Na hora aprazada
Sou o tiro de partida,
A malta estava animada,
Começou a corrida.
As lebres, ansiosas,
Dispararam a todo gás,
Adversárias, mas amistosas,
Naquela correria fugaz.
Atrás iam os galgos
Motivados e nervosos,
Seguidos dos fidalgos,
Com seus corcéis fantasiosos.
O povo, altivo e contente,
Seguia no seu encalço
Com um pensamento em mente:
Cortar a meta sem nenhum percalço.
No sobe e desce constante,
O Fulano, o Sicrano e o Beltrano
Disputaram a vitória bravamente.
Entre eles havia sempre um veterano.
Entre a magia envolvente
E o calor abrasador,
Os atletas lá iam docemente
E graciosos como o voo do condor.
Eu ia nas calmas. A recobrar
Duma lesão antiga, não podia
De maneira nenhuma abusar.
Queria só pôr os metros em dia.
No final estava tudo satisfeito,
E mais ou menos divertido,
Com o sentimento perfeito
Do dever cumprido.
Dos Amigos Vale Silêncio,
Que jubilam com ou sem vitória,
Por se encontrarem no defeso,
Apenas o Zé Pereira e eu para contar a história.
Poema Leonel Neves
2 comentários:
Parabéns Leonel, pela prova- finalmente- e pelo poema.
Abraço.
Paraéns aos dois...no avante lá nos encontramos.
um abraço do António Fernandes
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