta bela e realíssima crónica.
Parabéns a todos os participantes.
Um abraço.

Leonel