Salvaguardadas as devidas proporções, o dia 5 de Junho do ano da graça de 2011 foi um dia igualmente importante, desde logo para Portugal e para os portugueses, e bem assim para os Amigos Vale Silêncio. Para Portugal e para os portugueses, porque foi dia de eleições, e delas nascem soluções diferentes para resolver os graves problemas do País, com as inerentes consequências, consoante o resultado das mesmas. Para os Amigos Vale Silêncio, porque esteve presente, em peso, em mais uma prova de atletismo, desta feita na Corrida do Oriente.
O dia amanheceu cinzento para os lados do Parque das Nações. O sol, de vez em quando, escapulia-se atrás do aglomerado de pequeníssimas gotas de água em suspensão no céu. Corria uma aragem agradável. Percebia-se pelo baloiçar suave das copas das árvores e pela frescura nos rostos alegres que vadiavam por ali. Mas, à medida que as nuvens se dissipavam e o sol subia no horizonte, a frescura da brisa ia dando lugar ao calor abrasador que, ainda antes de o ser, já era objecto de comentários dos corredores: «que ia estar uma brasa dos diabos», «que a prova devia começar mais cedo», blá blá blá preu peu peu pardais ao ninho.
Assim como as varejeiras convergem, vindas de todas as direcções, para o excremento fresco, atraídas pelo seu odor, também os atletas afluíam de todos os pontos para o local da prova. Era um espectáculo digno de se ver e de se ouvir. Um grupinho aqui, um grupinho ali, uns para um lado, outros para o outro, conversando, confessando as suas mágoas, as suas frustrações devido a lesões, fazendo previsões de tempos para a corrida que estava prestes a começar; lembrando promessas e as respectivas coimas se não fossem cumpridas, arranjando desculpas antecipadas para os fracos resultados, escolhendo companhia para a corrida. A sã e desinteressada competição, mesmo entre os atletas da mesma equipa, é uma realidade insofismável e começa aqui: «Hoje é que vais levar com a ripa!», «prepara-te para ficares atrás de mim!», «não vais ter hipótese!».
Uma palavra carinhosa para os atletas mais jovens do clube, o David, equipado a rigor com as cores do Glorioso, e a simpática Beatriz, sem esquecer o Bruno e o Gabriel, também eles jovens e membros de pleno direito deste grande clube que é o AVS.
Outra palavrinha para o nosso paparazzi de serviço, o sempre presente Joaquim Adelino. Graças a ele podemos, sem narcisismos, contemplarmo-nos nas fotos por ele tiradas.
Seguem-se os tempos, class. Geral e class. Por Esc. correspondentes a cada um:
28º-6º-João Inocêncio – 34:54
72º-36º-Luís Santos – 37:59
278º-120º-Daniel Pinto – 43:37
337º-140º-Rui Tomás – 44:51
374º-29º-Fernando Avelino – 45:26
390º-33º-Hernani Monteiro – 45:40
401º-35º-António Fernandes – 45:48
473º-178º-Filipe Ramalho – 47:02
573º-53º-Luciano Tomás – 48:30
702º---Joaquim Damas - 49'59
774º-281º-António Coelho – 50:53
822º-123º-Fernando Silva – 51:28
823º-74º-Leonel Neves – 51:28
824º-300º-Paulo Pires – 51 :28
825º------José Moga – 51:28
1189º--Ricardo Nicolau- 57'15
1189º-102º-José Rebocho – 57:16
1207º-127º-Afonso Pinto – 57:36
1256º-210º-Emílio Gonçalves – 58:24
1532----Anonimo – 1:04:48
Mini:
Susana. Coelho
Ana Oliveira
Patrícia Rebocho
Susana Rebocho
Maria Nicolau
4 comentários:
Penso que o grupo esta todo ele de parabéns e uma referencia muito especial para o regresso do Leonel, já sentíamos a sua falta.
Um agradecimento especial ao Adelino pela sua paciência em nos acompanhar.
Obrigado Fernando, eu também sentia a falta de todos vós.
Parabéns a todos e em especial ao Leonel não só pelo seu regresso ás corridas mas também pela sua crónica com um cunho cronológico bem interessante onde não faltou uma aborgagem bem independente e isenta sobre as Eleições de 5 de Junho, bem a propósito.
Receio bem que a partir de 20 de Junho deixe de fazer aquilo que também gosto de fazer, fotografia. A partir daquela data voltam os treinos e o meu regresso ás corridas.
Abraço e saúde a toda a rapaziada dos Amigos do Vale do Silêncio.
Mas isso é uma notícia importantíssima, Joaquim! Voltar aos treinos, às competições e ao convívio com os amigos é o melhor que te podia acontecer.
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