Onde se conseguia estar sem tiritar era dentro dos carros com o ar condicionado ligado.
Mas como não se podia fazer a corrida de carro, não houve outro remédio a não
ser apanhar com aquele ar gélido que se entranhava na carne e nos ossos e na corrente
sanguínea.
Também havia os mais calorentos ou mais destemidos que, como lagartos ao sol, e eram
aos milhares, os lagartos, algumas águias, aguentavam de peito aberto aquele frio de rachar.
Mas à medida que o sol ia lambendo o espaço circundante a brisa fria ia ficando cada
vez mais amena. E, logo que o aquecimento começou, o frio instalado emigrou.
Dez e meia, partida. Os corredores que partiram lá de trás marcavam passo enquanto os
daqui, encontrão dali, ouvindo desculpas, oferecendo sorrisos, gritando Sporting! Sporting!
Após 30 minutos e 11 segundos da partida, o primeiro atleta chega à meta. O último a
geral. Entre o primeiro e o último posicionaram-se os Amigos Vale Silêncio conforme a seguir
se indica:
27º - Luís Santos, 35'49
295º - Rui Almeida,41'58
367º - André Santos, 42'50
563º - Leonel Neves, 45'05
943º - Hernani Monteiro, 47'02
1462º - Jorge Lourenço,50'15
??? - Fernando Avelino,50'15
1607º - José Moga,51'03
1610º - Sandra Batista,51'04
Um comentário:
O frio não atrapalhou os lagartos e as águias.
Parabéns pelo magnifico texto e sua apresentação.
Aos lagartos e águias um abraço amigo.
António da Silva
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