Tágides que as águas do Tejo
habitais,
Que comigo tão mal vos comportais,
Pelo menos hoje concedei-me engenho
e arte
(Prometo elogiar-vos aqui e em toda
a parte)
Pra cantar o feito na Corrida do
Oriente
Pelo grupo AVS onde esteve
presente.
Três de Junho, Parque das Nações,
Milhares de atletas de t-shirts e
calções
Fazem o percurso de dez quilómetros
bem medidos,
Passando pelos sítios mais emblemáticos
e divertidos,
Juntando o útil ao agradável
correndo por uma causa boa
Nesta 11ª Corrida do Oriente – Casino
Lisboa.
Proporcionando momentos de feliz
convívio,
O ritmo, a alegria e a paixão dão
um certo alívio,
Eis o grupo de percussão Eclodir
Azul no seu melhor,
Brilha como o Sol que resplandece
com fervor,
Encantando o Tejo e toda a zona
envolvente,
Ajudando a esquecer problemas
ludicamente.
Com partida às dez horas do Rossio
do Levante,
Uma nuvem gigante de gente corrente
e caminhante
Desliza sob o céu azul pintalgado
de branco e escuro,
Alheia às vicissitudes da vida, a
ideia na meta e no piso duro,
Marcando posições, olhando em
redor, conversando
Com este e com aquele, este e
aquele incentivando.
Avança ao sabor do entusiasmo e objetivo
de cada um,
Com naturalidade, ansiando por uma
foto prò álbum
Das suas corridas no facebook que
exibe com vaidade
Aos amigos e familiares que
apreciam a sua vitalidade.
Logo que o sujeito da objetiva se
põe a jeito, o braço
Do atleta aponta o ar, nesse
instante esquece o cansaço.
Quem pensava que o calor ia faltar à
festa estava enganado,
Bem cedo se adivinhava um sol
abrasador, desenfreado,
Valeu a suave e confortante aragem
que o ardor amenizava,
A sombra por onde a caravana
passava, a água que hidratava
Os corpos e os refrescava, e o
entusiasmo dos corredores
Que fizeram das tripas coração pra
vencer os contendores.
Mas o contrário também é vero. A
temperatura era amena,
No céu nuvens brancas e escuras
escondiam o Sol que, serena
E timidamente teimava em aparecer
saudando os caminhantes,
E os corredores, agradecendo a
Nossa Senhora dos Navegantes
Por ter intercedido junto de São
Pedro para que não chovesse,
E do bravio Bóreas para que bem
longe dali se mantivesse.
Tágides, requestei a vossa ajuda
para um estilo grandiloquente,
Espero sinceramente não vos ter
desiludido definitivamente.
A prestação dos Amigos Vale
Silêncio não foi nada de especial,
Dizeis, e eu retruco: e então a
participação nesta causa social!?
Vós que inspirastes tão
profundamente o poeta épico Lusitano,
Continuais gentis e generosas
ajudando o humilde ser humano.
10 Km
Pedro Arsénio (correu com o dorsal
do Paulo Portugal, mas não aparece na classificação)
Luís Santos 53 – 36,42
Nuno Martins 183 – 41, 28
Rui Figueiredo 221 – 42,14
Leonel Neves 245 – 42,42
Luís Ferreira 275 – 43,33
Luciano Tomás 437 – 45,56
José Moga 547 – 47,23
António Fernandes 587 – 48,02
André Santos 685 – 49,15
Joaquim Damas 720 – 49,39
Joaquim Gomes 767 – 50,11
Carlos Costa 768 – 50,11
Paulo Barbeito 834 – 51,10
Emílio Gonçalves 1265 – 57,31
Ricardo Nicolau 1417 – 1,00,44
José Rebocho 1495 – 1,02,36
Patrícia Rebocho 1684 – 1,15,48
Susana Rebocho 1696 – 1,18,44
2 Km
Maria Nicolau
Sofia Oliveira
6 comentários:
Excelente poema e bem enquadrado na corrida e tudo o que ela tem por trás. Parabéns por isso e também aos restantes elementos do nobre AVS pela sua participação e contribuição para este evento de causas sociais.
Podemos ser poucos e loucos mas a vida sem poetas, amigos e tudo mais é como uma rosa sem espinhos,um rio sem nascente , um refugiado sem identidade um pais sem bandeira.
Parabéns Leonel por ser um pouco disto tudo num grupo de amigos que muito te admira.
Continuamos em grande, na estrada, na escrita e na comparência de contribuição social. Parabens a quem teve o trabalho no poema e aos que contribuiram. Um abraço amigo.
António da Silva
Excelente crónica muito bem escrita em forma de poema! Para além de grandes atletas há também grandes escritores neste grupo de amigos!
1 abraço
Rui Almeida
Exelente cronica lindo poema.
Realmente somos um grupo único.
Tenho orgulho imenso em pertencer a este maravilhoso grupo.
Um Abraço
António Fernandes
Pedro Arsénio, era essa a minha hipótese de brilhar; poeta atleta Leonel, assim declamado até parece que a corrida era mel
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